Cinderela  de nossos  dias

4.ª  Parte

Cinderela  destes nossos dias, creio eu que  é pertinente,

a deslumbrante lenda da linda jovem que sofria os horrores,

nem por isso queria odiar,  a maldade sempre queria ofuscá-la,

mas sempre a força incrível do amor a defendia,

na nossa história também uma maravilhosa fada aparecia,

 

Marta a nossa cinderela, agora estava mais tranqüila, a aflição sentida dia após dia pela grande insensibilidade o pai, da madrasta e da irmã, agora era preenchida pelo grande amor que a governanta, D.ª Rena, lhe dedicava, a garota prestes a completar seus 12 anos, preenchia seu tempo em admirar os animais, o grande jardim que ajudava a dar mais beleza naquela casa imensa! dialogava sempre com os criados, pessoas simples que ela tinha verdadeira admiração e solidarizava sempre quando eles eram maltratados pelos seus patrões.

Mas se por um lado a pequena Cinderela tomava as dores dos ofendidos, estava com as mãos atadas, pois ela sentia na pele o quanto doía ser pisoteada, cada ofensa recebida da madrasta que era constante, deixava-a arrasada, o mundo para ela seria um lugar de terríveis sombras aterrorizantes, se nestes momentos de aflição a fada, incrível sra. Rena, (sim, todo conto referindo a uma cinderela tem de ter uma fada) esta criatura cheia de amor  sabiamente, bondosamente preenchia a menina com palavras de consolo, palavras que a refrigeravam por completo, quis a providência que as mensagens carregadas de amor não acabassem quando a mãe de Marta falecera, o continuar de aconchego espetacular, continuava  na pessoa da maravilhosa governanta.

A capacidade de amar, de Martinha era impressionante, ela não entendia porque algumas pessoas sentem felizes em massacrar outra, nem as pessoas que não gostavam dela, ela não conseguia desforrar, seu amor era imenso para com outro ser humano.

Um dia estava o filho do jardineiro brincando como toda criança de 7 anos, acidentalmente quebra o vidro do carro importado de seu patrão, o menino completamente em desespero procura Marta para desabafar:

--- E agora, estou perdido, meu pai será despedido!

 Vou apanhar tanto!...

Que farei?

--- Não faça nada, garanto que não acontecerá nada com você!

Responde a autêntica Cinderela cheia de complacência.

A tormenta aconteceu, o patrão, Jonatas, ficou furioso ao descobrir o estrago  em seu carro, ameaçava todos empregados, antes que o  menino tivesse de revelar sua culpa, Martinha diz:

--- Pai, fui eu, só eu sou responsável pelo que aconteceu.

Completamente furioso, Jonatas avança para espancar Marta, que nestas alturas estava lívida, apavorada, como se estivesse magnetizada, Rena a governanta, numa rapidez incrível se coloca como um escudo e implora:

--- Sr. Jonatas, por favor, pare, pense esta violência  só vai piorar a situação!

--- Olhe, a sra. conseguiu me conter, mas ei de internar esta minha filha num colégio interno, procurarei o mais rigoroso que for possível, porque de hoje em diante ela não permanecerá mais nesta casa!

D.ª Celina a madrasta, Gleice a irmã, nos seus rostos um visível contentamento, foi a gota d'água que estava faltando para Marta sumir de vez de suas vidas.

A governanta intervém mais uma vez:

--- Não faça isso, sua filha sofrerá muito!

--- Afinal, a sra. já está se intrometendo muito na minha vida, eu posso decidir o que devo ou não devo fazer,  responde Jonatas mostrando encolerizado o seu direito de decisão como patrão e pai.

--- Até pode ser que estou me intrometendo muito, mas pode ficar ciente que eu não a abandonarei em hipótese alguma! Desta vez Rena fala de forma firme e decidida olhando fixamente nos olhos de seu patrão.

---  Então a sra. está demitida e pode ficar com ela.

As duas saem abraçadas dali, os olhares de todos eram dirigidos à elas, olhares de desprezo da madrasta e da irmã, olhares de admiração dos empregados que sabiam do valor inestimáveis daquelas duas criaturas.

D.ª Rena fala carinhosamente para Marta:

--- Como está sentindo minha querida, desta expulsão de sua casa, agora terás que  viver modestamente comigo.

--- Sempre foi o meu maior sonho, mamãe Rena, de viver definitivamente com a senhora!

 

TERMINA  O CONTO DE 4 PARTES ( ou devo continuar!...)  

 

( FICO PENSANDO, QUANTAS MENINAS ABANDONADAS, VERDADEIRAS CINDERELAS E NÃO  ENCONTRARAM UMA FADA EM SUAS VIDAS)

 

 

 

Cinderela de nossos dias

3.ª Parte

Um quartinho mal cheiroso foi reservado para Marta, porque dentro daquela casa chique, ela pouco poderia usufruir. Roupas simples, a escola teria que continuar aquela que já estava freqüentando, várias coisas destinadas à crianças bem criadas financeiramente, a pobre menina não tinha como ter direito também.

--- Ela já está acostumada na pobreza! (falava a madrasta, cheia de desdém)

Primeira noite sozinha naquele quarto, Martinha monologava um leve lamento:

--- Serei sempre infeliz?

Meu Deus, Tenho medo!

E assim vários dias quando ia chegando a noite, ela atravessava o longo corredor daquela imensa casa, subia uma longa escada depois se acomodava no andar de cima naquele enigmático quarto, num período da noite o barulho dos veículos barulhentos só aumentava o pavor naquela menina que já estava acostumando com a solidão, indiferença daquela que deveria tomar o lugar de sua mãe, mas o pior de tudo era o desamor de seu pai e sua irmãzinha também.

Ia acostumando porque empregava o artifício de orar, quando sentia muito só, se ajoelhava e conversava com Jesus, e tentava lançar suas palavras para que sua falecida mãe escutar, quem sabe desse certo para um dia pudesse viver momentos  felizes.

Mãe! sim aquela que um dia em seu quarto, ajoelhada, concentrada, diante de seu altar, Martinha com seus 7 anos  falava:

--- Mãe, deixa eu orar com você! A mãe comovida diz:

--- Sim, querida, jamais lhe diria não!

Momentos sempre eternos, mesmo na mente de uma criança, o melhor é que lhe transmitia forças misteriosas para suportar os outros momentos terríveis que ainda viria no decorrer de seu incrível viver!

Não só as noites eram intermináveis e tristes, o amanhecer aumentava a tristeza porque enquanto Martinha desbravava madrugadas inteiras na melancolia, o dia teria que conviver com pessoas detestando-a, num mal trato cruel.

No café da manhã, todos reunidos, o pai, Jonatas, a madrasta, D.ª  Celina, a Gleice sua irmã, a pequena Marta sentia-se ridicularizada, sua irmã desferia ataques dizendo:

---  Mãe, ela não sabe comer direito igual a gente!

--- Sempre comi assim, e não   é defeito nenhum! (respondia Marta não contendo o aborrecimento)

--- Pois daqui por diante comerás sozinha ou com os empregados (fala seu pai encolerizado)

--- Até que enfim você se manifestou contra a sua protegida (foi a vez da madrasta Celina, cheia de satisfação desferir seu golpe também!...)

O café da manhã em vez de satisfazer aquela menina com apenas 11 anos, pesava e queimava no seu estômago.

Mais tarde desabafa em choros num canto sozinha.

Mas pra sorte da nossa cinderela que D.ª Rena, a governanta assistiu tudo, era bondosa, por sinal uma fada! Se aproxima da garota chorosa e diz:

--- Você poderia fazer todas as suas refeições comigo, porque sempre me alimento sozinha, a não ser não quiser a companhia de uma velha e feia!...

--- Não acho as pessoas bondosas nem velhas, nem feias (responde Marta agora bem mais alegre)

A governanta se entusiasma e continua a conversa com a garota:

--- Sabe, menina, sua mãe deveria ser muito bonita igual a você! Ela soube lhe incutir tudo de bom, pois tenho lhe observado.

--- Se quiser a senhora poderá ser minha mãe  daqui por diante, rss... rs.

E aí começa um forte laço de amizade ente as duas!...

 

CONTINUA... Quem quiser ler as primeiras partes:

 

1.ª  Parte: https://muraldosescritores.ning.com/profiles/blogs/cinderela-dos-nossos-dias

        

2.ª  Parte: https://muraldosescritores.ning.com/profiles/blogs/cinderela-dos-nossos-dias-1

 

Cinderela de nossos dias

 

1.ª  parte https://muraldosescritores.ning.com/profiles/blogs/cinderela-dos-nossos-dias

 

2.ª  Parte

 

A nossa cinderela desta história, a encantadora menina com seus 10 anos, dentro de alguns meses completaria 11 anos, idade que não teria condições de suportar naturalmente as grandes confusões que aguardavam. A incompreensão daquele pai ausente, sem ao menos parar, pensar e ver a grandeza de jóia rara que era sua filha, estava ali à sua mercê, a menina não suportaria tudo o que lhe aconteceria dali para a frente, como teremos oportunidade de concluir.

Os poucos anos de convivência com  a mãe zelosa,  que lhe  escudou por causa do grande amor dedicando-lhe firmemente com o intuito de a preparar para sua atribulada vida que poderia lhe advir deu maravilhosamente certo, naquele pequenino ser não existia ódio, possuía uma força adquirida desde os seus primeiros passos, sua genitora, soube colocar  na sua mente os artifícios adequados para conseguir viver, aqueles poucos anos de aprendizado foram suficientes para que Marta absorvesse esta força para os anos seguintes de sua existência, sua mãe Alice, nos seus últimos instantes de vida, na sua intuição contava que isto tudo daria certo, que sua menina conseguiria suportar e depois vencer estes reveses que esta vida teima em nos impingir. O começo desta vida estava começando, Marta já era entregue ao seu pai.

 

No carro,  pai e filha continuam calados até um bom tempo, o carro macio impedia alguns solavancos, mas as palpitações excessivas no coração daquela menina, parecia não poder parar, ela não conseguia prever o seu viver dali para a frente, muitas incertezas na mente em plena formação de idéias.

A solidão não era admissível, entretanto existia, porque o pai já ia estabelecendo limites, uma firme demonstração de que o amparo seria unicamente para manter a obrigação  de ser ele o responsável legal estabelecido por lei.

Pronto, o carro para, termina o trajeto chegando no local proposto pelo pai, Marta, a nossa cinderela desce meia indecisa, olha para a imensa mansão de seu pai,  nos seus pensamentos faz uma breve análise:

-- Nossa! Então o meu pai realmente é muito rico, mas porque recebi dele tão pouco? Porque minha mãe trabalhava tanto?

Nem pode continuar em seus devaneios, a voz ríspida de seu pai atinge seus ouvidos:

--- Entre e antes quero lhe dizer também que você tem uma irmã, é da mesma idade sua, ela nasceu alguns meses após o nascimento de você.

Agora embananou tudo na mente de Marta, pai cheio de dinheiro, uma irmã desconhecida quase da mesma idade!

Marta se aproxima da casa, a menina sentia que seu coração ia  sair de seu corpo, na verdade era ainda poucos anos vividos, mas aquela circunstância de vida ultrapassava os limites para aquele ser em pleno desabrochar.

Lá dentro estava sua madrasta, D.ª Celina, uma mulher aparentemente mais nova do que a sua mãe, aspecto bem mais fino, diferente também por causa dos cabelos loiros bem tratados, ao passo que sua mãe por ter sido  de descendência negra era bem morena, mas de estalo Marta não a trocaria pela sua mãezinha se pudesse, aquela mulher demonstrava uma rudeza que começava a lhe incomodar.

Depois conheceu a sua meia irmã Gleice, diferentemente dela, mas muito bonita também, de começo a relação não foi afável, não por parte de Marta, foi exclusivamente de Gleice, naturalmente por característica geneticamente da mãe, ou simplesmente por não ter tido uma esmerada educação  igual de sua irmã que estava conhecendo agora.

Os atropelos começavam para Marta, muito esperta conseguiu escutar e entender o desentendimento de sua madrasta com seu pai, nitidamente ela ouvia aquela mulher vociferar:

---  Se você está pensando que vou ser empregada dela, está muito enganado, por mim ela seria tratada como uma empregada, por sinal  já está até mesmo acostumada com a pobreza!

--- Esteja certa que vou dar um jeito nisso, não tive como recusar em acolhe-la, do contrário teria sérios aborrecimentos. (tentava explicar o pai meio nervoso)

Na verdade estava mesmo começando a nova vida para Marta, e que vida!...

 

Continua na 3.ª parte

Cinderela  dos  nossos  dias

1.ª parte de um conto em 4 capítulos

 

Aquele relacionamento poderia ter dado certo,

mas pelo menos depois um entrosamento seria necessário,

porque um novo e inocente ser, teria de viver neste mundo complicado,

mas felizmente um dos responsáveis pela vinda deste ser

soube praticar o amor, formando um escudo

para que este novo ser não pereça pelos caminhos desta vida,

caminhos horripilantes que poderiam torná-lo num monstro,

mas depois acontece o inevitável...

 

Já era quase noitinha,  Alice  volta para casa, uma humilde residência que ela com toda a dificuldade pagava fielmente o aluguel.  Imaginem, uma  jovem de 21 anos, se engravidou, depois  teve de se virar sozinha, seu Genaro seu pai declarou:

--- Errou agora tem de pagar o preço sozinha, procure o seu rumo.

Expulsão mesmo direta!...

Ela saiu pelo mundo, a pensar:

--- Que falta faz a minha mãe, faz alguns anos que morreu, mas jamais vou esquecê-la, como  necessito dela agora, não me desampararia, apesar de nunca ter passado por cima das ordens de meu pai.

Não havia outro jeito, Alice apela para o pai da criança que estava em teu ventre, Jonatas, o filho  de um grande industrial, dá para ir percebendo não é? Um  filhinho de papai!  Criancinha de quase 30 aninhos, Aline desabafa:

--- E agora Jonatas, o que faço? Nunca trabalhei fora de casa, meu pai me expulsou, ele já tinha me prevenido de que se isto acontecesse nem precisaria contar com ele.

---  Você está falando de seu pai? Se eu falar do meu então cairás dura no chão, o velho é duro na queda! (apela o autor da arte)

--- Mas, então...  (aflitíssima a mocinha)

--- Espere aí, te darei algum dinheiro e arrumarei alguma coisa para você fazer, depois se vira!...   

E se virou mesmo até no último dia que teria de ir ao hospital para ter a criança.  Como estava dizendo, já quase noitinha ela voltava do hospital pra casa, mas desta vez acompanhada de uma linda menina nos braços, prestem atenção leitores, esta será a  cinderela desta história.

--- E agora, meu Deus! Alice  deixava extravasar sua expectativa, não era pra menos, ela estava realmente sozinha entre os mortais, sim os mortais que rompiam com aquilo de mais importante, se eles quisessem teriam nas suas vidas e isto é tão importante que chega até  mesmo ser imortal, o verdadeiro amor!

Por isso mesmo aquela jovem mãe falava incessantemente no ouvido daquele pequenino ser, parecendo indiferente a tudo:

--- Querida, pelo menos uma coisa não vai lhe faltar, eu quero te amar, amar sem parar, seria capaz de dar a minha vida para não lhe ver infeliz!

Marta foi o nome escolhido para aquela sua filha, não ficou só na promessa o educar daquela criança, Alice cumpriu à risca o prometido, Marta  estava dia a dia  sendo amada verdadeiramente pela sua mãe, não aquele excesso de carinho, correções na hora certa, e um ensinar também da realidade desta vida.

O desenrolar desta história acontece numa cidade pequena, apesar dos tempos modernos, Alice era considerada mulher fácil, desonrada, “justiçada pelo pai pelo ato libidinoso” de acordo com as más línguas, não teria como sobreviver sem apelar pelos seus dotes encantadores, ainda mais com uma criança pra criar. Mal sabiam estes que a valente mulher ia sobrevivendo honradamente, o único homem em sua vida tinha sido aquele que lhe fizera juras de amor e depois a abandonou.

Ela pra servir de exemplo para sua filha,queria permanecer honrada pelo resto da sua vida, era o juramento  feito constantemente aos céus.

O tempo não espera, Martinha a filhinha querida estava com seus 8 anos, de acordo com todas outras meninas de sua idade, ignorava de o viver de sua mãe ser muito complicado, uma mulher que teve de lutar sozinha nestes 8 anos de educação, as calúnias continuavam, homens maus intencionados sempre com suas cantadas, ela permanecia firme, o que lhe interessava neste mundo só sua filhinha adorada!

Por isso mesmo esta ainda jovem mulher batalhadora, às vezes, apavorava em pensar que sua filha passasse o que ela passou, procurava até implorar em voz alta:

--- Meu, Jesus, não permitas que ela seja contaminada pela força da maldade,  eu te peço, proteja minha filhinha, sejas um escudo para ela neste mundo muitas vezes tão perverso!

O tempo continuava a passar, Marta com 9 anos... 10.

Uma noite Alice ao voltar para casa depois de um pesado dia de trabalho, foi abordada por três elementos, alem de ser espancada foi estuprada, ao ser hospitalizada os médicos foram unânimes em confirmar impossível dela sobreviver.

Mesmo quase sem vida faz seu pedido:

--- Jesus, acredito na sua bondade e infinita sabedoria, proteja minha filha!

Suas preces foram atendidas no seu leito hospitalar aparece um advogado disposto a cuidar de seu caso, ela implora:

--- Doutor, sei que partirei em breve, não há outro jeito, não tenho mais força para sobreviver, faça com que o pai dela fique com ela, ele agora é um rico industrial, herdou do pai!

--- Sim, minha senhora fique tranqüila, ela será amparada.

Naquele dia mesmo a batalhadora Alice falece, teu corpo não suportou tudo o que passou.

Depois de alguns dias num abrigo a soluçar, estava a pequenina Marta sem saber o que seria de sua vida dali por adiante.

Do lado de fora um carro estava à sua espera, era Jonatas, seu pai, ele tira-a  dali, ela não  tinha aquela intimidade com ele, por causa do pouco contato, mais também pela frieza do relacionamento deste indivíduo, no trajeto ela tenta uma pergunta:

--- Pai, para onde está me levando?

--- Estou te amparando, não estou? Então daqui para frente dependerá de você, para viver bem!...

Naquele impacto daquela resposta, permite mais um doloroso distanciamento outra vez...

CONTINUA... 

 

Mais histórias do contador de histórias

 

4ª PARTE

 

No fim, todos adorarão um só Deus, não haverá divisões, todas religiões serão uma só.

Haverá harmonia entre todos os homens!

(Eu só quis dizer que é mais ou menos isso que está no nosso livro Sagrado, a Bíblia, não me preocupei em copiar a citação em seus mínimos detalhes, mas na mente humana este acontecimento seria impossível de acontecer. Tomemos os exemplos que estão no nosso alcance de análise:

-- Católicos e os protestantes terão uma só bíblia?

Porque no momento existe a Bíblia protestante e a Bíblia dos católicos.

-- O livro Sagrado dos mulçumanos e o livro Sagrado dos judeus, também fundirão num livro só?...

 

(Tem tudo a ver com nossa história: dois ministros, pregadores da palavra, realmente autênticos cristãos, (naturalmente que sim, porque eles amam, seguem e acreditam no mestre dos mestres que é Jesus Cristo!...)

Ah! Ronaldo, o repórter, estava esperando a promessa que Pastor Orlando fez de revelar o que ele e o Padre Jefferson ao lembrarem daquele instante choram copiosa lágrimas.

Novamente estava este repórter ávido de conhecer histórias, equipado para novamente ouvir o Pastor Orlando e este continua a narrativa:

--- Depois daquela incessantes indagações da impossibilidade de recebermos amor, passou mais uns dias eu e Padre Jefferson tivemos outro castigo terrível,(páginas e mais páginas Ronald ia acrescentando para o famoso livro) nos colocaram num quarto escuro, já estávamos com o corpo dolorido, tiveram que nos bater, naquela noite não teríamos comida nem água.

A noite se estendia interminável, aliada à proibição das coisas necessárias, nós garotos pré-adolescentes, juntos naquela situação, sentíamos o castigo atingir até ao fundo de nossa almas, alguma coisa queria nos dizer que era isso o necessário para nossa amizade ser indestrutível.

Os pequenos filósofos matutavam:

E se pedissem, implorassem ajuda a Deus, a Jesus, algo poderoso, já sentiam que não podiam esperar muita coisa dos adultos aqui neste mundo, entretanto, havia um impasse entre os dois:

Orlando tinha breves lembranças de ter freqüentado alguns cultos numa igreja evangélica (leve noções de protestantismo)

Jefferson, pequenas lembranças de aulas de catecismo (leve noção do catolicismo)

Aí resolveram cada um ore de seu jeito!...

A noite transcorrer tranqüila, parecia que dormimos durante séculos.

No outro dia, novidade para nós, havia dois casais que nos esperavam, a eles era proposto serem nossa guarda e responsabilidade, olhares e interpretações dos dirigentes e funcionários daquela casa que propunha ser o amparo dos desamparados, pensavam:

 

--- Tomar conta dos dois, estes pivetes, delinqüentes da pior espécie! Que missão impossível!!!

E os casais nos levaram, cada um para um lado, o incrível era o que aconteceu: eu, Orlando, fui amparado e depois adotado por um casal evangélico, meus pais, meus únicos pais, com características ideais para educar, fazer aquele garoto bastante problemático retornar à realidade de viver, que apesar do mundo possuir imensas maneiras de desvirtuar o ser humano, podendo fazê-lo um ser intensamente mau, existe maneiras de guiar para os caminhos da bondade.

Depois foi a vez do Jefferson, amparado pelo casal católicos, o ampararam maravilhosamente, souberam também controlar, guiaram aquele menino, que também parecia ser uma missão impossível, hoje e sempre ele reafirma também como eu: eles os meus únicos e verdadeiros pais!

Queres saber porque não conseguimos conter nossas lágrimas?

Quando eu e Padre Jefferson batemos um papo, muitas vezes, lembramos daquela noite interminável, noite em que nós dois meninos pré-adolescentes desesperados, sem esperanças, inconformados porque esperar das pessoas aquilo de que tanto queríamos, o querer ser amados, o querer ter o mínimo de carinho.

O nosso apelo foi para aquele que ainda nos restava um fio de esperança.

Ao amanhecer de imediato nos foram oferecido duas famílias, depois nós tivemos o lar ideal, o menino que teve um breve iniciar numa família evangélica, a ele foi dado um lar maravilhoso cristão, e o outro menino que teve tenras noções de um lar católico, lhe foi dado outro lar também cristão.

A nossa emoção agora de adultos formados e conscientes é por nos sentirmos continuamente as divinas palavras:

--- Quando tudo tramava contra vocês, eu já os amava intensamente,

Havia aquela escuridão da noite, que parecia envolvê-los na completa solidão e amargura, mas eu no amanhecer do dia, lhes dei um sol radiante de calor aconchegante e de uma luz que não se apaga!

A cada um de vocês eu providenciei um lar,

 

FIM!

PRECISO ENCONTRAR NOVAMENTE COM RONALD, O REPÓRTER ÁVIDO DE QUERER SABER DE TANTAS HISTÓRIAS, PARA SABER COMO FICOU ESTE LIVRO DESTA HISTÓRIA CONTADA...

Mas isto seria outra história!!!

 

 

Mais histórias do contador de histórias

 

3ª PARTE

 

Ronald entra na sala do Sr. Ludovico, diretor geral da grande editora, falando decididamente seu projeto, que tinha tudo para ser um sucesso, este livro emocionaria o povo, as autoridades em geral, pois muitos desamparados estão na mesma condição daqueles personagens de seu livro, principalmente o Pastor Orlando, tem mais, continuava o intrépido repórter sem parar, estratégia para que o enigmático diretor titubeasse e sem alternativa dissesse:

--- Está bem!...

Ah! Mas Ronald se enganou feio. O que se escutou foi um berro:

--- Você está louco?

Onde já se viu a editora entrar numa gelada desta!

Que garantia você dá, os leitores já estão cansados de histórias gramáticas, não venha com esta, temos mais coisas com que nos preocuparmos, inclusive você, se ocupe das reportagens que estão pendentes.

--- Então só me resta procurar a outra editora que prometeu avaliar este meu trabalho, só penso em publicar aqui porque vocês tem uma visão do que realmente represento aqui, nesta casa dando meu suor e sangue! Contribuições com as grandes tiragens do jornal, mas tudo bem, saio consciente do meu dever cumprido. (começa a fazer sua jogada, Ronald)

---Sair consciente?

Que significa isto? Por acaso é um pedido de demissão?! (indaga o impaciente diretor)

--- Sim, por acaso depois de conseguir publicar meu livro em outra editora, terei motivos pra ficar aqui?

