COMPLEXIDADE HUMANA

Dezesseis de julho de dois mil e vinte, lógico que devo anotar tim tim por tim tim, isso é uma crônica, não das mãos do famoso Nelson Rodrigues e outros cronistas, contistas de renome. Muitos especialistas no assunto, afirmam que as crônicas podem fantasiar, mas deve ter o cuidado de anotar os assuntos relacionados o mais certo possível, porque no futuro possa servir até mesmo de alguma pesquisa. Pra complicar mais a coisa outros entendidos proclamam que tudo é questão de ótica.

Então neste mesmo dia anotado e assinado por mim, bem de manhã costumo fazer minha caminhada, não aquela que antes da pandemia costumava fazer, mas aquela em volta do meu quarteirão do meu Bairro mesmo. Vou até a padaria e recebo a ordem de poder entrar sem máscara. Penso com os meus botões:

--- será que as coisas já estão começando a ficar normais?

Recebo várias respostas contraditórias:

--- agora que as coisas vão piorar, muitos comerciantes quebrados, pais de família desesperados  por causa das perdas de seus empregos. A tendência de aumentos de roubos com grande possibilidade de aparecer, até a propalada caça à corrupção pelos paladinos da justiça, pode enfraquecer.

Mas outras reflexões mais positivas também pude tomar conhecimento:

--- de fato está sendo um ano difícil, mas pode-se dessas dificuldades tirar bons proveitos, se o ser humano encontrar muitas facilidades, ele perderá a vontade de lutar, não poderá concluir que esse viver sempre foi uma luta e a lógica é: não se pode sentir o sabor da felicidade, se não passou também pelas infelicidades.

Olhai e vede, o próprio presidente aparece de máscara, calmo, (embora você esteja pensando: será?)  dizendo que está melhorando e apesar de estar melhorando com a cloroquina, e que as pessoas só podem usar esse medicamento com recomendação médica!

Continuei com minhas reflexões:

-- coisas incríveis acontecendo, as coisas vão mesmo mudar? E logo conclui que só o tempo dirá.