Por sinal seria bem capaz de receber também um belo pontapé no traseiro, antes que isto aconteça, até logo e aguarde a minha carta de demissão.

O esperto repórter vai se encaminhando para a porta de saída, mas vai pensando:

--- tenho alguns segundos até chegar na parte de saída, alguma coisa vai acontecer, a se vai, nossa! Tem que acontecer, estou chegando coloco minha mão na maçaneta e... escuta a voz do diretor:

--- espere aí, alguém falou que seu projeto era inviável? Você nem esperou a minha decisão final!...

Volte aqui e ouça com atenção, faça um prefácio deste livro, vamos publicar em capítulos para ver como será o resultado depois seu livro poderá ser editado, vamos lá rapaz, mãos à obra, veremos o que acontecerá!

Ronald sai dali radiante, era mais do que esperava, aquela bronca era milimetricamente calculada.

--- Eu ainda não disse ao diretor que independente da renda deste livro, uma grande parcela pertence ao centro de recuperação, o qual Pastor Orlando dirige. Mas isto é outra etapa (pensamentos do repórter voam em sua mente)

Nos outros dias entusiasmado dava a continuação da história do importante Pastor:

---Então Pastor orlando, podemos começar?

E lá começava as palavras do personagem:

--- Com meus 11 anos que conheci o Padre Jefferson, ele também tinha exatamente a minha idade, dois garotos que foram gerados na mesma época e de pais diferentes, dois garotos com o mesmo triste dilema envolvendo violência, miséria e abandono,

dois que só ansiava por apenas carinho e amor.

Um dia eu tinha voltado para aquele lugar de garotos desamparados, numa noite vi vários garotos baterem em outro garoto, que era o Padre Jefferson, com seus 11 anos mas valentemente enfrentava vários meninos inclusive alguns maiores do que ele, a desproporção era visível, sem raciocinar entrei no meio da briga, mas para o lado em que sabia da impossibilidade de vencer, preferi ficar do lado daquele menino, não sabia porque, mas simpatizei com ele logo de início, senti que a recíproca era verdadeira, (mas também ele precisava de alguém que apanhasse junto com ele, é o que eu sempre falava brincando com ele mais tarde, mesmo depois de adultos)

Apanhamos muito, e ainda por cima tivemos punição severa: trancados no quarto, com pouca alimentação.

Nós éramos visados, conseguimos fugir juntos algumas vezes, com nossos 12 anos, caminhávamos pelas ruas tentávamos roubar porque a fome nos obrigava a isto, os excessos de guloseimas se estampavam na nossa frente, a alternativa seria tentar apoderar, daquilo que nos ajudaria pelo menos a viver, mas a caçada feroz conseguia que as autoridades forçosamente nos trancafiasse novamente, os dois meninos de recuperações improváveis, os dois pequenos seres que absorviam precocemente as maldades do mundo.

Nos nossos diálogos os anseios eram sempre os mesmos, estas eram sempre nossos sonhos:

-- Se tivéssemos um lar, onde pudéssemos debruçar nossas cabeças no colo de nossas mães, desabafar nossas tristezas e depois viesse o consolo, que deveria ser maravilhoso porque seria o consolo de nossa mãe! conversar com nosso pai, ouvindo seus conselhos também, depois dormiríamos aliviados, pela sua fiel proteção!

Depois vinha a decepção terrível, porque isto só fazia parte de nossos sonhos irrealizáveis.

O menino Orlando dizia: - Quem vai nos aturar? Quem vai nos amar?

E o menino Jefferson respondia: nos amar? Ninguém, nunca seremos amados!

 

E sabe, meu amigo repórter quando eu e Padre Jefferson nos encontramos, chegamos até a chorar quando lembramos daquelas perguntas, que inconsolados fazíamos:

- quem vai nos amar! Sabe porque?

 

 

GENTE É MUITO EMOCIONANTE, ALIÁS, TALVEZ SEJA, PARA ALGUNS LEITORES, MAS EU ACHO QUE VALE A PENA VER A 4.ª PARTE DESTA HISTÓRIA,

 

  2ª PARTE 

CONTINUAÇÃO

 

O que gosto de ressaltar sempre, é a nossa felicidade neste mundo em conviver com pessoas especiais, pode ser com as que convivem continuamente conosco ou com pessoas virtuais, que são nossos amigos, são incríveis apesar de não termos a oportunidade de vê-los pessoalmente.

Por exemplo nesta história, as pessoas especiais: Padre Jefferson, Pastor Orlando e o eficiente jornalista Ronald.

Ronald naquela noite sozinho no seu quarto da pensão onde morava, pensava:

--- creio que estou no caminho certo, noto com firmeza a grandeza destas duas pessoas: Padre Jefferson e Pastor Orlando, eles não são simplesmente bondosos, possuem um carisma, que dificilmente se encontra em qualquer pessoa, vou empenhar com todas as minhas forças para escrever esta história!

Marcado o dia, lá estava Ronald ouvindo o Pastor Orlando.

--- Então vamos começar, está preparado? (pergunta o pastor ao atento ouvinte)

--- Estou preparadíssimo, Pastor!

Começa a contar sua vida, aquele ministro evangélico:

---  A história deverá ficar melhor quando chegar na parte em que convivi com Padre Jefferson, na nossa adolescência.

Mas meu amigo presta atenção no que quero te passar, não sei como ao invés de eu ser um Pastor Evangélico e o meu amigo ser um Padre, poderíamos ser os maiores monstros que nesta vida possa existir, o mundo tentou nos impedir de seguirmos o caminho do bem. O começo da história de Padre Jefferson você já conhece, não é? (para conferir: ) https://muraldosescritores.ning.com/profiles/blogs/catador-de-historias

Eu também com apenas 8 anos, a vida continuava a mostrar terrores, imagine um garotinho presenciar sofrimento constante de sua mãe, torturada continuamente, depois assassinada e por quem? Pelo próprio pai do garotinho?

Este dia não consegui esquecer, mesmo agora com minha mentalidade consciente para mim não deixa de ser uma barra! Correndo, fugindo desesperado pelas ruas, conseguindo permanecer mais de um dia sem ninguém para cuidar de mim.

As autoridades me caçaram, o tormento continuava... até os 10 anos só vivia nas ruas e nos abrigos, desta casa que procurava me amparar, fugia para a aparente liberdade das ruas, mas logo vencido pelo cansaço e fome, procurava novamente o amparo, várias famílias ao tentarem responsabilizar por mim, perdiam o desempenho, o menino que se aproximava de seus 10 anos carregava uma forte bagagem de maldade, vinda das experiências mundanas, que tentava seduzir cada vez mais.

Os castigos severos, no único lugar que podiam ficar estas pequenas criaturas abandonadas por aqueles que puseram no mundo, pareciam dar mais força e dando mais poder ao mal, tendo a iminência de tornar estes pequenos seres em monstros.

O sofrimento que se acumulava em mim, fazia com que ansiasse a chegada de minha vida adulta, para  poder fazer os outros sofrerem também nunca ser bom, porque não conseguiria viver neste mundo onde só os fortes, os poderosos e os maus conseguiram atravessar estes caminhos de nosso viver!

Mais coisas importantes o personagem do livro revelava ao ávido repórter, muitas páginas conseguidas, Ronald dá uma parada, outros dias virão para continuar, convicto, sorridente diz:   

 --- Estou fascinado, Pastor Orlando, realmente este começo é muito bom, tentarei fazer do Sr. uma lenda viva!

--- Não precisa tanto meu rapaz, apenas a verdade, minha história é semelhante a muitos por aí, eu agradeço ao meu Senhor e meu Deus, por ter conseguido trilhar pelos caminhos do bem, mas quantos não conseguiram!...

                                                                                                                                                            Mas ele ainda tem que convencer a editora, introspectivo que era, precisava ter um apanhado da história que iria publicar, deu para ter uma noção espetacular do trabalho que se propunha fazer, nestas alturas ele proporia com convicção à editora, só restava conseguir mais esta etapa.

 

CONSEGUIRÁ, SERÁ QUE FICARÁ APENAS UM PROJETO DE UM IMPORTANTE LIVRO?

IGUAL A MUITOS RASCUNHOS QUE PERMANECEM ENGAVETADOS SEM QUE O PÚBLICO TOME CONHECIMENTO, DE HISTÓRIAS IMPORTANTES, ESTIMULANTES PARA MUITOS, ATRAVÉS DE TANTAS MENSAGENS RENOVADORAS  QUE PODERIAM SEREM EXEMPLOS DE VIDAS, DE QUANTAS VIDAS!...

 

MAS MAIS UMA VEZ MEUS QUERIDOS LEITORES, NA 3.ª PARTE DESTA HISTÓRIA CONTINUAREMOS A VER!...

 

Mais histórias do contador de histórias

 

1.ª PARTE

 

Quando o ser humano se propõe viver dando o máximo de si para viver realmente o amor, o sentimento tão propalado nas escrituras,

Pessoa humana: seres complexos diferenças na individualidade, semelhança no ser!

A complexidade destes seres incríveis, aumentam quando eles não conseguem acreditar no sobrenatural, mas existem aqueles que sobrepõem se apegando na força da fé, aí transbordam suas capacidades de amar e amar sem reservas, resultando daí o renascer da aurora para muitos outros seres que precisam da força do amor para viverem, sem esta força eles perecerão nas estradas escuras com verdadeiros labirintos deste viver, que não deixa de ser um insondável mistério!...

 

Num dos meus contos – o catador de histórias – o personagem Ronald, notou que poderia relatar ao público algo mais completo, ao publicar a importante matéria sobre o Padre Jefferson, agora estava afim de publicar mais detalhes, ele para e pensa:

--- Foi muito bem aceito momentos da história de Padre Jefferson e porque não a história dele todinha, nem que seja por capítulos, talvez o diretor da editora concorde, ou talvez um livro!...

Este catador de histórias era infalível no seu faro, só que ao procurar o Padre Jefferson, para ver se poderia relatar sua história desde os primeiros momentos, com certeza seria deslumbrante. Mas vejamos o que aconteceu no diálogo dos dois, Ronald começa:

--- Padre Jefferson, seria possível eu contar tua história toda? Num livro talvez, seu viver é uma mensagem de vida que merece ser mostrada!...

--- Não meu rapaz, não quero minha vida toda num livro, talvez seja mania minha, portanto, não quero. Mas não vou te desiludir, contarei alguma coisa de minha vida, depois se quiseres pode mudar de personagem no teu livro.

Na minha adolescência eu tinha um amigo inseparável, enquanto estava no mal caminho por incrível que pareça, havia algo bom naquela vida desorganizada, o meu companheirismo com Orlando era inacreditável, na separação cada um para um lado, anos depois nos encontramos, eu um Padre consciente e contente com minhas obrigações e ele, um Pastor evangélico também fascinado com sua missão! E o incrível disto tudo é que fizemos um pacto, convicções religiosas de um lado, amizade continuaria férrea, aliás nós tínhamos um mestre dos mestres, Jesus nos compreendia, nos faria continuar a amando os semelhantes conforme os seus mandamentos.

Ronald, este meu amigo, Pastor Orlando tem cada passagem incrível desde o momento em que nasceu, procure-o fale que foi eu que o mandei, tenho a certeza que você ficará satisfeito.(Padre Jefferson fala também interessado que este brilhante jornalista consiga relatar a história de seu amigo, nossa como seria interessante, emocionante!...)

 Vou te levar até ele, poderás fazer sua proposta pelo que suponho conhecer aquele meu amigo Pastor Orlando ele aceitará prontamente que você escreva um livro sobre a vida dele.

E assim Padre Jefferson leva Ronald até onde se refugia o tal falado Pastor Orlando, eles percorrem alguns quilômetros, e param num grande sítio, ali estavam vários rapazes, uns sentados em alguns bancos espalhados, naquela área imensa, outros capinavam, parecendo que teriam de terminar tarefas, em outros locais havia até pessoas de mais idades fazendo outros trabalhos manuais.

Ronald pergunta ao Padre:

--- Que lugar é este, porque o Sr. me trouxe aqui?

--- Aqui é o lugar em que o Pastor Orlando fica, ele cuida de tudo isto, aqui estão muitos ex-viciados de todas as espécies de drogas, tem também ex-presidiários.

Não demorou muito para que se aproximasse deles, um homem não muito alto, bastante alegre, pela aparência regulava de idade com Padre Jefferson, logo foi dizendo:

--- A que devo o prazer da visita de meu grande amigo o bom Padre Jefferson?

--- Vim apresentar outro amigo, que deseja lhe fazer uma proposta, apostei que você vai topar, Orlando.

--- Aposta não Jefferson, não devemos nos meter em apostas!

--- Mania de expressão amigo, mas escute e depois analise.

Ronald fez a proposta ao Pastor, nos mínimos detalhes, de que a idéia era do relato de sua vida, a qual o Padre Jefferson aposta que será um sucesso tal magnetismo a figura carismática, e também as incríveis peripécias desde a infância tão traumática e agora tornou-se num ministro de nosso Senhor Jesus Cristo.

Pastor Orlando pensou alguns segundos, Padre Jefferson dá sua versão:

--- Não podemos deixar de prever, meu amigo, de que a renda do livro grande parte pode se revertida nos melhoramentos deste local de recuperação!

Depois de pensar ajudado pela lembrança de que alguma ajuda poderia receber, os seus dependentes, o Pastor aceita.

--- Pronto, só falta eu convencer o meu diretor e a editora, para a futura edição do livro.

--- Convencer? Mas eu pensei que já era certeza a saída deste livro!!! (Padre Jefferson fala quase que desiludido.)

--- Mas pode deixar que eu convenço,(fala Ronald sorridente e meio categórico)

 

CONTINUA....

MAS PODE DEIXAR LEITORES, PROMETO TER APENAS UMAS QUATRO PARTES ESTA HISTÓRIA!  

  

 

Amor sem fim

 

Capítulo XXXI

 

Aqueles seres em conflitos  precisavam de mais ajudas, novas providências realmente foram feitas, mas só os novos tempos que poderiam , comprovar se foram mesmos providências adequadas.

 

Um dos pontos positivos de algumas pessoas deste nosso mundo, é a prontidão de servir até de sacrificar pelos outros, quando o avião com aqueles passageiros , uns eufóricos , outros ainda apavorados principalmente as crianças, o acontecimento foi completamente inesperado pela maioria daquelas pessoas, portanto, outro avião já estava à espera vindo direto dos Estados Unidos, completamente equipado com pessoas especializadas nestes assuntos, aqueles seres que viviam naquela instituição que o bom Padre Lenon soube dirigir, fazendo com que tanto os meninos quanto as meninas, tivessem além do apoio, o preparo para a   vida, muitos saíram dali com bagagem suficiente para enfrentar os desafios, e muitos deles tiveram, aqueles que emigraram para o grande e acolhedor país americano.

País que influenciou aquelas crianças e jovens que ainda poderiam viver mais tempo naquele abrigo acolhedor, mas por questões trágicas tiveram de sair dali, mas agora aquela nova pátria os ajudaria a completar suas formações, novos lares já programados e um dia por receberem esta força maravilhosa que se chama amor, eles repartirem também a outros infelizes se precisarem também.

Não desprezaram o Brasil, terra que não conheceram, tiveram uma visão maravilhosa desta nossa terra nos breves momentos aqui, mas nos Estados Unidos eles sentiriam mais protegidos, porque quantidades imensas daquele país tão conflitante, foram amparados pelos americanos, e estes adotaram a América como suas verdadeira pátria e ajudariam seus irmãos de origem a sentirem o gosto da liberdade e proteção também.

Padre Lenon sabia de tudo isso, até ajudou nas transações, feliz e emocionado despediu de todos antes de embarcarem no avião americano.

Os terroristas arrependidos, aqueles que tiveram a experiência sobrenatural no avião, foram presos e nos Estados Unidos cumpririam penas.

Padre Lenon ficaria no Brasil, precisava clarear as idéias, as emoções foram fortes até mesmo para um forte, corajoso e bom missionário cristão, ficaria hospedado na casa de quem?

É claro que seria daquele seu amigo, Jonas!

E os dois estavam juntos a caminho da casa, Jonas se deixa sair algumas palavras de leve decepção ao amigo religioso:

--- Sabe, Padre Lenon, estou estranhando porque a minha família não veio me esperar no aeroporto!

--- Calma, amigo, algum motivo tem, logo saberemos ao chegar em sua casa, (o sacerdote parecia que tinha resposta para tudo, até mesmo em situações imprevistas)

No caminho, dentro do taxi, o sacerdote ia contemplando os locais, eram diferentes daqueles que há muitos anos atrás ele a havia passado, partiu do Brasil, para outra terra completamente desconhecida, com costumes adversos do seu incrível Brasil!

Jonas arrisca uma pergunta:

--- Então, meu grande amigo sacerdote, o que pretendes fazer daqui para frente?

--- Eu? Ele até   tem um leve sobressalto com a pergunta inesperada, mas logo se recompõe, com a sua característica de seu saber responder as perguntas, só que desta vez vem uma leve indecisão:

--- Não sei, Jonas, só meu mestre é que sabe!...

Jonas dá um grande sorriso e pensa que seria uma barra um dia despedir   do amigo, as amizades sinceras são umas das maneiras mais belas que o ser humano pode ter, requisitos certos para um mundo de paz.

Depois do percurso eles chegam no lar de Jonas, Hana a garotinha foi a primeira a abraçá-lo depois a vez de Mary que lhe fala chorando:

 --- Querido, minha mãe está muito mal! Não tive como deixá-la sozinha, há dias que ela permanece deitada, apareceram 7 feridas no seu corpo e não cicatrizam.

Padre Lenon estabelece a sua tese:

--- Viu, Jonas, em tudo sempre há uma causa, Mary não pode ter esperar no aeroporto por mais que quisesse não poderia fazer, umas das coisas mais importantes para ela, encontrar com você não pode para não desamparar sua mãe, D.ª Berenice.

Então vamos ver a enferma! (fala o solícito padre cheio de solidariedade com os familiares.)

Ao entrar no quarto, Padre Lenon no seu interior tem um espanto, tamanha transformação na aparência daquela senhora, não deixou transparecer por causa dos familiares e também da enferma também, ela continuava lúcida apesar de seu corpo retorcer a cada instante de dor, as 7 feridas incrivelmente não cicatrizavam.

D.ª Berenice ao vê-los ainda conseguiu sorrir cumprimenta o padre e diz para Jonas:

--- Meu querido genro, estou feliz por ver que vocês conseguiram salvar daquelas pessoas carregadas de ódio! Eu sei que és bom, mas peço-lhe que cuide bem de minha filha, minha neta, você carinhosamente a adotou, é sua filha.

Doente Já agonizante, mas com mente e voz clara, fala a todos que estavam no quarto, Jonas, Mary e o padre, a menina Hana não estava o quadro não era adequado para ela, D.ª Berenice diz querer confessar com o Padre Lenon, é lógico que seria só ela e ele.

Na confissão ela relata:

--- Eu pensei em mandar matar Jonas, odiava-o com todas minhas focas, Padre, Deus sabe o quanto me arrependo, o quanto tenho agora verdadeira veneração por ele, pedi a Jesus que permitisse eu sofrer imensamente, para que Jonas voltasse vivo sem um   arranhão!...

--- Jesus já a perdoou, D.ª Berenice, pecado todos nós temos, mas o importante é arrepender-se, portanto eu te digo a sra. já está perdoada por Deus e pelo Jonas!

Pronto! Confissão feita , todos entram no quarto novamente, até   a pequena Hana que desejava ficar perto da vovó tão querida!

No quarto a enferma estava agonizando, palavras interessantes ela pronunciava:

---Queridos, estou morrendo, sinto uma felicidade imensa, vejo uma luz intensa, sinto cada vez mais uma paz, consigo entender que estou entrando em outra vida, não sofram por minha causa, estou feliz!...

Algum tempo depois do falecimento da sogra de Jonas, Padre Lenon decide voltar àquele país novamente, como hóspede sente a necessidade de comunicar ao amigo. Jonas espantado pergunta:

--- Mas, Padre, porque queres voltar justamente lá? Me perdoe a intromissão, não deves tomar esta decisão!

--- Eu preciso, meu amigo, minha consciência me diz que tenho ainda muita coisa para realizar lá. Tenho notícias de que o governo daquele país já tomou as providências necessárias para a captura daqueles terroristas, com a pressão da imprensa e ajuda militar dos Estados Unidos, é claro!...                                                                                                                                                                    Vou feliz porque sei que você está realizado com esta tua família maravilhosa, e saberás guiá-la num caminho correto amparado pelas leis do nosso Criador.

--- Queria perguntar algo, Padre, o que aquele paranormal queria dizer ser o senhor um dos 7, quais os outros?

--- Jonas ele me relatou todos: você, sua sogra, Mary, sua mãe, seu grande amigo, Wadud e por final o próprio paranormal também.

--- Acredita mesmo nisso?

--- Como sacerdote, não devo ser supersticioso,  mas só sei que: nós todos temos obrigação de amar cada vez, mais porque o amor não terá fim!

Depois da partida de Padre Lenon, Jonas   recebe um telefonema do amigo Wadud, aquele simpático taxista que naquele país tornou-se amigo de Jonas, na conversa este taxista já estava a caminho com a família para o Brasil.

No dia marcado, Jonas, Mary e Hana estavam no aeroporto à espera da família daquele que lhes deixaram marcas profundas de amizade.

Wadud, sua esposa e suas duas filhas cumprimentaram Jonas e sua família e naturalmente mais seus hóspedes temporários.

E bem longe do nosso Brasil, Padre Lenon chega naquele país, procura aquele lugar o qual tinha sido o abrigo no qual ele tinha se empenhado tanto! Viu muitos destroços, o bombardeio foi uma tentativa de destruir os terroristas, mas o bombardeio não alcançou o efeito desejado, porque os terroristas não foram destruídos.

Mas o missionário observou que algumas partes permaneciam com poucos estragos, por exemplo o refeitório em que tantas abrigados faziam suas refeições, absorto naquelas lembranças lembrou daquela linda canção que um dia ele fora homenageado pelos seus abrigados:

Não precisa nem dizer, por tudo isso que eu lhe digo,

Pois é muito bom dizer que você é nosso amigo...

 

(mais ou menos isso a canção que ele escutava em silêncio)

Mas de repente ele ouve vozes, sete crianças maltrapilhas lhe falam:

--- Padre deixa nós ficar aqui, o lugar que nós ficávamos éramos muito mal trataddos!

--- Porque mandaram vocês para mim?

--- Não mandaram, nós é que fugimos, se o senhor os convencer , poderemos nos livrar deles e morarmos aqui no seu abrigo!

Assim começa novamente a missão do grande missionário , Padre Lenon!!!

 

FIM  DO ROMANCE,   MAS AINDA EXISTEM MUITAS   HISTÓRIAS NESTE NOSSO MUNDO EM CONFLITO!

 

OBRIGADO QUERIDOS LEITORES QUE ACOMPANHARAM ATÉ O FIM!...

  Amor sem fim

Capítulo XXX

 

Depois do poema, quer dizer, o sermão de Padre Lenon, sim porque mesmo nos apuros este padre procurava cumprir sua missão, espalhar o quanto o amor aos semelhantes é primordial, mas para salientar isso precisava mostrar sua certeza de que só o mestre dos mestres, o Deus que se tornou homem sofreu por amor aos homens, demonstrando assim que seus seguidores teriam que acreditar nesta força, maravilhosa, tão poderosa que todos podem dizer que ela também pode ser ele que só pode se chamar AMOR!

Então o chefe dos guerrilheiro, o rapaz forte na faixa de seus 35 anos, sem que o mundo ouvisse, aproveitando a presença só de Padre Lenon e Jonas, então este guerreiro sendo assim que se denominava, começa a contar sua breve história:

--- Amor, amor!... isto a minha religião prega sempre, mas tem que existir a lei: dente por dente e olho por olho. Nasci dentro da normalidade, minha infância era alegre, não brincava com armas, só com pipas, vislumbrava ao vê-las tremulando nos céus firmemente guiada por mim, orgulhava dos meus pais, idolatrava-os aos meus mestres também. Houve guerras, na minha meninice ainda convivi com os barulhos ensurdecedores das bombas e armas que estraçalhavam pessoas, tinha medo, ansiava pela paz, até que os inimigos com suas armas mortíferas, destruíram a fazenda linda de meus pais, armas que não só destruíram meus pais psicologicamente, mas destruíram seus corpos, ao ver meu pai na sua agonia de morte, jurei vingança, eu e meus inúmeros companheiros de infortúnio.

A breve história termina, este guerrilheiro era dotado de muitos conhecimentos, formado em universidade, mas por iniciativa própria formou-se em guerrilhas, era uma verdadeira arma humana, o grande terrorista Bin   Laden perto dele poderia ser considerado um mero aprendiz, ele e seus companheiros tinham planos, quais seriam eles?

Muitos planos! Mas pode se resumir num só: vingança, muita vingança principalmente aos ocidentais.

Padre Lenon, novamente tenta o diálogo:

--- Mas  vingança de vocês atingirá muitas pessoas inocentes, assim como todos vocês foram atingidos, alegas muitas falhas no cristianismo, realmente existem porque somos humanos, mas sempre um dos nossos maiores mandamentos é perdoar.

Mas toda trama humana, a mente distorce tornando-se difícil a normalidade, ainda mais quando se vive em   costumes que incentiva o dever de revide,  principalmente o guerrilheiro que contou sua história, talvez seja um desabafo, ou seria apenas para deixar parecer se ele fosse mais um dos meninos amparados por aquela instituição, tudo agora seria diferente? Não se sabe talvez nem os especialistas em mentes!                                                                                Então , Jabbar, este inflexível guerrilheiro depois de uma conferência com os companheiros, relata aos dois homens chaves daquela instituições, Padre Lenon e Jonas:

Está decidido, todos vocês serão colocados em um avião, o piloto e mais dois companheiros os acompanharão vocês poderão chegar ao Brasil, mas pela minha experiência eu aposto que não chegarão. Quando levantarem vôo receberão um comunicado. Darei uma chance. (apesar desta chance ser em mil acertar uma, mas mesmo assim estaria ele tentando um meio de salvar todos ali, pensando: se eu fosse mais um que vivia nesta instituição?)

Então a ordem da evacuação foi dada. Vários veículos desta organização de radicalismo extremo foram acionados, (eles eram poderosos) para transportar as pessoas daquele abrigo até o avião que os levariam para onde? A quantidade de pessoas se aproximavam de 100, velhos, apesar de serem minoria, aquele grandioso abrigo se destinava mais para abrigar crianças desamparadas, porque eram muitas, mas não se fazia distinção de pessoas, que procuravam proteção, conseguir viver naquele abrigo cristão, aquelas pessoas estavam caminhando incertas do que aqueles homens lhes fariam, os que podiam entender sabiam do grande perigo iminente! Mas ainda tinham uma ponta de esperança

Da janela onde Padre Lenon e Jonas presenciavam a movimentação, o Padre comentava:

--- Lutei tanto por eles e agora estarão indo para o abismo?

O avião estava à espera, todos passageiros dentro, Jonas dá um jeito e comunica às autoridades brasileiras de que todos estavam a caminho para o Brasil, mas estavam completamente incertos, lógico que autoridades brasileiras e dos Estados Unidos se mobilizaram, estudando os meios adequados para aquela situação, grande parte daquelas pessoas do abrigo desejavam viver nos Estados Unidos, pelos muitos conhecidos lá.

No avião já no alto, um dos guerrilheiros faz a declaração:

--- Vamos todos morrer! A ordem é para ao todo 5 aviões nossos os interceptarem, e são verdadeiros aviões de guerra, tudo acontecerá exatamente daqui a 5 minutos, foram feitos os cálculos e eles sempre são precisos. A nossa firme proposta é destruir todos os infiéis, se conseguirmos passar o inferno que se sucederá daqui a alguns minutos, seu Deus é realmente poderoso, Padre Lenon, mas eu praticamente duvido, porque se passarmos pelos aviões que nos bombardearão terrivelmente, eu tenho ordens para matar a todos com minha metralhadora.

O terror tomou conta de todos que escutaram e compreenderam o verdadeiro perigo, muito choro, lamentos emocionantes, promessas principalmente de Jonas prometendo jamais duvidar do Poder Divino, o quanto ele sentia, pressentia o sofrimento atroz de seus familiares. E nosso grande personagem Padre Lenon? Ele falava alto, o mais alto que podia sair de suas cordas vocais:

--- Seja feita a tua vontade, meu Deus e meu Salvador!

As pessoas conscientes ali sabiam agora a experiência terrível de esperar para entrar num inferno aterrador!

Na frente o terrorista fortemente armado com sua possante metralhadora, observava sorridente   os passageiros que se lamentavam, pediam, imploravam. As crianças com certeza choravam com todas suas forças, por ver também o medo e choros incontidos nos adultos, até que os outros terroristas apesar do preparo, começavam a sentir um pouco de medo, chegavam até a comentar: 

--- Estranho, porque este medo? Nós nunca sentimos isso!   O outro mais radical, repreendeu os companheiros: --- Calma, companheiros, seremos recompensados, iremos para o paraíso!...

--- Acreditas mesmo nisso?

--- Duvidas? Então deverias ter recusado em vir.

--- Recusar! Sabes o resultado para quem recusa as ordens, não é?

--- Só sei que já estamos aqui e vamos morrer todos!

Cinco minutos, mas parecia mais de horas passadas, a reflexão de cada vida ali, arrependimentos, quantas promessas! Quantas dúvidas principalmente dos terroristas, naqueles instante alguns deles pensavam: -- e se nós estivermos errados, se em outros lugares nossos entes queridos estivessem na situação deles, chorando pedindo proteção dos céus!

O próprio Padre Lenon teve instantes de dúvida: -- eu errei? Porque não previ, porque não preveni, porque não impus que as autoridades locais nos defendesse de verdade? Mas logo comprovou que ele era apenas mais uma vítima humana.

Jonas também pensava: --- não deveria eu seguir minha família? Eles talvez precisariam mais de mim! Eu deveria ver minha fragilidade, de nada vale minha permanência junto com estas pessoas! Mas logo também reconheceu que na sua consciência ele lamentaria de ter agido de maneira diferente, quando um dia soubesse que Padre Lenon e todas as pessoas do abrigo em que ele tanto ajudava a amparar, foram assassinados, tendo mortes de maneira trágicas.

Pronto, exatamente no tempo previsto, o inferno nos céus!

Aviões se aproximavam, metralhavam, lá dentro todos desesperados, o piloto não entendia, mas o seu avião seguia, mas não era para estar pelo menos todo furado de balas, pegando fogo e caindo? Não era exatamente o contrário, aviões de seus companheiros que caiam pegando fogo.

--- Impossível! Eles comentavam:  -- mas nossos companheiros são exímios pilotos de guerra, eles estão atingindo uns aos outros!

E o outro terrorista armado até aos dentes estava aterrorizado, ele não via os passageiros tamanha era a luz, que o cegava, gritava: estou cego!

O simples avião de passageiros passava incólume sobre o inferno!

O piloto chorava, o outro terrorista sabendo do companheiro encarregado de executar a tarefa de matar todos, se passassem o inferno e esse mesmo guerrilheiro ficara cego, comentou:

--- Companheiro, o Deus que Padre Lenon tanto comenta e segue é poderoso e verdadeiro!

E o avião segue exatamente para o Brasil. O terrorista cego amparado pelo Padre Lenon pede perdão, os outros também.

Os passageiros a par da situação agora choram de alegria, alguns cantam e agradecem ao Deus todo poderoso, reafirmam alguns com toda certeza principalmente o outro nosso importante personagem Jonas que Jesus é realmente nosso grande Salvador, Padre Lenon, também diz humildemente:

--- Grandioso és tu, meu Senhor!

A euforia maravilhosa realmente reinava ali dentro daquele avião, aqueles conscientes do acontecimento sobrenatural, tiveram esta alegria incrível.

Mas pelo menos umas vinte crianças permaneciam imóveis, indecisas, o impacto ainda as estavam provocando um certo horror, alguma coisa deveria ser feita!

Mas o avião vem exatamente para o Brasil!

 

QUERIDOS LEITORES, TENHO UMA COMUNICAÇÃO A FAZER:

TERMINARÁ  ESTE  ROMANCE NO PRÓXIMO CAPÍTULO   XXXI

Que será no dia próximo dia 13 (quarta-feira) tomara que a internet não me atrapalhe neste dia, como costuma algumas vezes no meu PC, mas acho que vai dar tudo certo!...)

 

O QUE POSSO LHES DIZER?

É QUE AINDA TERÁ MUITA EMOÇÃO!!!...

Amor sem fim

 

Capítulo XXIX

 

O mundo inteiro acompanhava aquele dilema incrível, os fanáticos queriam a atenção toda ali, o mundo conheceria realmente suas forças, o poder de suas equivocadas crenças, (porque os preceitos da religião predominante lá obedeciam uma linha correta, os fanáticos que a deturpavam, e quantos fanáticos se aglomeravam, aumentavam, envergonhando as pessoas de boa vontade residentes naquele país...)  talvez se mostrassem que o cristianismo é uma religião do mal, então eles mostrariam de vez, a grande falsidade do livro dos cristãos, cheio de fábulas, de profetas imaginários, (Ah! quanto fanatismo, aliás em toda religião tem)

 

 --- Porque vocês perseguem os cristãos? Nós só queremos a paz! (Padre Lenon interpõe adiantando a pergunta incisiva, ao chefe)

--- Nós perseguindo os cristãos? Os próprios cristãos sempre perseguem outros cristãos! (responde com toda indignidade o opressor) provaremos para o mundo a grande farsa de alguns cristãos, continua o invasor com toda a autoridade:

Não queremos interferência do ocidente nos nossos costumes, nas nossas leis e na nossa religião!

Enquanto isso no Brasil a imprensa comenta que um brasileiro pelo nome Jonas, pede ao governo brasileiro que interceda àquela organização, clemência pelo menos às crianças que são criaturas inocentes, esta mesma rede de notícia analisa que Jonas ao agir desta forma, talvez seja o próximo mártir.

Os prognósticos de imprensa estavam mais ou menos certos. Jabbar o líder do grupo se dirige a Jonas dizendo:

--- Então és brasileiro! Grande país, de radiante sol, inúmeras e límpidas nascentes , muitas matas verdejantes?

--- Num relance, Jonas e Padre Lenon trocam olhares, sem palavras mas um pensamento só: -- eis aí um entusiasta, poeta alguém que apesar das circunstâncias no seu envolvimento na lama da maldade, ainda vê belezas no mundo, um fio de esperança se passou num lampejo na mente dos dois homens.

Mas seria muito bom para ser verdade, o líder guerrilheiro se num momento deixou transparecer alguns momentos de meiguice e bondade, mostrou novamente sua ferocidade:

--- Não se iludem eu e meus sete companheiros líderes deste grupo de 20 homens, somos favoráveis a matar todos, que contrapõem a nós!

--- sete guerrilheiros, Novamente um sete na minha vida! (Jonas pensa rápido)

Neste momento no Brasil havia tristeza, os familiares de jonas não tinham esperanças de melhorar a situação.

D.ª Berenice, estava muito triste, mas a tristeza de sua filha, Mary a deixava mais desconsolada ainda, um grande remorso voltou a lhe martelar a mente, veremos a seguir, ela vai até o seu oratório e faz suas preces:

--- Meu Jesus, ajude-nos! Quero lhe pedir perdão mais uma vez, pela minha culpa que só eu e o senhor sabe, quando naqueles dias em que eu odiava Jonas, tive desejo de mandar até matá-lo, achava ele indigno de minha filha, não fui avante neste maléfico desejo, mas pequei porque nos pensamentos também podem se transformar em terríveis pecados, já me arrependi amargamente muitas vezes, agora queria me sacrificar por meu genro e por aquelas criaturas correndo sérios perigos, me dê um sacrifício, meu Senhor e meu Deus!...

Enquanto isso, lá naquele país o realmente chefe dos guerrilheiros, faz questão em demonstrar  para o mundo inteiro o seu intento, num momento máximo de perversidade diz:

Padre Lenon, vou te impor uma prova, terás que mostrar que és mesmo um verdadeiro cristão, terás alguns minutos para negar tua fé, isto é negar teu Cristo, esta arma estará pronta para tirar tua vida, mas primeiro mostre ao mundo o que tens a dizer.

Então, o nosso personagem Padre Lenon começa:

--- Meu Mestre e Salvador Senhor Jesus Cristo,

Sei que vieste a este nosso mundo que é cheio de misérias humanas,

Cheio de contrastes, onde o homens se digladiam,

estes seres que caminham nas incertezas,

essas dúvidas, às vezes, os levam ao abismo,

falaste-nos claramente: -“vim para que tenhais vida, e vida em abundância!”

declaração fulminante nos mostrando que só você é a luz, um sol radiante,

a maior e esplendorosa estrela neste emaranhado mistério!

Sim, porque a vida é uma passagem indecifrável,

na qual o ser humano caminha nas suas incertezas,

estas incertezas os maltratam, os entristecem, brutalizando-os

dissestes também: “- aquele que crê em mim ainda que esteja morto viverá”

seguidores inebriados em sua luz te seguiram

presenciaram suas maravilhas, inúmeras!

Nos seus milagres curava, dava vida a quem já a tinha perdido,

Fostes crucificado, apesar de ser filho de Deus vivo,

Humanamente sofrestes mais do que todo ser humano desta terra,

Ressuscitastes no terceiro dia, acontecimento sobrenatural indescritível,

teus seguidores não lhe renunciaram mesmo estraçalhados pelas feras,

depois quantos seguidores maravilhosos o mundo pode presenciar:

Santo Agostinho, São Francisco, Madre Teresa de Calcutá, Jorge Muller,

(Padre Lenon fala baixinho para eles: podem conferir na biografia deles)

muitos seguidores sofreram pela certeza de seu inesgotável amor,

eu, na qualidade de um mísero servo, consegui adquirir tua essência,

este amor incandescente, por isso não te renunciarei!!!

Nossa! Vocês estão me oferecendo este ultimato

para renunciar a verdadeira vida! Renunciar a Cristo?

Aí é que esta vida para mim seria a “terrível morte!!!”

Queria ter uma fé assim! (Jonas em seus pensamentos) 

E eu também!(palavras do autor) 

--- Bravos, excelente poema de Padre Lenon! Não te matarei, porque poderás nos dar muita audiência ainda!

(Fala em alto e bom som o líder guerrilheiro)

 

Uma vitória, de quem?

Do bem! Mas até quando?...

Quem sofrerá, ou morrerá?

O fim será puramente realístico?

Porque as histórias humanas algumas são trágicas,

Para terem emoções avassaladoras,

onde o terror seria a alternativa para os aplausos,

ou os aplausos seria para que se enaltecesse o amor!?...

 

 

ATÉ O CAPÍTULO XXX tudo será mostrado,

Meus queridos leitores!

 

Amor sem fim

 

Capítulo XXVIII

 

E  chegando no aeroporto aí é que caiu a ficha para D.ª Berenice, (sogra de Jonas) Mary (a eterna esposa enamorada) e Hana (a garotinha que viu em Jonas o seu digno pai) sim, eles ainda não tinham pensado, que Jonas não seguiriam com eles para o Brasil, precisaria ficar.

Tanto para Mary e Dª Berenice começava ali o sofrimento, porque Jonas enfrentaria perigos desconhecidos, por isso mesmo até mesmo fatais!

Na despedida, Jonas fala com Dª Berenice:

--- Tome conta de minha família, minha querida sogra.

--- Rezarei muito para você, meu querido, Jonas.

Depois a despedida com Mary:

--- Querida, você entende porque tenho de ficar, não é mesmo?

--- Sim, meu amor, se pudesse ficaria contigo, sofreria junto com você, morreria por ti!  

Depois a despedida com Hana:

--- Minha filhinha adorada, dentro em breve nós encontraremos outra vez.

--- Papai Jonas, não demore, está bem?

Familiares de Jonas no avião de volta ao Brasil, Jonas volta no taxi com Wadud, até o abrigo, lugar que prestava um inestimável serviço aquele país, porque lá as pessoas tinham um sentido para viver, os costumes as leis rígidas que enclausurava, horrorizava tantas pessoas, parecia que não tinham poder de amedrontar os seres que viviam ali, naquele lugar de liberdade  de paz, Padre Lenon, o missionário brasileiro pode fazer um trabalho extraordinário naquele abrigo, conseguiu mentalizar seus auxiliares  na tarefa árdua mas dignificante em ajudar seus semelhantes, ampliou o quadro de pessoas neste trabalho, entre seus ajudantes estava Jonas outro arauto indispensável nesta ajuda.

E por isso mesmo que Jonas não seguiu com seus familiares para o Brasil, ele tinha medo que os cruéis costumes, aliados pelas maldades de alguns humanos, conseguissem ultrapassar a barreira de proteção daquele abrigo, que unicamente tem o objetivo de amparar e proteger as pessoas deste país.

Na volta Jonas e Wadud, presenciavam cenas de terror, muitas mortes, o povo em alvoroço, os grupos ameaçavam cristãos, conforme os estrangeiros eram mortos, torturados ou presos em lugares indefinidos. Os dois homens tinham que percorrer caminhos alternativos, pois não podiam correr o risco, a extensão do perigo poderia ser muito pior.

Os meios de comunicação alardeavam: tudo o que for contrário às leis religiosas predominantes aqui, sofrerão penas rigorosas se for possível até a morte.  

Wadud, diz a Jonas: --- o pior realmente está acontecendo, meu amigo, ainda foi em tempo que seus familiares partiram!

--- Minha preocupação aumentou, agora é que a instituição de meu amigo Padre Lenon corre sérios perigos, se chegar a tempo! Mesmo assim o que eu poderei fazer?

(Jonas, desabafa cheio de maus pressentimentos)

Chegaremos, meu amigo, conte comigo para o que der e vier! (fala o taxista, demonstrando o verdadeiro sentido da amizade!)

Eles chegam, o local estava tranqüilo, mas eles sabiam que o perigo com quase certeza ainda apareceria. Os dois amigos se despedem, Jonas entra no grande abrigo, as crianças brincavam despreocupadas, os trabalhadores indiferentes nos seus afazeres, enfim todos estavam despreocupados.

Jonas faz o essencial: procura Padre Lenon, ao encontrá-lo vê que ele já estava a par da situação, mas faz a pergunta inquietante:

--- Então, Padre!

--- É só esperar e rezar!...

--- Mas não sei não, a situação não está nada boa! (Jonas fala cheio de pesar)

--- Jonas, não precisa ter coragem, basta ter confiança e fé

--- Sim, sei que a coragem o ser humano pode conseguir, mas eu queria ter sua fé inabalável!...

Eis que acontece o quase inevitável, lá fora barulhos gritos, o portão da instituição invadido, a fortaleza, a mini cidade que abrigava os desamparados, invadida por vinte homens fortemente armados, organizados.

O que se denominava ser um dos chefes deles fala:

--- Vocês estão sob o nosso poder, Padre Lenon!

--- Qual o objetivo de vocês? (tenta o diálogo o religioso)

--- Logo saberão, talvez o mundo inteiro também saberá (fala o chefe invasor, ele e todos sem pelo menos terem os rostos tampados, até suas barbas denominava-os grupos radicais!)

E pensando bem: o que é a eficiência dos meios de comunicação nos dias de hoje, realmente os terroristas deram um jeito: uma grande parte do mundo foi informado da invasão: --TERRORISTAS ATACAM A GRANDE INSTITUIÇÃO, DEZENAS DE PESSOAS INCLUSIVE A MAIORIA CRIANÇAS CORREM SÉRIOS PERIGOS!...

Até numa terra distante a notícia chega com todo alarde, no Brasil uma família escutava, via estarrecida o acontecido.

D.ª Berenice só lamenta: --- Meu Deus!

Mary sem poder conter o planto: --- Mãe, o que será deles, o que será de nosso Jonas?

--- Filha, tenha fé em Jesus!

E a comunicação continuava alarmante: AS AUTORIDADES NÃO CONSEGUEM MANTER A ORDEM, POR CAUSA DE MUITAS LEIS ESTAREM EM PODER DA RELIGIÃO DALI. POR INFELICIDADE, A INSTITUIÇÃO DO GRANDE INOVADOR BRASILEIRO, PADRE LENON ESTÁ EM PODER DO PIOR GRUPO RADICAL DAQUELE PAÍS!

 

Um dos interlocutores transmitiu o motivo da invasão:

--- Todos estrangeiros que desrespeitarem nossa religião e nossas leis sofrerão!

Aqui possivelmente todos morrerão, para mostrarmos ao mundo que não estamos brincando, mataremos o primeiro.

Coube ao paranormal, Hakim perder a vida, o mundo viu este homem morrer sem pedir clemência.

Mas os apelos chegavam daquele país mesmo aos terroristas complacência com os residentes naquela instituição, os pedidos eram de pessoas que foram educadas ali, tiveram proteções naquele maravilhoso lugar, tornaram-se alguns até importantes cidadãos, mas os radicalistas pareciam inflexíveis!...

 

MEUS AMIGOS, ACOMPANHEM NO PRÓXIMO CAPÍTULO XXIX

TALVEZ O PENÚLTIMO CAPÍTULO (TALVEZ!...) 

Amor sem fim

 

Capítulo XXVII

 

Wadud, O taxista comprimenta:

--- Como vai meu amigo, minhas senhoras, minha menina linda! Queiram entrar no meu carro, por favor, (Hana a menina acha engraçado o sotaque meio atrapalhado daquele homem. Depois ele explica a Jonas que está tentando aprender a língua portuguesa)

--- É pelo que vejo você está pensando mesmo ir para o Brasil! (pergunta Jonas ao taxista que conquistou sua amizade)

--- Vontade eu e minha família há muito tempo temos vontade em sair deste país que não dá muita alternativa principalmente às mulheres estudarem, uma de minhas filhas é adolescente, anseia em continuar estudar, pelos meios de comunicação vê quantas oportunidades existem no mundo, nós fazíamos planos em ir morar no Estados  Unidos, pois temos amigos lá que se deram bem e nos ofereceram ajuda se caso nós resolvêssemos morar lá, não é fácil conseguir entrar mas tentar não custa nada.

Mas agora, eu convenci minha família em tentarmos a sorte no Brasil, depois de conhecer vocês e também saber o quanto aquele país é maravilhoso.

--- Wadud, quantos filhos você tem? (Jonas pergunta, ao taxista, cada vez mais aquele homem o cativava, não só pelos amplos conhecimentos que ele demonstrava ter por suas longas e interessantes conversas, mas também pela maneira de tratar seus familiares)

--- Tenho duas filhas, uma deve regular de idade com sua filhinha, a outra já começa entrar na adolescência, todas duas tem uma inclinação para estudar muito, daí a minha preocupação e de minha esposa, pensamos este é o nosso país, lógico que desejaríamos ficar, acabar de criar nossos filhos, e acabarmos nossos dias aqui, mas corre o risco de vermos nossas filhas correrem perigos, a onda de terror avança assustadoramente, tem cidade que as mulheres nem podem sair, as ruas andam infestadas de grupos, se denominam de serem os guardiões dos bons costumes,

Os defensores dos livros sagrados, todas as pessoas de bom senso de qualquer religião, vêem os erros destas interpretações, pode ser que não dure muito estas confusões, mas nós não vamos esperar para conferir!

D.ª  Berenice por intermédio da interpretação de Jonas, pergunta a Wadud, o que a mulher dele acha desta vontade de abandonar seu país, depois viver num lugar onde não se sabe se seria o ideal. Ele responde prontamente:

 

--- Minha esposa é a mais incentivadora desta tentativa de viver fora daqui, principalmente para nossos filhos, pois eles tem bem mais vida pela frente... e tem mais, contarei resumidamente a história de minha esposa, depois verão a lógica de sua preocupação.

Minha companheira antes de nós casarmos, namorávamos como a maioria dos jovens namorados, eu não era bem visto pelos seus pais, não possuía fortuna, um dia um grande figurão, cheio da nota, queria acrescentar mais uma esposa em sua vida, se engraçou com minha namorada, os pais dela logo se interessaram porque a recompensa seria vantajosa, ela teve um desespero tão grande, ameaçou suicidar-se no caso de ser entregue como uma mercadoria, seus pais não foram avante na proposta desmanchando-a, apesar dos costumes religiosos e também dos costumes seculares, isentando os pais de terem culpas de tais procedimentos, eles reconheceram o tamanho erro que iam cometer, por amarem muito aquela única filha.

Mas o homem poderoso por não ter conseguido seu intento, passou a persegui-la, por várias vezes não aconteceu o pior, mesmo depois de casarmos, foi mais perseguições, mudamos várias vezes, até de várias cidades.

Portanto, neste país nós não sentimos seguros com nossas filhas, como pais, às vezes, não podemos protegê-las, pois alguns costumes, e até algumas leis não contribuem para isso!

Wadud ainda diz: --- Espero que minha família tenha a honra de conhecê-los, eu sempre falo para minha esposa a beleza que são os brasileiros, descrevi vocês e ela disse o quanto desejaria em poder matar esta grande vontade de ver e conversar com vocês.

--- Até falastes para ela  que você é encantado pelas mulheres brasileiras, pelo melhor carnaval do mundo! (Fala Jonas gracejando)

Ah! Isto não, mas não canso de falar das lindíssimas paisagens, rss...rs...

O carro estava em movimento, mas logo o atento motorista  foi diminuindo a marcha, notava que existia barreiras, vários homens bem armados examinando as pessoas nos veículos, mas não eram policiais!... Ele olha na direção de Jonas e diz:

Nossa, meu amigo! Não providenciamos para que as mulheres tivessem com as burkas ou pelo menos com os véus!

Logo chegam até os examinadores, exigem que o taxista saia do carro, e durante uns cinco minutos conversam, depois exigem que ele apresente os documentos dos passageiros, mais uns sete minutos conferindo, no carro havia uma certa apreensão,

Mary pergunta:

--- Jonas, o que está acontecendo?

--- Exames de rotina, deve ser, mas não adianta ter preocupações, é só aguardar.

--- Aguardar e rezar!... Diz Dª Berenice com certa natural ansiedade.

Depois das minuciosas averiguações, os homens armados, Wadud, o taxista se encaminham para o carro, os documentos são devolvidos, novamente um dos averiguadores olha atentamente os passageiros, depois a permissão para seguir.

Sem que Jonas pergunta, Wadud faz suas explicações:

--- Eles são um dos grupos religiosos mais fortes, com permissão de controlar tudo no país, ao comprovarem que vocês são brasileiros, falaram não haver necessidade de averiguações mais detalhadas.

Estão vendo até que ponto está caminhando este país?

--- Mas se não fôssemos brasileiros, os procedimentos poderiam serem outros? (Desta vez é de Mary a pergunta)

---  Ajudou muito! Alguns estrangeiros estão passando apuros, muitos até mesmo aprisionados, com as alegações de espionagens, argumentos até mesmo ridículos. Se vocês fossem cidadãos deste país, seriam talvez até mesmo punidas por não estarem com vestimentas adequadas, pelo menos os véus teriam que estarem usando.

Eu e minha família temos que sair daqui, se vocês não nos quiserem lá no Brasil nós vamos para os Estados Unidos, (o simpático motorista conclui com uma sonora gargalhada) 

Mas fez questão de falar novamente com certa seriedade:

Meu amigo Jonas, continua naquela minha idéia em escrever um livro, ou talvez escrever artigos com histórias sobre o meu povo, para de uma certa forma ajudar, tenho um pressentimento de que posso dar minha contribuição neste sentido, para esta idéia ser realizada aqui, talvez seja improvável, quero ajudar mas também não me anima pensar de me tornar mártir, porque meus artigos ou mesmo livro, me colocam na posição de inimigo deste sistema.

A idéia de concluir isto no Brasil é animadora, mas eu estaria seguro lá? Nos Estados Unidos, Inglaterra tenho a certeza que sim, de acordo com correspondências de amigos que erradicaram nestes países, me comprovam isto.

Aí eles acabam de chegar no aeroporto...

 

Continua no capítulo XXVIII, CAMINHAMOS PARA OS FINAIS

ATÉ LÁ MEUS AMIGOS!!!

 

Capítulo XXVI

 

Amanhã mesmo vocês irão embora para o Brasil!

(Jonas fala cheio de apreensão aos seus familiares)

Dª Berenice, Mary e Hana, já estavam no abrigo, na televisão, no rádio, as notícias eram péssimas, atentados às igrejas, a consulados, estrangeiros vários deles seqüestrados, o bom de tudo é que tanto a esposa e a sogra de Jonas, não poderiam analisar a dimensão de situação, porque eles não entendiam nada daquelas pronúncias.

Mary apesar de ficar apreensiva com o país tão estranho, lugar tão diferente do Brasil, lugar onde as pessoas parecem estar impresso algo impossível de descrever, como se em cada semblante estivesse escrito: - é nossa sina, no livro da vida está definido: nós temos de viver assim.

- coisa estranha! Pensava ela.

Mas ao mesmo tempo ela se enquadrava com a situação, também pensava haver uma certa predestinação, pelo menos em algumas pessoas. Se pudesse ficaria com Jonas, para enfrentar a situação crítica que cada vez aumentava naquele país, ajudaria o máximo aquelas pessoas de instituição, o lugar que Padre Lenon ajudado pelos seus auxiliares, tanto bem fazia àqueles seres acuados pelos fortes e cruéis grupos radicais, os intimidavam impondo verdadeiro terror!

Ah! Esta bondosa esposa de Jonas não intimidaria, mesmo se ao ver mulheres na iminência de serem apedrejadas, torturadas, ela enfrentaria com tudo o que podia, para defender.

Portanto, Mary entendeu mais do que qualquer pessoa de que Jonas precisaria ficar, não retornaria ao Brasil com ela, a sua mãe e sua filhinha, ele tinha a necessidade de ficar do lado de Padre Lenon, para pelo menos ter esperança de resolver a situação.

Por causa dela compreender um pouco do misticismo daquela país, daquela instituição, ela já estava sentindo saudade antecipada, antevia quando estivesse no Brasil, o quanto relembraria daquelas pessoas, principalmente das crianças daquele abrigo, para os que viviam ali, absorvia as coisas positivas dali.

Então nesta última noite, Mary pede a Jonas que a leve até aquele homem tido como paranormal, Hakim residente naquele lugar, este homem possuía algo, ela notava isso, por acreditar em muitas coisas relacionadas com o sobrenatural,algumas vezes parecia sentir que  algo misterioso sempre se aproximava dela. Para muitos entendidos, ser paranormal não é possuir a seu dispor muita coisa do sobrenatural, o ser paranormal é puramente humano, portanto tudo tem a lógica, nós vivemos num mundo de lógica!

Mary ainda se apegava em suas convicções, não era supersticiosa, mas entendia que um ser paranormal mesmo que ele não aceite, está mais chegado às coisas do sobrenatural, porque ninguém conseguiu explicar alguns fatos paranormais que acontecem, só explicações esporádicas, nada mais.

Então Jonas prontamente a levou na presença de Hakim e disse:

--- Pronto, Mary, satisfiz sua vontade, mesmo se quiseres falar ou saber algum segredo, eu vou ter de saber porque vou ter de traduzir tudo que Hakim disser mesmo!...

--- Ah! estamos encontrando novamente! (fala Hakim a Mary, com toda sua naturalidade, mas não podemos esquecer de que Jonas tem de traduzir tudo)

--- sim, jamais iria embora sem conversar novamente com o senhor!

--- É, minha jovem tem muitas coisas que temos de conversar. Eu ainda não lhes havia dito que eu quase fui queimado na fogueira, por acusação de bruxaria, fui preso e por um triz não virava carvão, se não fosse o Padre Lenon influenciar certos líderes religiosos, de que eu não era um bruxo, mas sim conseguir prever muita coisa que poderá acontecer, isto eu faço desde que era criança, não sei explicar, até Padre Lenon podia ser punido pelos seus superiores também, por alegar de eu ser um adivinho, mas ele tem as suas explicações, alguns tem estes poderes, justamente para ajudar seus semelhantes, eu e mais um punhado residente aqui já éramos presuntos! Bendito Padre!!! Ele é um dos 7 podem crer vocês, um dia vocês terão suas conclusões. (Jonas ficou curioso, nos seus pensamentos: um dos 7? O que ele quis dizer com isto! Mas não foi avante na pergunta direta, já estava tudo misterioso demais para ele entender)

E continuando o Hakim com suas premonições:

já sei estás curiosa para saber o que acontecerá! Só posso dizer que o bem vencerá, uma vitória triunfal, mas até lá!...

--- Muitas catástrofes, até eu estarei em maus lençóis, não fico preocupado, mas você e sua família retornarão sã e salvos ao seu país. (Jonas continua na sua tradução, mas pensa: pelo menos uma coisa boa nas premonições de Hakim)

--- Mas e...

--- Você quer dizer: e Jonas, Padre Lenon e o resto! (completa Hakim, dizendo exatamente o que Mary ia perguntar)

Só posso te dizer por incrível que pareça não consigo prever!...

Mas volto a repetir: o bem vencerá!

Terminando a conversa, Jonas fala para sua esposa:

--- Não aceite tudo o que Hakim falou, só acredite no que ele disse que vocês voltarão sãos e salvos, rs...rss.

No outro dia já estava o taxista esperando os familiares de Jonas para seguirem ao aeroporto rumo ao Brasil. (aquele taxista, que gosta muito do Brasil)

 

 

É, MAIS SÓ RETORNAREMOS NO CAPÍTULO XXVII,

NOSSA! MEUS AMIGOS, MAS NÃO VAI SER BRINCADEIRA!!!...

 

(AH! EU JÁ ESTAVA ESQUECENDO, A TODOS QUE ESTÃO CONSEGUINDO LER ESTE ROMANCE, O MEU MUITO OBRIGADO, MESMO AQUELES QUE NÃO LERAM DESDE O PRINCÍPIO, MAS SE PUDEREM!...)

  Amor sem fim 

 

Capítulo XXV

 

 

Jonas ia dirigindo seus familiares dentro daquela imensa casa, ele já era íntimo daqueles que foram seus parentes, soube conquistar a amizade daquelas pessoas com personalidades muito fortes e por toda uma vida, por causa dos costumes rígidos e considerados arcaicos para uma grande parte do mundo, principalmente para nós brasileiros que somos considerados de sermos muito liberais. Eles sentiram o poder, o encantamento e a felicidade quando uma pessoa usa o sentimento do amor, para fazer o outro feliz, fazer com que esta vida possa ser usufruída, vivida se possível em plena plenitude. Perceberam isto quando Sarah passou a fazer parte da vida de Jonas, ela foi muito feliz, uma felicidade transparente,  mesmo depois de sua enfermidade. O pai e os seus irmãos procuravam manter os velhos costumes, mesmo sendo costumes contrários à liberdade da pessoa humana, principalmente as mulheres, por isso ao perceberem o quanto era compensado amar em vez de odiar, perdoar e não procurar vinganças, eles aderiram por completo a nova filosofia, veremos isto pelas suas palavras aos visitantes.

(estas pessoas e seus costumes rígidos, os leitores poderão recordar ou conhecer, no capítulo IX)

Então a casa sóbria, objetos, as paredes tudo ali eram de uma sobriedade até mesmo um pouco assustadora, mas não tirava o aspecto de seus donos possuírem riquezas.

Havia além disto um certo ambiente de grandeza, um ar estranho, cada passo um arrepio poderia percorrer no corpo de um visitante comum, como se estivesse entrando num daqueles palácios da idade média, os visitantes percorriam com uma certa ansiedade, lá no fundo até um certo medo. (Jonas compreendia tudo isso em seus familiares e achava até divertido) 

Percorreram uma sala imensa e bem no final, o velho Hakam, o pai de Sarah, a falecida esposa de Jonas, ao lado direito Fattah, o irmão mais velho de Sarah, do lado esquerdo Hadi, o irmão mais novo.

O velho Hakam começa a falar primeiro diretamente com Dª Berenice a mãe de Mary: (Jonas traduzindo)

--- Minha senhora, eu já estava esperando suas visitas, quero lhes relatar o grande apreço que todos aqui tem pelo seu genro, eu tive o privilégio dele também ter sido meu genro um dia. Ele conseguiu que minha filha nos perdoasse, nós não sabíamos o quanto ajudávamos a aumentar o sofrimento dela, Jonas com verdadeira dedicação e amor lhe devolveu o novo sentido em viver, apesar do bom Padre Lenon também a ter amparado, estes dois eu se desse toda minha fortuna, não conseguiria lhes pagar o que fizeram por nós. (Jonas queria intervi-lo nos pedidos de agradecimento, porque sentia que fizera tanto ele quanto o Padre Lenon, não mais do que a obrigação, ainda mais que Sarah lhe foi também um dos relacionamentos gratificantes em sua vida) este amor minha senhora que foi devotado à ela, para mim foi magnífico, aquilo que eu tinha como sagrado, isto é seguir algumas regras que achava corretas, caíram por terra, reconheço ser o amor pelo semelhante mais importante do que qualquer costumes, qualquer ritual mesmo sendo religioso.

Sarah, este foi o nome escolhido pela minha falecida esposa Bashira, nome que eu relutava em aceitar por considerar ser nome americano, mas minha esposa adorava os americanos pra desespero meu, apesar do meu autoritarismo, eu aceitei ter uma filha com nome de origem estrangeira porque eu amava minha mulher.

Depois Hakam se dirigiu à Mary: (Jonas novamente traduzindo)                                                 --- Tenho certeza de que você é digna dele, desejo que façam parte de minha família.

--- Obrigado Sr. eu gostava de Sarah mesmo sem conhecê-la, pelo que Jonas a descrevia, tenho a certeza de que era excepcional.

Fattah, o irmão mais velho de Sarah, pouco falou mas pediu para Jonas traduzir que tinha o prazer de conhecer seus atuais parentes.

Hadi, este o irmão mais novo de Sarah, sendo o intelectual e cérebro da família fez questão de mostrar também sua gratidão fazendo um breve relato, apelando para que Jonas permaneça em suas empresas, não só pela capacidade, inteligência, mas sim sobretudo por sua honestidade, ele também tinham uma confiança extremada naquele que fez sua irmã não romper do meio familiar, mesmo nos últimos tempos de sua vida.

Depois que a governanta acomodou, Dª Berenice, Mary e Hana, Jonas chamou Hadi num canto e comentou:

--- Minha permanência neste país é questão de algum tempo, minha família retornará ao Brasil sem mim, você sabe o que este país está passando não é? Pois a instituição está em apuros, Padre Lenon precisa de todo apoio possível, precisava de seu prestígio e capacidade para ajudar numa solução.

--- É, Jonas, eu até queria te prevenir para ter toda a cautela possível com sua família, alguns estrangeiros de certos países poderão sofrer sérias represálias, principalmente os norte americanos, os ingleses etc. etc... quanto às instituições, podemos pressionar o governo a dar cobertura, pois do contrário ficaria mal com o alarde da imprensa mundial.

Pode haver bastante derramamento de sangue, alguns grupos são muito radicais.

--- São verdadeiros terroristas, isto sim! (fala Jonas com ar preocupado)

--- Mas o povo em geral abomina estes atos isolados, que de uma certa forma vão aumentando, aliados com interesses escusos de alguns mal intencionados também com outras idéias, por exemplo exclusivamente políticas, muitos interesses em jogo.

Quantos clãs religiosos abominam estes atos impensados e criminosos, por isso não es ta tudo perdido ainda, muitos no mundo acusam exclusivamente esta bagunça generalizada provocada pela religião predominante aqui, mas estão equivocados, pois os fundamentos essenciais de qualquer religião que tem um ser maior, imortal, Criador de todas as coisas, então tem que debater com toda as forças,estes atos que tanto machucam o ser humano neste seu viver!

--- Hadi, posso contar com teu apoio na instituição de Padre Lenon? Precisamos de alternativas, no caso de haver alguma intervenção com o objetivo de mudanças lá, se tirarem aquele abrigo da direção de Padre Lenon, seria um desastre a todos que precisam do amparo daquela divina instituição. (Jonas faz este apelo ao teu ex-cunhado)

--- Pode contar com meu apoio, verei se posso fazer alguma coisa com alguns de meus contatos.

 

Terminando a visita os 4 voltam para o abrigo, o quanto antes os familiares de Jonas precisariam voltar para o Brasil, tanto Dª Berenice e Mary comprovaram o quanto Jonas era leal a quem ele estava ligado, os familiares de Sarah o considerava espetacular, a lealdade dele com Padre Lenon também era outra coisa fora de série!

Portanto, Jonas ficaria naquele país ainda, para enfrentar a situação com Padre Lenon, os outros voltariam ao Brasil.

 

NO CAPÍTULO XXVI a continuação... mas estamos quase no final deste romance,

Quantos capítulos ainda faltam? - Não sei, talvez uns três ou quatro!...

 

  Amor sem fim

 

Capítulo XXIV

 

O Brasil! Este nome dá uma esfriada na espinha, provoca uma emoção tremenda                                                                                   quando um brasileiro está tão longe de sua pátria, o pensamento voa,

quando este brasileiro está num lugar, onde até as pedras parecem ser diferentes,

as pessoas, te olham com olhares incertos, suas aparências, suas vestes!...

Este lugar dá a impressão que a qualquer momento algo de muito grave acontecerá,

Foi o que senti assim que pus os pés aqui,  

Com exceção desta instituição, onde faz com que tudo se transforma.

Mary está acordada, estes pensamentos estavam em sua mente,

dá uma olhada em Jonas (seu marido) ele está dormindo tranquilamente,

mas aquele olhar amoroso da esposa, exerceu um magnetismo,

ele acorda, os dois se beijam, um cumprimento matinal,

dando para notar aquilo que existe mais de belo nos seres humanos,

o amor, nunca, mas jamais mesmo este sentimento deve desaparecer...

então começa o diálogo daquele casal, Mary diz o que a estava preocupando:

--- Querido, eu minha mãe e minha filha Hana  voltaremos para o Brasil, mas tua permanência aqui mesmo sendo temporária é muito perigosa, meu Deus! Como será penoso para mim!

--- Sim, meu amor, eu sei que a situação é complicada, se fosse só pelos meus deveres trabalhistas na minha empresa, a qual depende muito de mim, eu abandonaria tudo e voltaria definitivo para o Brasil, mas a minha permanência aqui é por causa das situações difíceis que esta instituição está passando, posso ser muito útil, sei que meu dever com a minha família, eu repito, vou ser útil aqui, meu amigo Padre Lenon precisará de ajuda até mais do que ele pensa.

--- Jonas, quais são esses perigos, poderão trazer conseqüências graves?

Como evitá-los?

--- Este país está sendo um barril de pólvora, a qualquer momentos confusões de todas espécies poderão acontecer. Alguns grupos radicais estão influenciando o governo para muitas mudanças, principalmente no setor religioso, aí é que está o maior perigo, os castigos de todas espécies poderão voltar, atentados, grandes destruições poderão acontecer às igrejas, instituições que não condiz com as regras impostas por eles, o grande abrigo que Padre Lenon conseguiu abrigar muitas pessoas poderá ruir, anos e anos de proteção aos desamparados e eles sentissem o verdadeiro sentido de viver, sofrerá uma ameaça séria, porque está enquadrada, com os preceitos cristãos, estes radicais não concordarão, isso significa aparecimento de horrores constantes outra vez neste país.

Quantas pessoas perderão novamente a vontade de viver, porque estas regras cruéis massacram, tiram os direitos das pessoas de serem felizes nesta vida.

Depois que amanheceu, Jonas pensa em levar seus familiares: D.ª Berenice, Mary e Hana para conhecerem os familiares de Sarah, sua esposa falecida.

Resolve chamar aquele taxista que prudentemente guardou o n.º do telefone.

Logo o taxista atendeu o chamado e já estava em frente à instituição e num instante já estavam todos para visitarem e conhecerem os familiares de Sarah, aquela que fez parte bem importante na vida de Jonas.

Dentro do carro seguiram para o local determinado, duraria algumas horas para chegarem. O motorista estava novamente conversador, mas algo de triste estava em seu semblante, comentava:

--- Ah! Brasileiros, não é? Terra boa, abençoada (Jonas ia traduzindo) lindas florestas, uma grandiosa parte da Amazônia totalmente em terras brasileiras, cobiçada por uma grande maioria dos estrangeiros. A cidade de São Paulo uma das maiores e mais importantes do mundo, Rio de Janeiro, quantas capitais lindas, (o taxista conhecia mesmo o Brasil!)

Infelizmente o meu país está passando novamente tempos difíceis, você deve estar sabendo, perguntando se dirigindo para Jonas.

--- Sim, fui informado mas vamos torcer para que seja temporário! Algumas providências devem ser feitas. ( Jonas procura não fazer a tradução aos seus familiares para não alarmá-los mais)

--- Está difícil, meu rapaz, o governo está totalmente nas mãos destes grupos, várias igrejas estão sendo incendiadas, depredadas, padres, pastores muitos estão sendo assassinados! (Jonas tem a impressão que seus familiares estão percebendo, vira para olhá-los, mas aliviado comprova que eles não estão entendendo nada daquela língua, que os dois falavam, era de difícil compreensão para eles, que alheios os comentários tão preocupantes, procuravam observar durante o trajeto  tanta coisa diferente do nosso Brasil.) o taxista percebendo diz:

--- Você não está querendo que eles saibam do que nós estamos falando não é mesmo?

--- Sim, não quero alarmá-los mais do que já sabem! Mas voltando a este assunto, talvez uma interferência de algum órgão mundial, ou da ONU, só sei que alguma providência deve ser tomada, este país tem que tomar novamente o rumo de um povo livre, feliz e muita paz requisitos que todos os povos devem ter!

--- No Brasil também tem violência, meu amigo, a violência está em todo lugar, mas aqui as autoridades estão à mercê de pessoas do mal, estas pessoas aliadas com interpretações errôneas de líderes religiosos, faz com que o povo sofra as conseqüências. (continua o taxista fazendo a análise da situação daquele seu país, seu semblante estava um pouco triste por isso) e ele ainda continua...

No Brasil existe a diferença, as autoridades tentam combater o mal, algumas leis na verdade são flexíveis lá, por exemplo: os grandes quase sempre saem ilesos pelas faltas graves,  os pequenos sempre pagam o pato. Se algum dia fizer uma reformulações em algumas leis, que precisam urgentemente serem mudadas, isto é se for levado a sério mesmo o cumprimento da lei, doa a quem doer, então o Brasil será um dos melhores lugares no mundo para viver!

--- Nossa! Você conhece mesmo a fundo o meu Brasil!

--- Leio muito, principalmente das coisas que tenho interesse, do seu país sonho um dia em residir lá com minha família.

--- Por causa das brasileiras? Lembra que um dia você falou muito das belezas delas!

--- Sim, também por causa daquelas deusas!... aí os dois caem na gargalhadas.

Mary fica curiosa e diz:

--- A conversa de vocês parece ser muito engraçada!

--- Nosso amigo tem vontade de morar no Brasil, ele é fã do nosso país, ele não cansa de elogiar as brasileiras! Mas falando sério, ele pretende viver no nosso país com sua família. (Jonas tornou-se amigo deste taxista, desde a primeira vez que precisou de seus serviços, e também notava-se uma sinceridade, aliada de muitos conhecimentos pelo seu modo de conversar)

Wadud, o nome deste taxista que continuava a conversa animado, desta vez a animação visível, o ar de tristeza deu lugar para um semblante alegre, tal era o magnetismo dos passageiros, então ele relata a Jonas, pois é o único entendedor das palavras daquele conversador incansável, então ele declara:

--- Sabe, estou tentando escrever um livro, talvez no Brasil as inspirações venham mais á tona, de repente morando em São Paulo, a cidade onde oportunidades poderão ser fáceis de acontecer e transformarei num renomado escritor, rs...rss...

--- Ah, esta é boa! Ser escritor no Brasil? para continuar tem que ter muito amor à literatura! (Jonas fala com certa liberdade, a Wadud)

Terminam o passeio, chegam no local que pretendiam ir, descem do carro na despedida Jonas fala ao taxista:

--- Pode considerar nosso amigo de verdade, quando precisarmos jamais procuraremos outro taxista.

--- Acredito na sua sinceridade, desde o primeiro momento que os conheci já simpatizei com vocês.

Os 4 estão diante da enorme e sóbria casa dos familiares de Sarah, Jonas fala é aqui, entram, embaixo só lojas, percorrem um longo corredor depois sobem, para entrar na grandiosa casa.

 

No capítulo XXV, os familiares de Jonas, conhecerão: Hakam, o pai de Sarah ex-sogro de Jonas, Fattah, um dos cunhados o mais velho, Hadi, o mais novo.

Novas revelações virão...

 

ATÉ LÁ AMIGOS

 

 

 

 

 

Amor sem fim

 

Capítulo XXIII

 

 

 

Ele escolheu sua missão, talvez enfrentaria inimigos desconhecidos e sua experiência, cultura, inteligência e uma incrível capacidade de amar, não seria suficientes para combater estes entraves que se encontra neste mundo tão estranho, mundo que parece completamente à mercê do mal, mas que às vezes o homem no seu livre arbitre, propondo usar à sua disposição as forças do bem, consegue mudar, mudanças maravilhosas onde as forças do mal, como uma medonha tempestade numa noite inteira trazendo medos por causa da vulnerabilidade humana, possa transformar fazendo com que haja um belíssimo amanhecer!...

E era isso a missão de Padre Lenon, ele não acreditava em destino, eu também não, você também pode acreditar que o homem seja um ser capaz de mudar a história.

Mas porque muitas vezes parece que era preciso pessoas certas pra estarem ali, no momento propício para mudar, muitas mudanças para salvar multidões?

Mistérios! Talvez a vida seja tão misteriosa quanto a morte, ou talvez mais!?...

No capítulo XXII começa a história de um dos personagens importantes neste romance, o Padre Lenon ainda continua pensando, como foi dito no capítulo anterior, ele remonta sua história mentalmente, procura nas riquezas de detalhes tentar compreender seu passado não para se vangloriar, mas para aprimorar cada vez mais nesta missão digníssima de defender, instruir as pessoas como seres humanos estão aqui e precisam continuar vivendo, entretanto os entraves sendo difíceis, tiram o verdadeiro sentido da vida, pois desde que o ser humano nasce ele deveria viver plenamente.

Portanto, eis o continuar dos pensamentos de Padre Lenon:

 

--- Então depois  da morte de meu pai, e ele nos seus últimos instantes me pediu perdão, de uma certa forma me senti livre também, porque no meu íntimo, mesmo procurando perdoar, não guardar mágoas das palavras de meu pai, por causa de minha opção, mas sempre havia aquilo guardado no meu íntimo, mentalmente sempre pensava:

--- O decepcionei, sem querer, mas eu o magoei, fui a causa de seu sofrimento atroz!

Mas depois de tanto pedir ao meu mestre Jesus, aconteceu as últimas palavras do meu pai em seu leito de morte:

--- Jonas, vou feliz para a outra vida, porque consegui ainda a tempo te pedir perdão, sei que me havia perdoado, mas era preciso eu te pedir pessoalmente.

Quero lhe revelar também o meu desapontamento não era por você querer seguir a vida religiosa, o desapontamento era comigo principalmente, pois naqueles instantes em que lhe atirava palavras ferinas, eu já estava na falência! Nossa riqueza tinha ido por água à baixo, consegui ocultar até de sua mãe, mas nós já estávamos pobres, depois notei e agradeci aos céus pois você estava salvo nesta tua missão, salvo no corpo e na sua alma, porque se continuasse conosco e tivesses ambições, sofrerias muito, pois a pobreza para nós era iminente!

Parto sem nada, mas feliz porque a maior riqueza está com você!...

Aquele sacerdote homem acostumado a enfrentar perigosas situações, mas incrível,aquelas lembranças, faziam jorrar lágrimas, não de tristezas , eram lágrimas de alegrias, de alívio.

Ainda tem um restinho de sua história, ele ainda continuava lembrando:

--- Sendo padre, já tinha uma paróquia, no meu convívio com as pessoas procurava escutar, compreender. Muitos amigos nos meios políticos, no meio evangélico, amigos fiéis, com pastores, até com outros de outras religiões, um padre ecumênico para valer mesmo!

Tinha muitos problemas por causa de minhas polêmicas no meio religioso, meu Bispo recebia cartas e mais cartas de acusação contra mim, é que procurava sempre o melhor para as pessoas, para o ser humano se voltar para os preceitos religiosos, muitas regras poderiam atrapalhar bastante.

Numa noite, sou acordado por duas mulheres apavoradas, me diziam:

--- Padre, precisa vir conosco, nossa amiga está morrendo e pede para confessar!

--- Posso sim, isto é o de menos, vamos então.

--- Mas, padre, antes disso precisamos lhe dizer que o lugar em que ela está é de...pros...prostitutas!

Só tive tempo de falar assim:

--- O quê!!!... Mas não tem problema, vamos lá.

Fui, o lugar realmente era terrível, mas a enferma era uma jovem, poderia ter sido bonita por causa de seus traços, mas naquele instante eu via quase só um esqueleto humano.

Ela ainda falava mas com dificuldade, só de ver já tinha certeza: estava tuberculosa:

--- Padre, quero confessar, pedir perdão, eu não queria esta vida, depois de minha gravidez abortei, meus pais me expulsaram de casa, pedi implorei, mas nada, nem minha mãe me perdoou, só essas pessoas me acolheram.

Depois deste relato comovente, eu providenciei para que a jovem fosse hospitalizada, numa casa de irmãs de caridade, lá a jovem dentro de alguns dias falece, mas no completo amparo.

Nossa! Aconteceu um terremoto, meu Bispo me dá um ultimato, desejava conversar comigo urgentemente! Freqüentar ambiente de prostituição, onde já se viu!...

Compareci, sua iminência estava lívido, foi logo me dizendo:

--- Você é polêmico demais, Lenon! Depois desta vou ter que afastá-lo de sua paróquia e depois vamos ver!...

Procurei ter calma e apenas disse:

--- O Sr. poderia antes de tomar uma decisão séria, perguntar os detalhes à Madre daquele hospital?

E passou uns dias fui chamado novamente na presença do Sr. Bispo, ao vê-lo ele me faz a sua declaração:

--- Lenon, comprovei tudo, quero te pedir perdão! Imagine um Bispo me pedindo perdão!...

Mas eu queria voar, como diz algumas pessoas querendo fazer algo muito, muito importante, não sabia o que mas alguma coisa eu deveria fazer ao ser humano, parecia que fazia tão pouco.

Um dia meu superior me diz:

Lenon, tenho algo para você, é trabalho missionário, bem, são três lugares, dois eu te indico, o outro acho que não é pra você, um país onde quase não se vê o cristianismo, lá é assim... assim...

Eu bem entusiasmado disse:

--- É lá que desejo ir!

--- Mas, Lenon, não precisas ir neste lugar!

Depois, algum tempo depois eu estava lá naquela terra completamente desconhecida.    As pessoas estranhas, os homens me olhavam desconfiado por causa da falta de barba, as mulheres nem olhavam pois não era permitido, no país havia muita riqueza por causa do petróleo abundante, mas muita pobreza também, não só a financeira, pobrezas de conhecimentos, algo me dizia na mente: aqui até os ricos precisam da riqueza do amor! (Padre Lenon terminando a reflexão de sua vida)

O governo na época tinha interesse que os estrangeiros desse sua contribuição de cultura, porque para o país seria de máxima importância, possuía alguns meios para facilitar o aprendizado da lingua, e outras coisas mais...

Mas eu sentia arrepios, ainda escutava as palavras de meu superior no Brasil:

--- Lá eles torturam os cristãos, montanhas de Bíblias são queimadas, qualquer palavra que não condiz com os regulamentos locais,  inúmeras chibatadas e muitas outras palavras desestimulantes mais.

Mas eu mantinha aquelas palavras bíblicas no meu pensamento: Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte, não temerei mal algum, porque tu estás comigo; ...”

 

Dominei a língua deste país neste longos anos em que permaneci aqui, insisti na construção desta instituição, onde muitos desamparados, incompreendidos pelo sistema possam usufruir, quantas histórias deles! Aquela vez em que 10 meninas iam ser entregues para homens com o único intuito dos prazeres sexuais, aqueles meninos dominados pelos 7 grupos terroristas!...

Padre Lenon teve que parar suas divagações, já era tarde da noite, precisava dormir no outro dia iniciaria outra jornada...

 

No outro dia os familiares de Jonas precisariam de saberem mais coisas, logo teriam de retornarem ao Brasil,  depois quanta coisa poderia acontecer, naquela instituição,                                                                                                                                                                             - - naquele país também!...

 

 

MAS, ATÉ LÁ, MEUS AMIGOS, ATÉ O CAPÍTULO XXIV  

 

 

Capítulo XXII

 

Milhões, bilhões, mais, muito mais, meu Deus, Quantas histórias!...

Vidas que passam, depois vem outras vidas, de seres

cada ser humano sua história, então são imensidões de relatos,

Incontáveis histórias, Coisa de louco! Parecendo impossível saber,

compreender todas elas como um grão de areia na imensidão da praia,

se tudo isto parece impossível, parecendo um mistério insondável,

mais impossível mesmo é o ser humano viver e ser feliz sem o amor!

Dificílimo entender, mas não impossível compreender,

ser o amor tão forte com poder e beleza imensa!

Por exemplo, existem os dois extremos na vida dos humanos:

A MALDADE E A BONDADE

a maldade está fundamentada exclusivamente no ódio,

a bondade está fundamentada exclusivamente no amor,

a batalha aguerrida do amor e do ódio, a luta continuará!

Independentemente do indivíduo estar integrado na religião que for,

em qualquer seita, em qualquer organização se ele não

visar verdadeiramente o bem estar de seu próximo

ele não estará contribuindo para que o ser humano seja feliz,

suponhamos que nesta batalha o amor seja derrotado totalmente,

o mundo viverá em trevas, o inferno será aqui, onde cada ser humano

terá o outro como seu inimigo mortal, pais contra filhos, filhos contra os pais,

amigos tornar-se-ão inimigos mortais!...

Portanto, o amor tem que triunfar, ele chega a ser até imortal,

transpassa até ao outro lado da vida, um maravilhoso mistério!...

 

Sarah  termina seu relato naquele vídeo, dizendo que tudo aquilo ela tinha revelado na confissão ao seu confessor, protetor Padre Lenon e ele concorda dizendo:

--- Sim é verdade, eu não poderia revelar, Jonas, porque foi um segredo de confissão, não imaginava que você viesse a saber disto tudo, após a morte de Sarah.

Já era noite, os visitantes iam recolher aos seus aposentos, D.ª Berenice e Mary conheceram histórias interessantes dos personagens que residiam naquele amplo abrigo, tão amplo que poderia dizer ser uma mini cidade.

Padre Lenon também se recolheu no seu canto, faz suas orações, mas antes de dormir, talvez por influência daqueles relatos que ele escutou com os familiares de Jonas, lhe veio na sua mente a sua história! (vamos conhecer? Conheçam, é maravilhosa, inquietante, deslumbrante, carregada de ações, a te às vezes bem violentas, mas o amor fez parte na sua vida, tornando-o uma pessoa fantástica)

nua mente começa as lembranças lá de sua tenra infância:

Minha mãe sempre me dizia, que desde o primeiro dia de meu nascimento, era esperto, inteligente e muito observador, meu pai rico empresário da região sudeste próspera do Brasil, me idolatrava, cada vez que crescia sentia um exacerbado orgulho de mim!

(Padre Lenon, ia lembrando de sua vida desde sua infância, não se gabava de seus feitos, pretendia fazer apenas uma reflexão, de repente serviria até mesmo amar mais e compreender seus semelhantes...)

divagando num monólogo nos pensamentos, continuava...

E fui crescendo sempre forte, possuía de tudo, alimentação farta, tudo que ansiava meus pais se encarregavam de me fazer possuir, mas graças a Deus sempre tive verdadeira vontade de ajudar as pessoas, os adultos, os amigos e até meus inimigos, por questão de pouquíssimo tempo esquecia as mágoas por completo,meu pai não concordava, quando eu chegava machucado em casa por ter apanhado nas brigas, preferia que eu tivesse espancado quem quer que fosse, minha mãe mais branda apoiava sempre a minha vontade de perdoar.

Meu pai não admitia derrotas, me colocou em escola de artes marciais, eu vidrado em esportes me empenhei até o fim, me tornando uma máquina de auto defesa humana, procedimento errado ou certo me salvou de muitas situações complicadas e perigosas.

Se a defesa do corpo seria um pouco necessária, o empenho em aprimorar espiritualmente para mim começava a ser primordial, a necessidade em ajudar o semelhante eu sentia sempre, se em criança tinha este empenho, na medida do meu amadurecimento aumentava. A felicidade completa sem dúvida teria que ser através do amor verdadeiro, este sentimento Jesus declarou que sem ele tudo seria nulo, amar, amar,  sempre!

Minha mesada meu dinheiro farto era empregado aos menos favorecidos pela sorte, importâncias astronômicas desapareciam de minhas mãos, mas com o único intuito em ajudar, amparar. Meu pai realmente não gostava, mas se desconfiasse que o dinheiro era para ajudar aos necessitados aí sim se enfureceria de tal modo que de maneira nenhuma eu teria meu quinhão sequer, sua decepção seria incalculável, como aconteceria mais tarde, como veremos logo mais neste e em outros capítulos.

Minha facilidade incrível em aprender, saber coisas eu sempre considerava estranho, nos estudos maravilhosamente aprendia gostava de todas as matérias.

Numa ocasião meu último ano de escola para depois entrar na faculdade, minha turma estava em apuros com o professor de matemática, professor um gênio em sua matéria, talvez a razão de alguns alunos a difícil assimilação nas explicações, pelo menos 5 deles desesperados porque sabiam que sendo a última prova ser apenas a algumas horas eles não teriam chances, pois estava tudo embaralhado nas suas cabeças, prontifiquei em ajudá-los, Lenon lembra nitidamente de suas palavras:

--- prestem atenção, tentarei explicar a vocês sobre esta matéria a matemática, exatamente como vocês devem fazer. Depois das extenuantes explicações, a gratificação, os cinco receberam as pontuações necessárias de que precisavam.

A noção da importância da espiritualidade ia aumentando nos meus conceitos, biografias de pessoas também que se integraram me extasiavam: São Francisco, Madre Teresa de Caucutá,  João Paulo II, (este ele se emociona quando lembra dele,) Jorge Müller, Martin Luther King, todos independentes dos meios em que atuavam, até alguns dos meios islâmicos, que tinham noções de que amar aos semelhantes era o essencial para a vida neste nosso mundo.

Tive várias namoradas, tudo me aconteceu como acontece com a maioria dos jovens, na sua normalidade, mas o que mais me ansiava era ajudar, proteger, fosse quem fosse.

Numa noite ouvi pedidos de socorro, uma jovem de 17 anos estava prestes a ser violentada por 4 rapazes, investi contra eles, na minha aptidão dos aprendizados de luta, aliado à minha vontade em vencer, para proteger uma vida indefesa, venci até mesmo apavorando-os que fugiram sem olharem para trás, a jovem me disse que um deles era seu namorado, decepcionada me prometeu daquele momento em diante andar com pessoas de confiança.

Terminei meus estudos universitários, um advogado pronto para entrar em ação, meu pai não cabia em si de contentamento, preferia que eu o ajudasse em suas empresas, mas também se orgulhava de me tornar um autêntico bom entendedor de leis.

Entretanto aquele anseio interior me abrasava, o lado espiritual, pensei: e se eu me torna-se um padre!... Naquele instante, parece que meu futuro estava decidido.

Mas ao falar com meu pai esta decisão, foi um terremoto em minha casa, encolerizado, meu pai me dá um ultimato: me deserdaria, me expulsaria definitivamente de casa, declarou que preferia me ver morto, que me torna-se um bandido, mas nunca um padre, e ele algumas vezes ia à igreja! Continua lembrando Padre Lenon em seus pensamentos.

Como mantive minha idéia, a expulsão foi inevitável, para desespero de minha mãe, que para me consolar disse-me se orgulhar ainda mais de mim!

Entrei num seminário especial, pelo meu grau de estudos tive de me aprimorar mais nos estudos teológicos.

Tornei-me um padre, minha mãe falece nos seus últimos instantes fiquei ao seu lado, me dizia insistentemente que me amava, sempre teve orgulho de mim, ainda mais quando eu escolhi esta minha missão, me implorou para que perdoasse meu pai, pois ele tinha suas manias, eu lhe respondi que sempre o perdoei. Aí ela parte para a morada Celestial.

Passados alguns tempos, meu pai manda me chamar, mais velho tão doente, já estava nos seus últimos dias neste mundo, tinha perdido toda sua fortuna, por motivos fora de meus conhecimentos, mas ele me pede perdão, insiste em dizer-me que nunca deixou de me amar, agradece aos céus por ficar seus últimos dias ao meu lado e também parte para o outro mundo.

Padre Lenon ainda lembra de outras passagens interessantes em sua vida de sacerdote, mas:

Em breve veremos

 

O Capítulo XXII termina aqui, tem ainda muita história deste personagem,

ele tem uma ampla participação neste enlevo entre maldade e bondade,

fazendo com que a vida possa ser no seu mistério, compensada magnificamente,

não só por aqueles que são amados, mas também por quem ama verdadeiramente!

ATÉ O CAPÍTULO XXIII, AMIGOS

   

 

 

     Capítulo XXI

 

Houve um erro nos meus cálculos, teria que ser publicado o capítulo XXI no dia 13/06/11, mas só pude publicar hoje neste dia 14.

 

 

Ahlam, mais uma história daquelas pessoas que conviviam ali, o local destinado a viver, porque lá fora eles estavam sendo pisoteados, mais as mulheres que sofriam opressões, alguns grupos radicais aliados às tradições ou mesmo alguns grupos e suas interpretações errôneas dos seus livros sagrados, rebaixavam as mulheres, pelo menos para os ocidentais seria um rebaixamento por exemplo, elas tem seus direitos e deveres tais quais os homens, mas aquelas intolerâncias sistemáticas dos fanáticos daquele país (não posso dizer qual país!... talvez nem tenha este direito) sim estes fanáticos atingiam até alguns homens independentes de serem crianças, jovens, mais adultos ou velhos.

Não se trata de principalmente nós brasileiros, povo livre até nas religiões atacar costumes severos em outros países, atacamos e repudiamos o fanatismo incontrolável, não achamos admissível nem no nosso cristianismo aqui e por este mundo à fora, ataques a grupos que simplesmente professam sua fé. E vamos batalhar, conclamar a todos lutar para pelo menos no nosso Brasil, não desencadeia lutas, transformando em revoltas incontroláveis em nome das religiões.

E por falar em histórias, nós estávamos no capítulo XX terminando a história de Ahlam, esta jovem que por pouco seria engolida pelo sistema duro e cruel destes insistentes grupos radicais, mas só para terminar ela vai relatar um acontecimento surpreendente, pondo a par Jonas, explicando a ele e a alguns que por acaso estivessem presentes, Sarah deixou um CD daquela música maravilhosa e mais um DVD gravado a sua incrível declaração, esta falecida esposa de Jonas, deixou testemunhadas as seguintes palavras à Ahlam: (com um português arrastado Ahlam começa dizendo as palavras de Sarah)

--- Querida amiga, estou te entregando esta gravação que fiz de minha própria vós e imagem, revelações que desejo ser escutadas por ele, mas pelo amor de Deus, Ahlam! Só entregue a Jonas, após a minha morte se possível que ele ouvisse na presença de testemunhas, alguma coisa me diz que vai ajudar a ele ser mais feliz e também as pessoas comprovarem o grande valor deste homem que me fez muito feliz, (Jonas repete tudo, alguns pormenores que os ouvintes não entenderam, por causa de algumas falhas do português de Ahlam)

No final Ahlam põe o DVD no aparelho e os ouvintes, Padre Lenon, (este já sabia alguma coisa) D.ª Berenice, Mary e Hana, todos ansiosos.

Aparece a imagem de Sarah e sua voz:

--- Querido Jonas, e mais pessoas que estiverem presentes assistindo este vídeo, não estarei mais neste mundo, você não sabia que eu tinha percebido que ia morrer brevemente,

aquelas dores intensas que me corroíam todo o meu ser e que por passe de mágica só passavam quando você me abraçava demonstrando todo teu carinho e dedicação, que momentos!...

deixavas teu trabalho, todos seus afazeres pra ficar perto de mim...(como era linda, Mary repete várias vezes, ela estava vendo a imagem pela primeira vez daquela que havia sido esposa de Jonas, seu marido!) lembras de quando me contastes tua história de quando estavas no Brasil, daquela sua namorada Mary? Eu sentia o quanto a amavas intensamente, interessante eu não sentia ciúmes! Sem conhecê-la já gostava dela imensamente!... (Há, Isto não pode ser! Até parece que ela sabia que eu ao escutar esta gravação, a achasse tão maravilhosa! Repete Mary emocionada)

Eu pensava: será quando eu me for, ele possa encontrá-la novamente e serem felizes? Você, Jonas, agora deve estar pensando:--- mas como ela sabia que ia morrer, se não procurei dar nenhuma demonstração? Eu explico: quando você ainda estava conversando com o médico, eu estava retornando à sala do consultório e parei na porta ao escutar as palavras deste profissional apesar de ser humano, mas com o poder de acertar nas previsões das mortes das pessoas, escutei nitidamente sua voz: 6 ou 7 meses de vida, não mais! Não fiquei triste apenas uma paz se apoderou de mim, compreendi a realidade de minha situação, a felicidade me fez presente, estava ensaiando as minhas palavras nos momentos finais que seriam:

--- Jonas, se o grandioso Deus me propusesse viver por muitos e muitos anos ainda, cheia de saúde, mas que teria de te perder, que você não faria mais parte de minha vida eu responderia:

--- Grandioso, Jesus, prefiro morrer porque sofrimento maior seria viver sem aquele que me fez plenamente feliz!

O mundo para mim era sofrimento, meu pai e meus irmãos por causa de não me compreenderem, aderiam aos regulamentos maldosos de considerarem as mulheres seres inferiores, me deixavam imensamente infeliz, o abrigo que Padre Lenon consegue transformar tudo em volta um céu, este lugar me amparou mas aquela felicidade que eu ansiava, parecia esvair-se cada vez mais , o mundo começou mesmo a desabar em mim, quando fui violentamente ultrajada, depois quase assassinada, toda influência e real proteção de Padre Lenon, não conseguia tirar totalmente aquela sensação de abandono que sentia, a solidão me apavorava, as pessoas pra mim eram quase todas más, os homens, monstros criaturas horripilantes, verdadeiros demônios o mundo aqui era questão de tempos transformaria em inferno,

Talvez em outras terras existisse esta ansiada felicidade, como me descreviam alguns amigos que partiram para os Estados Unidos, amigos que diziam: --- estamos felizes aqui, ou mesmo em outros lugares ou até também no teu falado Brasil, poder viver um pouco mais feliz.

Mas para mim não tinha mais esperanças, tentava arrumar forças, precisava não ser totalmente infeliz, deveria não passar minhas desesperanças àquelas meninas que ficavam sob meus cuidados nesta instituição, mas como! Por mim só, não estava conseguindo, até que me aparecestes, tornastes meu anjo, meu amado e protetor,

a felicidade como um sol radiante, com seus raios cintilantes apareceram na minha vida, através das maravilhas indescritíveis de seu amor,

amor que eu sentia a cada instante, para mim o paraíso agora era aqui!

Eu pensava, até falava:

---- Deus, não me tira nesta vida este amor, minha escolha é partir deste mundo, mas faça com que ele seja feliz.

Quero te revelar também, Jonas, que ao ter quase a certeza de minha morte procurei, Hakim, o nosso paranormal desta instituição perguntei-lhe:

--- é verdade, e quando a minha partida?

Ele sem pensar duas vezes disse:

--- É verdade e o tempo é 7 meses,

---Imagina, Jonas, mais um sete!

(Hakim continuando sua premonição)

--- sei que não estás com medo, Sarah, por isto estou te relatando, qualquer revelação que pretendes deixar, peça para que seja entregue no momento especial, porque este momento chegará! 

---E este momento chegou, quando vi você, Jonas e Mary, me veio a certeza de que o momento certo seria agora!... comenta Ahlam, tão ansiosa e emocionado iguais aos outros ouvintes!!!

 

 

 Amor sem fim 

 

Capítulo XX

 

E aqueles brasileiros maravilhosos estavam ali,

naquele país de costumes tão diferente do Brasil

naquela instituição eles comprovavam as histórias, os mistérios!...

 

Eles tiveram que parar, se continuassem quebraria o encantamento, se entrassem no quarto de Ahlam, naturalmente ela teria que interromper a música, o melhor seria que os 5 pararem e ouvir também. Padre Lenon já sabia e Jonas também o porque da música   que aquela moça tímida ouvia quase que magnetizada.

Jonas teve tempo em breves instantes de explicar às visitantes, ouvintes ansiosas, curiosas, mas que se embeveciam pela melodia, da voz daquele cantor falecido, que magnetizava também as fãs. Sua voz ainda permanecia neste mundo, aliada à letra de maravilha intensa, exaltando o Criador!

 

 

 

 

 

 

 

Eis a música:

 

Grandioso És Tu

 

Senhor, meu Deus, quando eu, maravilhado,
Contemplo a tua imensa criação,
A terra e o mar e o céu todo estrelado
Me vêm falar da tua perfeição.

Então minh'alma canta a ti, Senhor:
''Grandioso és Tu! - grandioso és Tu!''
Então minh'alma canta a ti, Senhor:
''Grandioso és Tu! - grandioso és Tu!''

Quando as estrelas, tão de mim distantes,
Vejo a brilhar com vívido esplendor,
Relembro, oh! Deus, as glórias cintilantes
Que meu Jesus deixou, por meu amor!

Olho as florestas murmurando ao vento
E, ao ver que Tu plantaste cada pé,
Recordo a cruz, o lenho tão cruento,
E no teu Filho afirmo a minha fé.

E quando penso que Tu não poupaste
Teu filho amado por amor de mim,
Meu coração, que nele Tu ganhaste,
Transborda, oh! Pai, de amor que não tem fim!

E quando Cristo, o amado meu, voltando,
Vier dos céus o povo seu buscar,
No lar eterno quero, jubilando,
A tua santa face contemplar.


Enfim eles entram deixando Ahlam, corada mas os visitantes é que a deixaram à vontade, entre eles Padre Lenon e Jonas já a conhecia, tinha verdadeira admiração pelos dois, os demais tinha que ser legais, de confiança como eles, até a pequena Hana com poucos instantes que estivera em   sua companhia, percebeu o quanto ela era agradável, restava Dª Berenice e Mary, esposa de Jonas, essas Ahlam pressentia também serem  pessoas maravilhosas!

Entram todos no quarto, deparam com uma grande foto do cantor americano Elvis Presley na parede.

Ah! Elvis Presley!!!... Alguns leitores podem dizer assim, mas como comentei logo atrás, muitos até não conseguem simpatizar com este cantor, mas a música, a letra, a melodia!...

É um verdadeiro encontro com os céus!!!

Logo Ahlam ficou à vontade entre os visitantes que ela estava conhecendo. No bate papo tentava explicar em seu básico entendimento da língua dos brasileiros, quando começou seu encantamento com a música. Jonas num relato resumido começou explicando a complicada vida daquela jovem e o porque da sua permanência ali naquela instituição:

--- Quando eu cheguei aqui neste país, pensei que não conseguiria viver com tantos costumes tão diferentes do nosso Brasil, antes de entrar para ajudar Padre Lenon nesta instituição, apesar que meu emprego permitisse viver uma vida financeira folgada, eu planejava jogar tudo para o alto e voltar para meu país, estava ficando agoniado em ver tanta coisa que considerava absurdas, mas conheci Padre Lenon e me senti igual a ele, um amor tão grande por esta instituição, (Jonas teve que dar esta volta toda para começar falar de Ahlam) aí que conheci Ahlam, uma garotinha assustada, que Padre Lenon conseguiu salvar também, me parece que na época sua idade era 12 ou 13 anos, apenas uma garota que o pai queria que casasse forçada com um homem com idade de ser seu avô.

Padre Lenon como um herói a salva do interessado casamento, pois renderia ônus ao pai que como uma mercadoria a filha lhe possibilitaria uma ampla melhora em sua situação financeira. Graças à intermediação deste valoroso sacerdote, consegue livrá-la deste ato tão insensato, em contrapartida ganha mais uma moradora na instituição dos seres desamparados, porque o pai de Ahlam, expulsou-a de sua casa, já que ela não lhe renderia o desejado, para consumar o ato de vingança a amaldiçoou, pediu a um bruxo que fizesse com que nunca encontrasse o amor, que toda moça de sua idade anseia, Ahlam sentindo que a maldição a acompanharia, vivia sempre a lamentar.

Desprezada, humilhada, amaldiçoada, Ahlam mesma amparada pelo Padre Lenon, era envolvida em tristeza, a depressão só não lhe tomou conta porque Sarah, outra sofredora por ser mulher, e mulher naquele país sofre nas mãos de pessoas de mentes arraigadas no pensar ser mulher um ser inferior, então a ajudou-a, consolava-a dia e noite.

Aqueles amparos eram providenciais, mas não conseguia fazer com que a mocinha amaldiçoada, levasse uma vida normal. Um dia Sarah lhe disse:

--- Ahlam, não existe maldição que possa ser mais poderosa do que o poder de Jesus! Eu um dia fui salva de um apedrejamento, Padre Lenon e sua grande fé em nosso senhor, possibilitou que eu me livrasse de uma morte terrível, você ainda vai achar alguém digno de você, um verdadeiro príncipe, (Jonas é que está transmitindo sobre a vida de Ahlam, ele sabia de toda a história e vai continuando com toda a afirmação dela ) e você vai conseguir como eu consegui alguém que me faz imensamente feliz, dizendo isto Sarah deu de presente à Ahlam, um CD com aquela música maravilhosa e dizendo: fique com a música incrível com o cantor também incrível, porque eu já tenho o meu príncipe! E  toda vez que Ahlam sente algo extraordinário, ela sente satisfação em escutar aquela música. Este algo extraordinário foi o conhecer Mary, a cinderela que conseguiu o príncipe, porque acredita naquele ser tão grandioso.

 

QUERIDOS LEITORES ATÉ O CAPÍTULO XXI no dia (13/06/11)

 

  

 

 

 

 

 

 

 

Amor sem fim

 

Capítulo XIX

 

Neste capítulo XIX, vai se desenrolar grande parte dentro daquela instituição, o abrigo das crianças, dos adolescentes, jovens e até de alguns adultos desamparados, esta instituição foi ampliada, adequada satisfatoriamente a todos eles que tanto precisavam de cuidados, orientações tão certas para conseguirem trilhar os caminhos desta vida. Tudo isto foi possível   graças ao incrível voluntário brasileiro, o Padre Lenon, como foi muito relatado nos capítulos anteriores.

Muitas instituições no mundo iguais à esta com o objetivo de amparar  se acabaram, o cuidar dos seres humanos torna-se uma tarefa árdua, às vezes, fadada em insucessos.

Nesta instituição à qual é referida, a situação era complicadíssima, ela naquele país de costumes arcaicos, onde o ser humano incompreendido pelo próprio ser humano, tentando subtrair o amor por deveres impostos erroneamente pelos livros sagrados dali, grupos radicais impondo suas regras que contradizem a um dos  mandamentos maior que é amar o semelhante. Estas regras provocam completamente o contrário, porque maltratam o ser humano a tal ponto que ele perdia a razão de viver, ao ser atingido por tantas setas que provocavam sofrimentos tão profundos.  

Jonas, outro brasileiro que ao sair do Brasil, aventurou naquele país tornou-se amigo inseparável de Padre Lenon, ajudou-o naquela missão de procurar ajudar aqueles que tanto precisam de auxílio. Jonas agora estava ali com sua família brasileira: sua esposa   Mary, sua sogra D.ª Berenice, e aquela que agora é sua filhinha, a pequena Hana.  (Perdoem-me por ser repetitivo, mas é apenas uma breve explicação aos que não puderam ainda ler os primeiros capítulos)

E este magnífico abrigo que o Padre Lenon tanto empenhou e conseguiu fazer o essencial,  as pessoas que se refugiavam ali, tinham uma nova razão de viver! Mas, até quando?

Continuando a conversa de Jonas com o Padre Lenon, no final do capítulo XVIII, Jonas expõe ao padre na presença de seus familiares , seus planos feitos antes deles viajarem do Brasil até aquele país:

--- Padre Lenon, dentro de alguns dias minha família retornará ao Brasil, eu ainda ficarei aqui por uns tempos, não o abandonarei, lutaremos juntos, haverá algum meio de revertermos a situação, a minha permanência aqui é porque também tenho a minha obrigação em cumprir o acordo que fiz com os familiares de Sarah, (esposa de Jonas que faleceu) eles me deram emprego em suas empresas, cumpriram o que tinham decidido, me pagaram minhas dívidas do contrário estaria arruinado, apesar das desavenças que tiveram com Sarah, reconheceram seus erros e reconciliaram com ela apesar de ser os últimos dias delas neste mundo.

Mary interrompe e fala:

--- Perdoem-me interromper, mas sendo esposa de Jonas, me sinto no direito em dar minha opinião, já estava a par de que meu marido permaneceria aqui por alguns tempos, por vários motivos, confesso que por causa destas circunstâncias me sinto apreensiva! Confio nele e sei que ele está fazendo o melhor, não nos está abandonando, está se empenhando em ajudar o Sr. Padre Lenon, a amparar estas pessoas que tanto precisam de carinho e compreensão!

--- Agradeço, filha, és tudo que Jonas me falou, vocês são criaturas abençoadas, sei toda suas histórias e sei o quanto Jonas agradece pela família que tem (Padre Lenon, fala sorrindo, dirigindo o olhar na direção de D.ª Berenice e Hana) portanto procurem conhecer a nossa casa neste período em que permanecerem aqui, eu e Jonas seremos seus guias, pois somos os únicos que falam corretamente o português aqui, se quiserem podem deixar a garotinha Hana com a Ahlam, esta moça adquiriu de Sarah, todo o amor e carinho necessário para cuidar de crianças, podem confiar nela, (Jonas concorda ele a conhecia muito. Nestas alturas, Hana havia muito entrosado com as crianças também.)

A primeira pessoa que visitam é Afifah, uma velhinha de seus oitenta e poucos anos, era cega, mas possuía uma percepção incrível em conhecer instintivamente as pessoas, na sua lucidez deslumbrante, lhe foram apresentadas: D.ª Berenice e Mary,  a esposa atual de Jonas.

Na tradução da conversa, ela pergunta a Jonas se pode falar à Mary sobre Sarah sua falecida esposa.

--- Pode, eu também consegui conhecê-la através dos relatos de Jonas! (fala Mary com toda sua habitual gentileza e compreensão!)

--- Minha, filha, Jonas só arranja anjos na vida dele, como você! Eu aprendi a sobreviver graças à Sarah, aquele anjo de bondade que agora desfruta a felicidade do paraíso, eu era mergulhada na tristeza (Jonas ia traduzindo palavra por palavra) menina ainda fui obrigada pelo meu pai a casar, achava meu marido horroroso, mas poderia ir tudo bem se ele fosse generoso, era o contrário, me espancava, torturava. Consegui fugir e abandoná-lo, sabe o que me aconteceu? Fui presa, condenada, vários anos sofrendo horrores na prisão, numa das torturas perdi a visão!... (nesta revelação, quer dizer tradução, Mary segura carinhosamente nas suas mãos, fazendo com   que Afifah, na sua magnífica percepção percebesse que Mary dissesse: por favor não sofra mais, existem pessoas que amam você!)

Continuando a velhinha: é assim mesmo que a Sarah fazia, me segurava nas mãos e me dizia palavras doces meigas, como seus pensamentos agora, meu Deus! Em volta de algumas pessoas é impossível ser infeliz!...

Depois de saírem dali, Padre Lenon falou:

---Tem outra pessoa que devem conhecer, talvez ele consiga resolver algumas dúvidas de vocês, inclusive dúvidas minhas também, ele é o Hakim.

Jonas antecede e explica aos visitantes que Hakim é outro idoso residente ali e com alguns supostos poderes paranormais, alem disto é um homem instruído de muita cultura.

Pronto já estavam Padre Lenon, Jonas, Mary e D.ª Berenice, todos eles na frente do velho Hakim, homem com seus mais de oitenta anos nas costas, com sua longa barba, bem moreno, pele bem enrugada, mas não desmanchava a tua simpatia, sua expressão inspirava confiança. Nas apresentações ele declarava de que via muito amor e paz nos visitantes, antecipando na sua revelação, declarou ao Padre Lenon de que qualquer dúvida da parte dele poderia ser dissipada, porque aquelas pessoas que ele estava conhecendo poderia com toda a certeza confiar nelas como ele confiava em Jonas.

Padre Lenon fala sorrindo:

--- Eles estão preocupados com o nº 7, o que você pode falar sobre isto?

Este número é muito importante mesmo para eles, número muito envolvente, basta saber que no começo da própria criação ele já estava presente, pelo Criador de todas as coisas,vejamos outra coisa relacionada a ele:  a importância em perdoar, setenta vezes sete e assim vai indo inúmeras citações... o ser humano possui sete inteligências segundo, Howard Gardner são elas: verbal, matemática, espacial, musical, corporal, intrapessoal e interpessoal.uma destas inteligências o ser humano pode usá-la no caso de muito apuro, isto é a inteligência que ele mais predomina! Eu só quero lhes dizer que o número sete tem muito a ver com todos vocês!... (Jonas faz a tradução detalhes por detalhes.)

Mary  pergunta:

--- O que ele quis dizer com tudo isso?

--- Sabe que eu não sei? Responde meio confuso Jonas.

Só sei que Hakim é meio misterioso, deve ser um paranormal mesmo!

--- Só queria saber que convivo com Hakim, por muitos e muitos anos e só agora que ouço de sua boca sobre estas sete inteligências!... fala meio curioso Padre Lenon.

Depois aparece  Ahlam trazendo a Hana, e entrega a menina a eles e vai embora, um pouco sem jeito, esta jovem era meio tímida, mas pelos modos de Hana toda confiante, significou que se deram muito bem, por sinal Ahlam tinha um pouco entendimento na língua portuguesa. Jonas fala a Padre Lenon:

--- Vamos levar nossas visitantes para conhecer Ahlam,  hoje ainda dá para eles conhecerem mais uma pessoa, e eles se aproximam ao local em que a jovem fica.

Ao aproximarem do quarto dela, escutam uma lindíssima música americana...

Tão linda e popular, interpretada naquele CD por um dos cantores falecido mais querido por todo o mundo, pelo menos se ele não for de agrado de alguns, ah, mas aquela música! Impossível não se comover, tal é sua magnitude!

E tem mais e porque Ahlam a estava escutando, porque esta moça era envolvida tanto com esta canção e com o falecido artista?!...

 

NO CAPÍTULO XX, QUERIDOS LEITORES!...

 

 

 

 

 

 

 

 

Amor sem fim

 

Capítulo XVIII

 

Os 4 fora do taxi, seus corpos estavam doendo por falta da comodidade do percurso, as ruas quase todas esburacadas, muito mal cuidadas, a maioria dos carros que transitavam eram de aparência antiga, salvo alguns bem chiques, dava para notar de cara, naquele país haviam habitantes muito pobres, mas notava-se aqueles muito ricos também. Os homens pareciam andar mais à vontade, mas dificilmente podia-se notar em seus rostos sinais de serem amigos, todos sérios, as mulheres andavam todas vestidas da cabeça aos pés, mais submissas apesar de muitas não poderem ver os rostos, outras com roupas normais mas com o véu, mesmo as meninas, até as casas tinham ar sombrios, as visitantes não escondiam seus ares de espantos. Jonas quebra o silêncio e fala em tom jocoso:

--- Vocês estão acostumadas lá no Brasil que tudo é festa! Mas tenham calma, aqui  logo se acostumam.

--- Nossa! Jonas, as pessoas aqui nos olham como se fôssemos do outro mundo!...

Mas porque o motorista era diferente, tão alegre, liberal e ao mesmo tempo gentil? Indaga D.ª Berenice.

--- É por isso que peguei todos os dados dele, podemos precisar de seus trabalhos, as pessoas aqui quando se abrem se expõem, mostram todo o seu interior, é uma maneira deles mostrar suas honestidades, aquele taxista demonstrou isto.

Agora  tenho a satisfação de mostrar a vocês o abrigo das crianças desamparadas, que meu amigo Padre Lemos dirige com tanto amor dedicação e inteligência. (Jonas mostra à elas o local bem amplo e cercado por muros altos, com aparência de um grande sítio por causa de muitos arvoredos.) mas antes de entrarmos tenho de prepará-las, não fiquem abismadas com as pessoas que residem aqui, a grande maioria de jovens crianças e adolescentes, alguns deles ainda não conseguem esconder os traumas provocados pela maldade.

Jonas preparou as pessoas que eram especiais para ele, no local havia muito sofrimento, mas podia mostrar belezas incríveis, que só aquele sentimento magistral, mais rico que todos os ouros da terra, mais luminoso do que o maior sol, (não é nem simbolismo minha gente, é a pura verdade!) sentimento este que se chama amor!  

O grande portão se abre, Eles entraram, viram aquele mundo corretamente tão descrito pelo Jonas, crianças aparentemente normais, crianças que se notava alguma irregularidade, outras com deficiências visíveis: cegas, mudas, sem alguns membros, crianças tristes, crianças alegres. Estes mesmos detalhes se notavam nos adolescentes, nos jovens e até em raros adultos que aproveitaram aquele local para não morrerem na completa solidão e completamente na tristeza, por causa dos costumes desumanos ditados por alguns grupos bem radicais, (fanatismo extremo, ignorância mesmo!)

Jonas vai explicando:

--- É triste pensar que quase todos estes infelizes casos, não foram naturais e sim provocados pelos próprios humanos!

Na medida em que os quatro andavam, alguns aproximavam de Jonas contando as novidades que aconteceram na sua ausência, muitas boas outras ruins, as boas e muito gratificante para ele eram algumas contratações de alguns dos atletas que ele orientava, tinham sido contratados por alguns times estrangeiros, as notícias ruins na medida do possível vão sendo relatadas no decorrer desta história.

Depois de muitas conversas, Jonas é informado de que Padre Lenon estava no grande salão da biblioteca. Eles se encaminham para o local, mais do que nunca a apresentação deste incrível Padre seria de suma importância.   

Ao entrarem no amplo salão, começaram ouvir uma música, Jonas pede para que fiquem em silêncio e mostra o Padre Lenon, sozinho sentado bem no fim da daquela sala, cheia de livros. Jonas fala quase em sussurros:

--- Ouçam a música, um CD que dei de presente para meu amigo, Padre Lenon, música belíssima, neste CD interpretada pelo Padre brasileiro: José Maria.

(Eis a música que os 4 param para escutá-la, é como eu procurei esclarecer logo atrás neste romance, elas os leitores poderão escutar mentalmente, magnífica, divinas algumas músicas ao acompanharmos a letra e conseguir escutar a melodia, e ali como se estivéssemos também junto com os personagens, sensação de estar entre o Céu e a Terra, talvez até sentir uma magnífica Paz, presença de seres celestiais, um misto de muita emoção e alegria!)

 

Senhor eu sei que tu me sondas

 

Senhor eu sei que Tú me sondas

Sei também que me conheces

Se me assento ou me levanto,

Conheces meus pensamentos

Quer deitado ou quer andando,

Sabes todos os meu passos

E antes que haja em mim palavras

Sei que em tudo me conheces
Senhor eu sei que Tu me Sondas
4 x

Deus, Tu me cercaste em volta

Tuas mãos em mim repousam

Tal ciência é grandiosa

Não alcanço de tão alta

Como  se quisesse ir relatando a beleza do momento, onde Padre Lenon, com seu semblante extasiado, era grande sua confiança em teu mestre,  Jonas, diz:

--- Ele é um homem de muita fé!

--- Mas claro, já viu um Padre com pouca fé? Mary fala sorrindo bem baixinho.

--- Existe sim, alguns padres, pastores com falhas na fé, mas sempre existem pessoas como o Padre Lenon, que fazem a diferença!...

Sei que meu amigo está com sérios problemas, estou com pressentimentos nada bons.

E a música vai terminando, não sei se consegui passar para os leitores a beleza do momento, principalmente aqueles que conhecem a letra e a melodia.

Se não consegui, ah! É porque não soube transmitir, mas valeu a tentativa! (palavra do autor)

Talvez seja possível transmitir estes momentos surreais, na mão de um excelente diretor nas telenovelas.

Minha amiga, Ana da Cruz, gentilmente me chama: o novelista!...

 

Voltando aos nossos personagens, no finzinho da música, Jonas se levanta e se encaminha até o Padre Lenon que estava de costas, interpretativo com a música pela distância não percebeu os outros ouvintes, a poucos passos Jonas começa a acompanhar a canção: Senhor eu sei que Tú me sondas... Padre Lenon, vira e vê o amigo, como se fosse programado, porque a música termina. Os dois amigos se abraçam emocionados,emocionadas também D.ª Berenice e Mary.

Depois as apresentações, as acomodações, Padre Lenon sabia do casamento de Jonas, foi comunicado uns dias antes, conhecia também toda história do amigo até antes do casamento com a Sarah, agora estava conhecendo pessoalmente aquelas pessoas, Jonas lhe relatou do Brasil por telefone o quanto estava novamente feliz.

Quanto à sogra D.ª Berenice e a esposa Mary, elas comprovaram a grande amizade de Jonas com o Padre Lenon, e o quanto este religioso era importante a todos ali, era mesmo um ser humano carismático.

Após o descanso no outro dia, Jonas vai direto ao assunto, faz a pergunta ao amigo:

--- Padre Lenon, algo grave está acontecendo, não está?

--- Sim, meu filho, as coisas neste país estão se complicando, os grupos mais radicais, estão fazendo pressão no governo, para que todas as instituições do país tenham por direção membro profundamente adequado à religião predominante daqui, têm  por objetivo minar o cristianismo a definição mais certa. Objetivos que não querem abrir mão são as execuções, elas tem que continuar acirradas, uma simples declaração de ser desta ou de qualquer outra religião, pode significar até ser punido de morte!

Jonas, meu amigo fiel, minha felicidade foi imensa em vê-lo aqui, sua presença aqui para mim é inestimável, agradeço a Deus pela família maravilhosa que você tem, por isto mesmo queria que voltasse para o Brasil e viver lá!

--- Padre, o que está me pedindo? Eu pretendia voltar a viver no Brasil, mas não agora, ainda tenho muita coisa para fazer aqui, por enquanto o Sr. sabe quantos projetos a serem feitos aqui!

--- Sim, Jonas, sei disto tão bem quanto você, quantas vidas foram refeitas nesta nossa instituição, quantos jovens, crianças, adolescentes e adultos voltaram a viver!...

 

AMIGOS, ATÉ O CAPÍTULO XIX

 

 

 

 

 

Amor sem fim

Capítulo XVII

 

De um modo geral uma viagem com pessoas queridas é muito salutar, a vida parece que se renova, mesmo em lugares estranhos.

Amigos, se aproxima os capítulos finais, alguma músicas começaram a fazer parte, mesmo que não possam ouvi-las, mas conhecendo-as poderão ouvi-las mentalmente!

 

No avião os 4 seguiram viagem ao país que Jonas teve um período de sua interessante história. D.ª Berenice e Hana, lado a lado, naturalmente que Jonas e Mary iam sentados juntos nesta viagem.

Mary estava felicíssima, pergunta novamente interessada, mais detalhes da história de Jonas, agora sendo a esposa fiel, mais do que ninguém deveria saber se possível, detalhes por detalhes e é nesta sua curiosidade autêntica, que pergunta:

--- Querido, sei que houve um período bem tenso entre você e Sarah, antes de serem Marido e mulher, ela não percebia a sua honestidade e disponibilidade de querer ser um companheiro fiel, talvez nem como companheiros, mas uma amizade linda de uma reciprocidade verdadeira, que o ser humano deve ter, depois se amaram verdadeiramente, não penses que não tenho ciúmes, te fazendo relembrar e relatar estas coisas, mas este ciúme não é doentio, chega ser até saudável, pois existe muita compreensão de minha parte. Mas qual o período emocionante que pode aquietar Sarah, principalmente nos momentos de muita tristeza?

--- Bem, já que és curiosa! (Jonas resolve relatar)

Eu e Sarah, já tínhamos começado o namoro, só que Ela não conseguia em alguns momentos esquecer os traumas passados, a maldade de algumas pessoas ainda a espezinhavam na sua mente.

Vou te contar uma passagem por demais singela, muito bela apesar de sua simplicidade foi muito bela e edificante, pois se relaciona-se com a música, (Jonas, continua sua narrativa, esta passagem Mary ainda não tinha ouvido ele contar) eu  tenho uma queda por música, não sou cantor, mas modéstia à parte minha voz não é feia, recebi vários elogios, não me sinto o maioral sei que não sou cantor, aproveitei a

ocasião em que deparei com Sarah sentada no jardim da fundação, completamente arrasada, chorava compulsivamente, na minha mente estavam as palavras de Padre Lenon: ---  Portanto, Jonas, as seqüelas estão entranhadas no corpo desta jovem, é compreensível que ela te vê até mesmo como um possível monstro, e é você que tem que provar o contrário, porque terão que conviver daqui para frente neste nosso trabalho.

Eu algumas vezes a tranqüilizava, naquele instante ao vê-la naquele estado não sabia como, e uma música que em criança gostava de ouvir, bem simples mas que ficava vislumbrado, eu falei à Sarah naquele seu momento de muita tristeza, que ia cantar para ela assim:

 

Sertaneja se eu pudesse,

Se o papai do céu me desse

Um espaço pra voar,

Correria o diadema no meio deste poema,

Só pra não te ver chorar! (talvez alguns erros meu, mas naqueles instantes esta simples canção brasileira, cantada por aquele namorado que ela começava a achar encantador pelos teus gestos maravilhosos e a melodia encantadora, faz com que Sarah se vislumbre com as maravilhas do poder de simples gestos como aquela música!... )

 

Ao terminar, Sarah, começa a sorrir e diz:

--- Jonas, linda música, mas eu não sou sertaneja!

(Jonas termina assim de contar mais umas de suas passagens à sua linda mulher, Mary)

 

Depois!... o avião chega naquele país, os passageiros descem, o país completamente estranho, D.ª Berenice, Mary, estavam admiradas com os modos diferentes naquele país estranho, Hana, a menininha estava apenas curiosa, um leve espanto de ver tudo tão diferente do que estava acostumada a ver no seu querido Brasil, mas ao mesmo tempo segura, a confiança nas pessoas mais queridas de sua vida, suas mãozinhas coladas naquele que ela chamava tão amorosamente: papai Jonas.

Logo, Jonas providencia um taxi para levá-los diretamente à instituição das crianças desamparadas, o local em que ele se dedicava com muito amor, ajudando seu grande amigo fiel, o Padre Lenon.

O taxista muito amável, conversador não era moço mas também não era velho, 40 e poucos anos, aparentava um pouquinho mais por causa de ser bem barbudo, aliás todos homens dali possuiam barba cerrada. Jonas sentou no banco da frente do taxi e os outros sentaram atrás, ao ir conversando o motorista declarou serem brasileiros, o taxista espantou com o sotaque quase perfeito dele, ia conversando e Jonas traduzia às passageiras. O motorista foi falando sem parar:

--- Brasil, Que terra maravilhosa!

--- Conheces o nosso país, já esteve lá?

--- Não, mas basta ver as propagandas nos noticiários, meu rapaz! Hoje em dia os meios de comunicação se aproxima o mundo inteiro, quem não conhece o futebol magistral brasileiro? Falcão, o rei de Roma, Careca, os Ronaldos, não vou nem enumerar mais outros geniais brasileiros, mas não posso esquecer de um, o mais querido em todo o mundo, o Pelé!

E as praias, rapaz! Não preciso nem falar mais, mulheres e mais mulheres de muitas cores! Muito belas, muito belas!!!

--- É, você conhece mesmo, (e Jonas vai fazendo as traduções às espantadas passageiras com do extrovertido motorista)

--- Meu, amigo, e o carnaval brasileiro, que mulheres!... Nossa são demais!!! Dizendo isto o motorista para um pouco e pergunta a Jonas, indicando disfarçadamente atrás:

--- Elas não entendem a minha língua não é?...

--- Não, elas não estão entendendo nada! Mas Jonas aproveita e faz a tradução detalhada da admiração do motorista do carnaval e da admiração dele  às mulheres brasileiras, D.ª Berenice e Mary dão uma gostosa gargalhada, Hana começa a rir também sem saber porque. O motorista olha desconcertado para Jonas e diz:

--- Rapaz, você acabou de revelar para elas, o que eu disse! Puxa a vida hem!... vocês brasileiros não tem jeito não! São a descontração em pessoa!

Mas para elas não fazerem mal juízo de mim, diz que sou casado, com uma mulher só, tenho filhos, uma garotinha linda mais ou menos da idade desta aí. Amo minha família muito!... Jonas faz a tradução todinha.

Até que enfim eles chegam no local, descem do carro, Jonas pede os dados do motorista, dizendo que precisava de ter à disposição taxista bondoso, de confiança igual a ele, ao despedir dos outros passageiros, D.ª Berenice pede a Jonas lhe fazer a tradução do que ela queria transmitir ao motorista: que um dia quando ele fosse visitar o Brasil, levasse a esposa e filhos, qualquer época que quisesse, mesmo no carnaval, ficaríamos honrados em hospedá-los!...

O taxista, responde agradecendo, com sorriso meio sem jeito, se despede e vai embora.

 

ENTÃO, MEUS AMIGOS LEITORES, QUERIA CONSIGUIR PASSAR A VOCÊS A EMOÇÃO QUE SINTO AO ESCREVER ESTE ROMANCE E PRINCIPALMENTE AS CONCLUSÕES FINAIS QUE SE APROXIMAM.

ATÉ OS PRÓXIMOS!...

 

 

 

Amor sem fim

 

 CAPÍTULO XVI

 

Cara, porque o número 7, porque tanta ênfase neste simples número?

Ah! já sei, tu és místico, ou simplesmente um autêntico supersticioso!...

Vai me dizer que acompanhamos esta história e depois o tradicional final?!...

Quero dizer que no final, todos vão para o céu felizes eternamente!

(Se alguém tem estas idéias de meu romance, eu até concordo,

Pra isto existem os críticos opiniões diferentes, etc. etc... não tenho

Nada com o número sete, nada mesmo, só que eu nasci num dia 27,

Minha esposa num dia 17 e dos meus 5 filhos 3 deles nasceram no dia 17,

um de meus melhores amigos diz que o número de sorte dele é o n.º 7,

Rs...rs...rs... brincadeiras à parte, vamos falar sobre o final!

não vai ser aquele tradicional final, Iguais às muitas novelas e tais.

Vai ter muito sobre o sobrenatural. Ah! mas o sobrenatural é interessante,

pode ser até muito emocionante, mesmo para os incrédulos...)

 

seguindo o que estava no capítulo XV

 

Agora as dificuldades na vida de Jonas e Mary estavam resolvendo, depois do sufoco de ida e vinda nos locais para resolver o que mais almejavam, o casamento no religioso, agora seria bem mais fácil, a documentação necessária que o Padre precisava comprovar. Para entendermos melhor a necessidade dos dois, basta relembrarmos as passado deles: Jonas amava Mary intensamente, se acontecesse novamente a separação, seria como se fosse uma punhalada quase mortífera, a dor seria interminável, na sua mente a todo instante lhe soava:

--- Eu não conseguiria viver sem ela, o mundo para mim seria um vácuo, onde só as tristezas me martirizaria por completo!

Quanto à Mary não seria diferente, o seu pensar também a todo instante:

--- Meu Deus, eu o amo intensamente, se o perder novamente!... Não, meu amado Jesus, não permita!

E não é só isto, Jonas já era querido por aquela família: D.ª Berenice, a sua quase sogra, agora o adorava, aquele ódio insensível que sentia por ele agora é passado, seu corpo se arrepiava só de lembrar, (no primeiro capítulo está detalhado o porque deste ódio que ela tanto teve no passado daquele que pensava ser indigno de sua filha, Mary.) Hana, a garotinha filha de Mary, a criança que estava se consumindo em tristezas, por causa da insanidade de seu pai, Richard, já falecido, parecia impossível a volta da normalidade na mente deste frágil ser, depois a recuperação espantosa, a garotinha começava a sorrir, ver os momentos belos que podem existir a cada momento neste incrível viver, estes momentos belos lhe foi mostrados, pela grande demonstração de amor, que Jonas nos primeiros momentos de convivência demonstrou à pequena Hana. O amor estava sendo como um sol resplandecente àquelas pessoas: Jonas, Mary, D.ª Berenice e Hana.

Voltando ao passado, Sarah, a esposa falecida de Jonas, foram outras etapas na sua vida, maravilhas intensas, ele a amava muito, nos seus breves períodos de vida lhe ajudou a viver intensamente ao ajudar tantos. Mas agora os momentos de vida de Jonas são outros, o amor está contínuo em tua vida.

No quarto dia prometido ao Padre Elias, as documentações tanto de Jonas quanto de Mary, foram entregues impecáveis. O Padre lhes fala:

É, vocês cumpriram as suas partes agora vou cumprir a minha, daqui a 7 dias farei o casamento de vocês. 

Mas o Padre Elias fez o que achava mais do que essencial, conversou com o casal de namorados, cada um separado, uma espécie de confissão e ao mesmo tempo um conhecimento melhor das personalidades deles. Primeiro conversou com Mary, depois com Jonas, na sua experiência o religioso era um ótimo analista, o engano seria possível mas dificilmente ele enganaria, é lógico que naquele curto espaço de tempo toda história foi contada resumidamente, mas bastou para que o Padre entendesse o valor daquelas pessoas, suspirou aliviado, agora sabia que estaria oficializando um casamento e apostava dar certo, porque estava fundamentado naquilo mais importante em toda natureza humana, o amor, o sentimento que sempre inebriará os caminhos, por mais espinhos que machuquem, por mais obscuro seja cada curva da estrada, o amor será o remédio, o amor será a luz, a certeza de ser feliz.

Este Padre monologava em pensamento:

--- E eu que achava de estar fazendo um tremendo erro,  casando estes dois, pensando ser duas pessoas bem atrapalhadas mentalmente, agora fico feliz em saber que unindo-os através do matrimônio, estou unindo duas criaturas maravilhosas, impregnadas no amor, não só restringindo-se só aos dois, mas sim, eles transpiram o verdadeiro amor por onde passam, suas convivências com os semelhantes através deste inefável sentimento,  só pode resultar um espalhar de bondade e muita paz!

E Padre Elias, continuando em suas divagações: -- quando comentei com o Sr. bispo este casamento que estava prestes a fazer, ele me fala:

--- Elias, com estes teu jeitos polêmicos ainda poderão te prejudicar muito! Como sacerdote você deveria investigar mais estas pessoas!...

Nossa! Depois que tive aquela conversa com sua Excelência, fiquei pesaroso os pensamentos voavam em minha cabeça, eles não devem regular mesmo onde já se viu vislumbrarem com o número sete! Mas se eles me trazerem as documentações exigidas, tenho que fazer o que prometi, portanto tenho de conferir os horários disponíveis para  que se possa realizar a cerimônia, depois de muito conferir o único horário disponível eram exatamente às 7 horas! Pensei: coincidência, coincidência!!!

Chegou o dia esperado, o casamento foi realizado em cerimônia mais simples que o Padre Elias tinha realizado em sua igreja e o mais belo porque ele punha fé naqueles dois, na suas palavras proféticas no término da cerimônia:

---   E que vocês façam com que seja o AMOR   SEM FIM e todos que conviverem com vocês também!

Jonas e Mary, agora marido e mulher! O casamento no civil agora pode demorar, mas o sonho se realizou, eles já se conheciam mutuamente mas só agora seria como marido e mulher, incrível muitos até os incluem na lista dos puritanos, porque o amor é livre, agora tudo é modernidade, os bons costumes já são ultrapassados, entretanto eles esperaram, a união dos corpos aconteceu. Naquela noite cada cônjuge sentiu-se no céu.

No outro dia na mesa do café da manhã, Jonas declarou aos presentes: sua mulher, Mary, D.ª Berenice, que ele iria começar a preparar sua viajem ao exterior, naquele país no qual tinha seus negócios e que pretendia, transferir para o Brasil, sua verdadeira terra para viver com sua família em definitivo aqui, enquanto isto levaria Mary e Hana, para retornarem dentro de alguns dias.

Depois desta declaração, D.ª Berenice se calou, passou alguns momentos levantou voltando para a cozinha, Jonas pergunta à Mary:

--- O que aconteceu com tua mãe, Esta nossa viajem a desagradou? Afinal somos marido e mulher, Hana agora é minha filha também!

--- Jonas, tente entender minha mãe, ela não se aborreceu assim do nada, simplesmente ficou abalada, triste, não pode esconder a tristeza, porque ela ficará sozinha, somente isto!

--- Eu conserto isto, pode deixar, Jonas fala e se levanta, Mary não compreende e pergunta:

--- Querido, o que você vai fazer?

--- Pode deixar, minha adorada esposa, o que vou fazer vai te deixar imensamente feliz!

Jonas caminha até a cozinha e coloca a mão no ombro de D.ª Berenice, ela se volta e ele vê seus olhos bem úmidos, até que tentou segurar, quis esconder suas lágrimas mas não houve jeito. Ele apenas fala:

--- Eu esqueci de falar que queria, queria não, quero e exijo que a senhora viaje conosco!

--- Mas, Jonas! As passagens para o exterior, ficam caras!

--- Por acaso é a sra. que vai pagar? Eu estou convidando é natural que assumo todas as despesas, não sou rico, mas também não sou um pé rapado não! Os dois sorriem e se abraçam, neste instante entra Mary e Hana, participam também da festa!

 

A viajem... depois muitas novidades tristes, alegres emocionantes, de uma certa forma gratificante em saber...

Mas, vamos deixar para o capítulo XVII – Até lá meus queridos amigos!

 

 

 

 

                   Amor sem fim

 

 

                         Capítulo XV

 

 

Leis, regulamentos, nossa vida são cheios deles, não resta dúvida, são válidos o ser humano precisa disto, mas nós estes misteriosos seres, tudo o que se refere a nós, pode ser relativo, em algumas ocasiões, em alguns casos as coisas podem serem mudadas, em tudo, até no que se referem às religiões.

 

E eles saem, na busca de um padre para fazer o casamento, um casamento em si, poderia ser até muito fácil, se fosse tudo como manda o figurino, dentro da normalidade, até que seria super fácil, mas um casamento relâmpago, nem poderia ser pra hoje, teria que ser pra ontem!... este casal de namorados, Jonas e Mary, naquela cidade grande brasileira, cheias de padres e paróquias independentes, eles irão vasculhar, porque não conseguir!

A primeira igreja que eles tinham em mente era a da igreja Nossa Senhora da Piedade, foram, tentaram explicar para o padre o problema, aliás a necessidade deles casarem e o mais depressa possível, o religioso não entendeu a situação a resposta foi um evasivo não!!!... A igreja era de Nossa Senhora da Piedade, mas o Padre não teve piedade.

Mais alguns quilômetros, a resposta era a mesma, casamento religioso é um sacramento sério, não uma simples brincadeira de criança.

Mas não se trata de brincadeira, justamente o contrário, queremos nos unir perante Deus, isto é um procedimento bem sério, eles tentavam parlamentar com os religiosos relutantes.

A terceira, a quarta, quinta tentativa e nada, a resposta eram quase como se fossem programadas, os regulamentos religiosos não permitiam realizar este tipo de casamento, esta maneira que queriam, não poderia ser realizada. Se quiserem mesmo casar, que esperem o tempo sugerido, documentos atestando religiosidade, cursos de noivos, etc. etc...

O mundo para eles parecia estar vindo à baixo, caminharam pelas ruas em silêncio, estavam tensos, talvez até alguma discussão, poderia surgir por causa da situação. Não que qualquer um deles tivessem culpa, mas aquele casamento viria a calhar, porque seguiria juntos na viajem inadiável de Jonas, parece simples para os de fora, mas se eles não se unissem em matrimônio neste período, muita coisa poderia vir por água à baixo.

Jonas rompe o silêncio e fala:

--- Mary, e se fôssemos numa outra cidade vizinha qualquer.

--- Podemos ir! Mary fala com um leve ar de desesperança. (alguma coisa parecia querer atrapalhar aquele amor tão latente? Poderia manchar algo magnificente que realmente existia naquele casal?)

Num instante somente já estavam na cidade próxima, é a facilidade deste nosso século, os quilômetros são vencidos facilmente pelos carros velozes!

Mas em plena modernidade destes tempos, o esperado casamento realizaria com velocidade também?...

Aquela cidade diferente, cidade um pouco menor do que a deles, mas cheia de alternativas, quem sabe os regulamentos religiosos dela seriam diferentes.

Tanto Jonas e Mary eram católicos, suas mães incutiram-lhes a necessidade de aceitarem os ensinamentos e regulamentos do catolicismo. Portanto se aquele casamento não realizasse no tempo favorável para eles, seria o caos!...

Uma igreja foi-lhes indicada, seguiram para lá. Ali conversaram com a secretária, ela foi bastante evasiva: nem adiantaria tentarem falar com o pároco dali, que estava ausente, ele jamais permitiria que se fizesse a cerimônia nestas condições.

O desânimo toma conta dos dois, Mary, desabafa:

--- Eu sabia que não daria certo!

--- Até parece que você já está desistindo, desde o começo estou notando o seu pouco entusiasmo! Jonas fala um pouco enérgico.

--- Pouco entusiasmo meu?

Ah! Jonas, estás descarregando o seu desapontamento em mim?!...

--- Desculpe, está bem? Jonas tenta contornar.

Até que alguém indica outra igreja numa paróquia distante. Mary lembra de um detalhe e diz:

Vamos, Jonas, esta será a sétima tentativa, talvez...

Ah! Não, Mary, só por causa do número 7?

Foram na tal igreja, de imediato observam um senhor saindo completamente encolerizado, dizendo:

--- Padre sem educação! Nunca mais ponho os meus pés aqui!!!

Um ajudante do Padre, (sacristão) diz aos namorados:

--- E o Padre Elias é assim mesmo, o que ele acha ser errado, fala na cara, não deixa pra depois!...

Jonas, pensativo diz à Mary:

--- E agora?

--- Calma, Jonas, acho que vamos nos dar muito bem com ele, veja como é alto, bonito!

--- Você está brincando, a coisa está mais difícil do que está pensando.

Meio sem perspectivas eles encaminham igreja a dentro, e tentam conversar com Padre, Elias, Jonas tenta falar:

Nós queríamos... é interrompido pelo Padre, que diz:

--- Aqui não, na minha secretaria.

Conversam muito, no final Padre Elias dá a sua versão: --- o certo seria esperar um prazo maior, --- casamento não é assim, meus filhos!

Depois de muitos  prós e contras, o Padre fala o seguinte:

--- Está bem, eu quero dentro de três dias as documentações de vocês: comprovante de batismo, etc. depois de comprovado, em 7 dias eu posso fazer o casamento de vocês.

--- 7 dias?!... Jonas olha para Mary e eles repetem sem parar: ele disse sete!!!...

Jonas fala entusiasmado:

--- Está bem Padre, nós providenciaremos.

Na porta da igreja os dois rindo, felizes, falam sem parar: o número 7!!!

Padre Elias, ao observar a cena comenta com ele mesmo:

--- Meu Deus! Tenho a impressão que estou fazendo uma atrapalhada, agora que estou percebendo, esses dois parecem malucos!  

Eles saem numa felicidade louca, como as crianças que saem e ganham doces no dia de São Cosme e Damião. (pelo menos no interior no dia de São Cosme e Damião é o dia de distribuição de doces variados às crianças)

Mary, agora fala sem parar, põe para fora a sua natureza feminina:

--- Eu não te falei, Jonas, as pessoas certas, nos lugares certos, Padre Elias vai fazer o nosso casamento aqui, nesta igreja!

--- Até que enfim chegaram, estas foram as palavras de D.ª Berenice quando eles chegaram na sua casa.

--- Mãe, nós vamos nos casar logo!

--- Casar logo? Expliquem melhor!

--- É verdade, D.ª Berenice, casaremos na igreja tal... Padre... e assim foi explicando.

--- Mas como vocês me garantem que este casamento será realizado?

--- Porque ele falou o número sete, mãe, daqui 7 dias!

 

Meus amigos, continuem vendo, até o próximo capítulo... 

    AMOR SEM FIM 

 

          Capítulo XIV

 

Eu quis dizer, queridos amigos, que Jonas neste capítulo estaria no Brasil, sim pois ele terminou de contar a sua importante história dos 7 anos em que permaneceu naquele país (mais uma vez se esclarece, o nome deste local é preferível permanecer no anonimato, para evitar polêmicas pelos costumes tão diferentes dos países que, pelo menos tentam prevalecer a igualdade da mulher, ela este ser que ainda em muitos lugares sofre sérios preconceitos, unicamente por ter nascido mulher!)

Quem sabe um dia na edição do livro deste romance, aí não ficará tão truncada esta história na opinião de alguns leitores, por ser este romance sendo lançado agora, capítulo por capítulo.

Devo lembrar aqueles que começaram a ler este capítulo, de que no capítulo V é que Jonas inicia sua história contando às pessoas presentes: D. ª Berenice, Mary e Hana, a garotinha que por muito tempo convivia com a tristeza pelos cantos, de vez em quando chorava, a menina com apenas 6 anos carregava o peso do ódio que seu pai, o Richard, (falecido) nutria por todos, estava aniquilando, matando a linda garotinha aos poucos, este sentimento tinha o poder de ir sufocando-a, cada vez que no sua subconsciente lhe revelava estes horrores, talvez desde o ventre materno, conviver com as incontáveis cenas de violência, atos de maldades de seu pai, os psiquiatras, psicólogos eram unânimes: Hana era normal, mas para voltar a normalidade da vida daquela criança, precisaria que algo fizesse-a olhar a vida de outra forma, seria a fórmula que tiraria as seqüelas de todas aquelas coisas atemorizantes em seu viver.

A chegada de Jonas foi um novo sol irradiando seu horizonte, porque em poucas horas de convivência, ele pode lhe mostrar o outro lado, as outras coisas de que no viver pode oferecer, indicar ao ser humano o quanto ele deve e pode ser feliz, isto que ele lhe mostrou nada mais era do que uma intensa capacidade de amar!

Foi então num misto de radiante contentamento que a garotinha Hana se infiltrou no meio dos três, dizendo inocentemente:

--- Tio, Jonas, você vai morar com a gente, não vai?

--- Sim, minha querida, quase certeza que vou!

Esse quase! Um ser humano, tem sempre um quase!...

D.ª Berenice se levanta e fala:

--- Fiquem à vontade, vou fazer um café.

Na sala permaneciam os três, mas Hana, alheia a tudo, volta a brincar, Jonas e Mary se entreolham e têm a nítida certeza que aquele sentimento maravilhoso os envolvia com toda força total. E é Mary que fala de sua grande preocupação:

--- Jonas, tenho medo de não poder preencher este vazio que está em teu coração, Sarah foi muito forte em sua vida, apesar de voltar a dizer que se a conhecesse iria gostar muito dela, você conseguiu me transmitir o seu grande carisma.

Jonas rebate:

--- minha vida agora é outra, realmente aquele passado foi inebriante, agora a luz que me inebria é você, não tenho dúvida disto.

Interessante pois o mesmo sentimento que nutres em relação à ela, quando a descrevia, ela também dizia   que gostaria muito de ti, se tivesse o privilégio de ter te conhecido.

--- Jonas, acreditas no destino? Mary indaga e começa um assunto interessante.

--- Não acredito, nós sermos criaturas pré-determinadas? Não tem lógica!

--- Também penso que não acredito, mas porque acontece as coisas incríveis e, ás vezes, falamos: -- tinha de acontecer aquilo pra mudar minha vida! Determinada pessoa em certas ocasiões... porque tempos, espaços e lugares em nossa vida?...

Porque aquele homem, há 7 anos atrás nos disse existir algo muito forte em nós, ao mesmo tempo se houvesse uma separação, preconizou ser o número sete importantíssimo pra nós e exatamente 7 anos depois nos encontramos novamente para reatarmos o que havia começado, aquele homem um paranormal destinado em estar ali? Nestas premonições o nosso livre arbitre, provocando mudanças!...

--- Agora você realmente me embananou, Mary, com estes porquês, pessoas certas, em certos lugares!...

Quando Sarah ia ser apedrejada, Padre Lenon, aparece, ele a pessoa certa, mas estava predestinado de estar ali, ou esteve unicamente pelo seu livre arbitre? Estas e muitas outras coisas!...

Ah! mesmo assim não acredito em destino, acredito mais no meu livre pensar, livre desejar, porque neste momento estou te pedindo para você: aceita casar comigo?

---Aceito, será que dá pra ser agora? Rs...rss... 

Nestes instantes entra D.ª Berenice com a bandeja com o apetitoso café, tinha escutado desde o início, o pedido de Jonas e dá sua opinião, embora com certo gracejo:

--- Vocês estão loucos? Aqui não tem Padre Lenon que faz casamentos relâmpagos assim!

Não estou brincando, Jonas, desejo muito a união de vocês no religioso, união abençoada, mas como pretendem fazer?

--- D.ª Berenice, quero uma cerimônia mais rápida que for possível, sem alardes, só o oficiante e nós. Ainda tem mais, eu prometi aos meus sócios, o pai e irmãos de Sarah, que não demoraria mais do que duas semanas no Brasil. (Jonas expõe todo o seu modo de pensar, motivos e ansiedade para que o casamento seja relâmpago)

--- Eu também se for possível, agora neste momento, casaria! (Mary, desta vez fala com toda seriedade.)

Jonas tem uma idéia e a expõe:

--- Mary, vamos sair agora, procuraremos algum padre em qualquer igreja, pra fazer nosso casamento!

--- Então vamos, fala Mary, ansiosa.

--- Mas agora! Procurar padre pra fazer vocês casarem? Ah! minha nossa Senhora!!!

D.ª Berenice fala bastante espantada...

--- Vai dar tudo certo, minha sogra querida, adorada! (Jonas, tentando abrandar o ambiente.)

 

E não é que o casal de namorado, Jonas e Mary, saem mesmo à procura de um padre para fazer o casamento? Se fosse só isso não seria nada, mas fazer um casamento relâmpago?!... 

 

(não sei não, vai ser muito atropelo! Mas, nos próximos capítulos!!!)

AMOR SEM FIM 

 

     Capítulo XIII

 

Para entendermos o drama de Jonas, basta colocarmos no lugar dele,

suponhamos que estamos num país distante, depois dos atropelos

encontramos a pessoa ideal, com ela sentimos a felicidade novamente,

somos cúmplices, vivemos intensos idílios de amor, reciprocidade!...

Cada um descobre que o outro é intensamente bom e se completam,

num deles vem a doença, o sofrimento físico maltrata,

depois vem a realidade implacável, alguns meses apenas viria a morte!

 

(E ele continua contando para elas, aquelas que fariam parte de sua vida, a nova vida...)

 

--- No funeral de Sarah, no cemitério aquele ritual das últimas despedidas, eu não sabia mais o que me viria pela frente, sentia-me novamente abandonado, procurava não pensar, mas era dificílimo, aquele lugar fúnebre estava lotado, os parentes dela, os amigos, os curiosos e aqueles quem realmente fez parte importante num período de sua existência: as crianças e os jovens da instituição de Padre Lenon.

Naquela multidão havia uma pessoa que deveria aproveitar a ocasião, era o momento propício ele na sua eloqüência retórica, tinha de expor o essencial, aquele povo deveria saber de algumas verdades, era ele o Padre Lenon, que depois de ter passado sua emoção, havia se recomposto afinal sua experiência religiosa e bastante preparo nesta vida cheia de contrastes, estava bastante calejado com os revezes deste viver, então começa com seu sermão:

--- Prezados amigos, sim amigos, pois toda pessoa deveria angariar amizades.

É grande o meu sentimento por esta perda, Sarah, a minha amiga, colaboradora inseparável, partiu. Digo a vocês que todos nós iremos um dia também, mas antes de irmos devemos espalhar aquela essência maravilhosa, imprescindível maior, o amor! O nosso Salvador nos deixou palavras proféticas e verdadeiras: - sem o amor, nada terá valor, ainda que tenhas o dom das profecias, fazer outras coisas estupendas, se não amar, tudo será inútil perante o Altíssimo e nada acrescentará para fazer da vida um sentido verdadeiro.

Eu neste meu viver missionário, uma vez em colóquio com meu Senhor, só eu e ele, perguntei-lhe:

--- Senhor, o que eu posso fazer para ajudar as pessoas, para que elas tenham vida, esta vida que lhes foi dada seja plena e feliz?

--- Use e Espalhe aquilo que é e será o mais importante em toda a sua existência: a essência do amor!...

Na minha mente, palavras do meu Senhor...  

Compreendi bem mais a nossa necessidade de espalhar este sentimento tão maravilhoso, não posso procurar só o meu bem estar, se ao meu lado meu   irmão sofre, e eu permanecer indiferente.

Amigos! Sarah, esta pessoa maravilhosa que deixou esta vida, me ajudou a espalhar esta chama indescritível e bela: o amor!...

Na sua dedicação de ensinar, educar, ouvir as crianças e jovens da instituição que procura dar abrigo àqueles necessitados e muito amparo, ela em teu zelo incansável, espalhava esperança aos que nada mais esperavam desta vida, como podem comprovar alguns de vocês presentes aqui neste momento.

(Ao olhar alguns jovens, aqueles que pareciam ainda indiferentes com o acontecimento, muitos deles vieram as lágrimas, talvez nesta hora se deram conta do que seria viver sem aquela bondosa orientadora amorosa!...)

Continuando o sermão do Padre Lenon...

A bondosa Sarah, espalhou o amor, esta semente ficou naqueles em quem ela ajudou, amparou, ensinou devotando verdadeiras doses de carinho, eles espalharão este amor recebido assim sucessivamente, qual é a grandeza do verdadeiro amor!

Srs. Ela um dia foi cruelmente violentada, depois acusada de adultério, grande maioria dos acusadores sabiam de sua inocência, tinham consciência dela ser não uma pecadora insensível, mas sim um anjo de bondade, este ser angelical ia ser apedrejada, uma multidão, ansiosos em ver teu suplício, esperavam, alguns deleitavam, as pedras iam machucá-la, sofreria até o último instante! Eu usei aquela essência divina indicada pelo nosso Senhor e me atirei em sua defesa, a coragem não era de um indefeso ser humano mas ela vinha do alto, milagrosamente aqueles que iriam feri-la até à morte foram recuando, uma vitória contra o ódio, uma prova de que o amor pode vencer barreiras, o ódio também pode fazer as pessoas imensamente infelizes, um exemplo disso para os que assistem indiferentes estes apedrejamentos, eu faço a pergunta: o entusiasmo deles seriam o mesmo se a apedrejada fosse a mãe deles, ou se fossem eles que fossem apedrejados?... (entre aqueles ouvintes alguns poderiam sentir as pedras em suas mãos, a carapuça lhes serviam perfeitamente, até os chefões mandatários destas execuções creio que alguns estavam presentes ali, sentiam-se incomodados, porque era como o brilhante orador estivesse lhes dizendo cara a cara,os ódios de vocês destrói, corroem corpos corroem almas!... )

O Padre  Lenon estava vencendo mais um desafio, muitos ali já não eram os mesmos, a ação de amar seria a opção mais aceitável em vez de odiar, mas alguns não tinham a mesma opinião, odiar ainda seria mais prazeroso, continuariam a apoiar, comandar os apedrejamentos de mulheres, este sentimento maléfico ainda provocariam mortes, quase só de mulheres em verdadeiro suplício, tem mais o ódio deles era voltado também ao Padre Lenon por causa de sua luta contra eles por optarem pelo mal!

Depois de alguns dias do falecimento eu não conseguia colocar a cabeça em ordem, continuava a ajudar Padre Lenon na instituição, era benéfico e prazeroso, mas pedi demissão do meu emprego.

Mas alguns efeitos bons de fato aconteceram depois daquele sermão, passaram alguns dias, o irmão mais novo de Sarah, me procura, confidencia que se pudesse voltar o tempo, seria diferente ampararia a irmã, a amaria realmente como ela deveria ser amada, me reafirmou novamente a disposição de ser meu amigo e não queria abrir mão dos laços familiares meu com eles, mesmo com o falecimento de sua irmã. Até a entrada na firma da família estava à minha disposição, eles não estariam fazendo um favor a mim, eu é que faria à eles, fazia questão em afirmar, pra todos os efeitos sentiam o dever de ajudar nas minhas dificuldades financeiras, já estavam a par, Sarah lhes fez um relato completo. Agradeci prontamente e tornamos amigos, a decisão dele correspondia com a de seu pai e do irmão, já que ele era o cérebro, resolvia os negócios da família.

Cumpriram o prometido, pagaram minhas dívidas e me propuseram eu intermediar exportação de mercadorias no Brasil, para o comércio deles.

Continuei por um bom tempo ajudando meu amigo inseparável, o Padre Lenon, em sua instituição, trabalhos intensamente gratificantes, confirmava cada vez mais cada palavra do incrível servo de Deus: espalhando as sementes do amor, estamos contribuindo cada vez mais para que esta vida tenha um sentido para os outros e para nós também! Até que chegou um dia, que precisava começar o meu novo trabalho proposto pelos meus parentes, comércio de mercadorias, possíveis importações no Brasil, comentei com meu amigo:

--- Padre, vamos para a nossa terra? Estou indo para o Brasil!

--- Vai em paz, Jonas! Eu não posso sair daqui, ainda tenho muito trabalho aqui, mas volte logo, meu amigo!

 

(No próximo capítulo, Jonas, no nosso Brasil!...  Para uma compreensão melhor de nossa história, pode-se ver no Capítulo III!)

 

ATÉ LÁ MEUS QUERIDOS LEITORES!!!   

AMOR SEM FIM 

 

    Capítulo XII  

 

Para quem não sabe, neste capítulo seria os últimos dias de Sarah,

a esposa de Jonas, ela o amava intensamente, não só por ser companheiro fiel,

mas sim aquele quem fez com que ela começasse a sentir um sentido nesta vida,

porque pelas circunstâncias dos costumes de lá, estava aniquilando-a,

fazendo com que ela odiasse os homens, principalmente os de sua família!

Jonas, o esposo e Padre Lenon, o amigo, confessor a ajudaram imensamente!

Nos últimos diálogos ela relata ao companheiro, o quanto é grata a ele:

 

Agora, Jonas, eu tentei, fiz a minha parte, não é? Mas tenho quase certeza que me desprezarão ainda mais com este meu pedido de reconciliação, mas eu queria tanto vê-los!...

--- Eu sentei ao teu lado na cama, ela quase não levantava, as dores amenizaram por causa dos remédios e dos outros meios necessários para combater a doença, queria chorar, se pudesse, se tivesse o poder, a salvaria daquele drama! Meu Deus! Como tentei fazê-la feliz! (Ele olha para Mary, com os olhos entristecidos e marejados, como se lhe dissesse: --- eu a amava, naqueles derradeiros tempos que iam se esvaindo eu tinha de devotar todo meu carinho!)

Minha situação financeira estava ficando difícil, nos períodos de enfermidade de Sarah, tive de fazer algumas despesas extras, alguns tratamentos caros, trocas de médicos, minha situação na empresa onde trabalhava não era das melhores, não tinha muita cabeça para dedicar exclusivamente ao meu trabalho, estava cometendo alguns erros, me disseram que não fui demitido pela minha grande eficiência demonstrada nos períodos em que trabalhava, mas minha permanência na firma estava por um fio.

Não estava importando com o trabalho, minha mente fixava mais em como cuidar de Sarah nos teus últimos dias de vida. Meus diálogos com ela se intensificavam, num deles me dizia:

--- Jonas, me conte mais daquela moça que você namorou lá no Brasil, sei que aquele seu namoro significou muito pra você!

--- Sarah, Não posso!

--- Ah! está bom se não quiser não fale, mas alguma coisa me diz se a encontrasse iria nos dar muito bem! Nós adoramos a mesma pessoa, rs...rss...

Quero te dizer, sei que vou morrer logo, pelo que te conheço vais sofrer um pouco, vou te fazer uma sincera declaração, assim você não ficará com remorso de nada, minha declaração é: - se Deus me propusesse de me curar completamente, viver muitos anos ainda pela frente, mas me impusesse uma condição de você não fazer mais parte de minha vida. Eu preferiria continuar enferma e morrer pelo tempo previsto, sabe porque? Porque você me fez muito feliz!

(Jonas faz uma pausa, olha as duas ouvintes simplesmente emocionadas, Mary fala com voz entrecortada:

--- Nossa! Meu amor, como eu iria gostar dela!...

D.ª Berenice não fala, mas pensa:

--- Meu Deus! E era esse rapaz que odiei, tentei arrancar de vida de minha filha!!!...)

Eu não conseguia mais falar, os assuntos pareciam todos esgotados (Jonas continua...)

Mas para meu alívio, Padre Lenon entra, nas tuas costumeiras visitas, naquele instante estava trazendo a comunhão para Sarah.

Deixei-os por instantes depois entrei no quarto, o ambiente estava numa inebriante paz! Padre Lenon sentado de um lado na cama, Sarah estende a mão para mim, sentei do outro lado e ela num belo sorriso diz:

--- Vocês foram dois maravilhosos anjos que apareceram na minha vida!...

O tempo foi passando, um dia aparece o pai e os irmãos de Sarah, eu os encaminho até o quarto, eles não esperavam encontrá-la bastante enferma. Deixei-os à sós pela situação que estava, não lhe fariam mal.

A conversa foi além de minha expectativa, demorou horas os três naquele quarto. Quando saíram o meu espanto foi maior. O pai, Sr. Hankam, visivelmente emocionado, apenas me fez gestos com a cabeça demonstrando que havia paz entre nós, o irmão mais velho, Fattah, considerado destemido, durão, com lágrimas nos olhos me estendeu a mão dizendo: --- amigos?

O irmão mais novo, Hadi, o inteligente, astucioso, além de pegar na minha mão, me diz: --- Obrigado!

Foram embora os três. Entrei no quarto, num tom de descontração disse:

--- Te amolaram muito?

--- Não, nossa! Que felicidade!

Fiz aquilo que sempre me dizias para fazer: foi uma reconciliação estupenda, quando eles me viram nesse estado, me pediram perdão! Eles nem conseguiam falar de tanto chorar, me diziam, que achavam que estavam fazendo o melhor para mim.

Eu dizia: --- meu pai, meus irmãos, eu sofria porque gosto muito de vocês!

Jonas, eu lhes disse o quanto me fizestes feliz. Eles me disseram que estavam preparando para lhe expulsar naquele primeiro encontro, mas você os conquistou, não procuraram demonstrar mas foi isso mesmo.

Eu falei para eles: --agora vocês concluíram que meu esposo é maravilhoso, não é?

Jonas minha família vai lhe ajudar, eu lhes disse o quanto estamos endividados, por causa de minha doença!

--- Não adiantou os meus contras, Sarah insistiu para que aceitasse a ajuda de sua família.

Um dia depois da reconciliação, Sarah se despede de mim pela última vez!

 

 

AMOR SEM FIM 

 

                     Capítulo  XI

 

(É importante lembrar que Jonas continua relatando à futura sogra e sua futura esposa, estes fatos que se deram quando ele estava naquele residindo naquele país)

 

Como dois adolescentes com todas as suas energias para atingir certos objetivos, irrompemos casa a dentro do Padre Lenon, que nos interroga com certo assombro, preparando para dar uma sonora bronca:

--- Afinal o que vocês querem?

--- Padre, desejamos nos casar e tem que ser agora!

--- Agora? Impossível! Casamento religioso não é uma simples brincadeira de criança, que num piscar de olhos fazer esta cerimônia, não, não e não!!!

Os olhos de Sarah entristeciam pareciam relatar – era bom demais para ser verdade!

Mas eu por estar acostumado com este meu amigo religioso, usei de uma certa influência que dispunha sobre ele:

Veja bem, meu amigo, bondoso e compreensivo Padre Lemos, o que mais queremos tanto eu e a Sarah, é oficializar principalmente no religioso esta nossa união, o Sr. sabe que a família dela aparentemente não vai interferir, mas será?... e nós não queremos de maneira nenhuma um casamento cheio de alardes, igreja cheia, noiva vestida de maneira tradicional, etc. etc!.... pelo amor de Deus, dê um jeitinho! Ainda eu e ela já sofremos bastante, sempre notamos alguma coisa misteriosa querendo atrapalhar nossa felicidade, ainda mais queremos ficar juntos unidos desde hoje, se o Sr. não oficializar esta união, nós...

Padre Lenon, coça a cabeça parecia que por causa desta pressão, novos cabelos brancos apareceriam, fala em tom enérgico, mais brando e para descontrair uma leve brincadeira:

--- Está bem, vou fazer este casamento, mas não é porque você me chamou de bondoso, amigo e eu ser compreensivo, vou fazer é porque vejo que vocês estão com os hormônios na flor da pele!... Tomara  que eu não seja denunciado aos meus superiores por realizar um casamento tão maluco como este!

Padre Lenon não pensou duas vezes, disse, venham! Nos mandou esperar dentro da capela em frente do altar central. Depois de alguns minutos apareceu com sua vestimenta especial para certas cerimônias, olhou para nós e começou o casamento, suas palavras foram breves mas precisas, palavras que um sacerdote tem de falar àqueles que se propõem em se unirem em matrimônio, as palavras fazem parte deste ritual, são mensagens divinas para solidificar um casamento quando ele é religioso.

Aquele sacerdote sabia, a definição de nossa vida começava pra valer naquele instante, não adiantaria prorrogar mais. O casamento foi realizado, estávamos unidos, éramos marido e mulher.

 

(primeira noite os dois, Jonas e Sarah, por uma questão de bom senso, Jonas não relata esta noite de núpcias, às duas que escutavam atentamente sua história, mas também contar pormenores daquela noite à sua futura esposa aí seria demais!... Mas aquela noite, os dois pombinhos se amaram, Sarah depois daquele ato sexual, sentiu-se aliviada, tinha receio de que o mundo lhe viria abaixo, ao primeiro contato com um homem, principalmente por causa do grande trauma do estupro, se ela tivesse pavor até mesmo de seu esposo. Mas aquele ato sexual foi maravilhoso, os dois no outro dia era como se tivessem no céu. Ah! se você não está entendendo, caro leitor é porque não acompanhou este romance desde os primeiros capítulos.)

 

Nos primeiros tempos de casados tínhamos um relacionamento ótimo, fazíamos tudo para compreender um ao outro, mas quando perguntava à Sarah que ela queria reatar com sua família ela transformava, continuava dizer que não conseguia perdoá-los, eu não insistia porque seria uma discussão acirrada.

Continuávamos ajudando Padre Lenon, na sua instituição de crianças desamparadas, eu comandava os meninos principalmente na área esportiva, não era remunerado, pois fui voluntário nesta missão, nos dias de minhas folgas pois trabalhava naquela firma brasileira, e Sarah orientava as meninas, tinha seu pequeno salário porque desde o dia em que foi amparada pelo Padre Lenon foi prometida à ela uma pequena ajuda de subsistência. Aquele serviço para nós era gratificante, muito emocionante quando aproximávamos daquelas crianças desamparadas, sem saber porque sofriam tanto neste mundo incompreendidos pelos adultos, quando os orientavam seus olhinhos vibravam de felicidade!

Um dia, Sarah me diz estar entristecida pois algumas das meninas estavam com muita revolta e cada vez que tentava aproximar elas a repeliam com ódio. Eu a aconselhei à ela que toda vez que aproximasse, procurasse dizer que as amavam intensamente, e que somente o amor entre uns e outros é que poderá salvar o mundo de infelicidades muitas vezes indescritíveis. Sarah fez exatamente isto e foi o remédio que faltava, o relacionamento com todas aquelas que traziam revoltas íntimas foi maravilhoso!

E assim foi indo nossa convivência de casados, os dias, meses, quando se aproximava do segundo ano, não entendíamos porque Sarah não se engravidava, nós queríamos filhos. Os exames foram providenciados e veio a notícia bombástica: ela jamais conseguiria engravidar! Naquela noite foi muito triste vê-la chorando várias horas sem parar.

O pior ainda foi quando fui chamado por um de seus médicos, que me deu a pior notícia que desejaria ouvir, Sarah estava com câncer no ovário, já em estado adiantado. As dores começaram a aparecer, dias e noites observava-a definhar, eu tentava fazer com que seus sofrimentos fossem amenizados lhe dando toda atenção possível, Padre Lenon não nos desamparava, ela não me dizia o que já desconfiava: que sua enfermidade não teria cura, via nos teus olhos o pressentimento do que o médico me tinha dito: que o teu tempo de vida não ultrapassaria seis meses!

Pra me consolar, Sarah, me disse:

--- Não penses que estou completamente triste, eu tenho a felicidade que jamais pensei conseguir nesta vida, você me possibilitou tê-la, nunca tenhas remorso de nada, porque me fizestes tudo, me destes o teu amor!

--- Procurei adverti-la daquilo que estava me preocupando: a mágoa transformada em ódio em relação ao pai dela com os irmãos, tentei mais uma vez:

--- Sarah, seu pai, seus irmãos, e se você tentasse perdoá-los? O qual foi minha surpresa:

--- Sim, vou lhes escrever uma carta, só não vou relatar que estou bem doente.

--- A carta foi enviada...

 

(Nos próximos capítulos: muitas, mas muitas emoções!... quer dizer, talvez para muitos sim!)    

AMOR SEM FIM 

 

         Capítulo X

 

Passado o impacto daquele encontro, de Jonas e seus futuros parentes, agora ele e Padre Lenon, de volta, dentro daquele velho carro entabulavam conversas mais alegres, ao mesmo tempo proveitosas para o futuro, o que estava em jogo dali para a frente era uma nova vida entre Jonas, o moço forte, inteligente, tremendamente influente na comunicação , possuidor da força do amor, aquilo imprescindível quando um ser humano possui, consegue desvencilhar do mal, porque a maldade destrói vidas, fazendo tremendos estragos na humanidade, inexplicavelmente. (ou talvez explicável, pois só sei que a vida é mistério!...)

Esta força do bem está aí neste mundo misterioso, força   que impressa em alguns seres, nestas criaturas esta força proliferará ou estagnará, haverá a proliferação se o ser no seu livre arbítrio contribuir para ela expandir, de repente aí seja a grande missão destes seres, a grande vontade que deve permanecer em qualquer pessoa, independente de credo, participação em meios políticos ou quaisquer organizações. É isso que quero expor aqui.

Por enquanto, Jonas e Padre Lenon, as duas pessoas incríveis, possuidores indiscutivelmente desta tremenda força!

(não devemos esquecer de que Jonas continua infatigável no seu relato às duas pessoas, D.ª Berenice sua futura sogra, Mary aquela que será sua maravilhosa esposa, num canto a brincar despreocupada a menina Hana.)

Então, nosso personagem, Jonas, continua:

--- Padre, a minha próxima etapa é providenciar os preparativos para o meu casamento com Sarah, não é mesmo?

--- Sim, Jonas, a coitadinha pelo que a conheço bem, deve estar bastante aflita pensando no que pode ter acontecido neste encontro de você, o pai dela com os irmãos, aquela recusa que ela fez de ir com você para o encontro, era porque presumia que mais uma vez o pai e seus irmãos iam atrapalhar vocês de casarem, romperia seus relacionamentos definitivamente, o ódio, este maléfico sentimento dela com a família que ainda esta presente em seu coração aumentaria assustadoramente!...

Sua missão, meu caro rapaz, é fazê-la arrancar este sentimento tão nocivo e atrapalhará suas vidas depois que estiverem unidos, existe a solução sublime: o perdão, porque: "Perdoar é provar uma coragem de origem divina,
vingar é mostrar a verdadeira força do mal!..."

--- Mais uma coisa está me incomodando, Padre Lenon, eu amo a Sarah, quero ardentemente fazê-la feliz, é lógico me fazer muito feliz também, em tentar apagar este passado envolvido em trevas desesperadoras de sua vida, mas às vezes me vem lembranças de meu passado, não consigo esquecer Mary, passado que não foi envolvido em trevas, pois tenho lembranças maravilhosas, foi muito forte naquele período de minha vida!

--- Na minha opinião você deve concentrar seus pensamentos em seu envolvimento com a Sarah, aquela tua ex-namorada lá do Brasil já deve ter sua vida, você deve arrumar a tua vida aqui.

--- Então, Mary, a partir daí eu consegui esquecer você, pra me envolver firmemente com Sarah. (era preciso declarar honestamente cada pormenor, às ouvintes, principalmente à sua namorada naquele tempo presente.)

Os solavancos que éramos obrigados a suportar naquela estrada, com alguns trechos esburacados, não nos entristecia, porque logo adiante pegaríamos uma estrada totalmente asfaltada, permitiria que o veículo deslizasse deliciosamente, permitindo a nós um imenso bem estar!

Mas eis que em dado momento, Padre Lenon, começa a ficar pálido, com semblante triste, logo percebi, ele passava perto da igreja católica que tinha acontecido aquele terrível atentado, onde as bombas dos terroristas, estraçalharam corpos de pessoas que estavam fielmente louvando o Senhor, aquele que nos dá a vida e nos seus mandamentos o amor ao próximo é primordial. Fiz um gesto para consolá-lo, porque vi naquele religioso, uma verdadeira solidariedade para com seus irmãos de fé, mas ele num gesto de compreensão, mansidão apenas me diz:

--- Viu meu amigo? Temos a necessidade de ser bons, cada ato de terror, os bons não poderão se maneira nenhuma passarem ser maus, esta é a lei daquele que nos deu a vida.

Depois de alguns percursos chegamos na instituição de Padre Lenon, fui informado de que Sarah, estava dentro da capela, esta instituição de meninos e meninas desamparados, tinha a capela de Padre Lenon. Entrei, vi Sarah ajoelhada em frente do altar, ela se converteu ao cristianismo a tempos, estava convicta, pela expressão tinha uma fé vibrante.

(Jonas não relatou às duas ouvintes que ele ao ver Sarah ajoelhada em sublime oração, achou a cena deslumbrante, aquela sua namorada ele a contemplava, de tão linda que estava, isto ele não pode dizer, porque com certeza, Mary, por mais que compreensiva que fosse, ficaria enciumada e constrangida.)

Aproximei do altar fiquei ao seu lado ajoelhado, depois fiz sinal para ela me acompanhar, eu consegui me disfarçar, queria fazer por momentos apenas ela pensar que deu tudo errado. Sarah me acompanhou até a saída da igreja, sempre me observando com ar de preocupação, na pracinha da instituição paramos e pedi que sentasse, ela não se conteve e exclama:

--- Deu tudo errado, não é? Não vamos mais nos casar, eles conseguiram mais uma vez me arruinar!...

Ela já estava quase em prantos, eu a sacudi com força, dizendo:

--- Sarah, me escute! O que tenho pra lhe dizer é: nós vamos nos casar!!!

--- Como! Mas e eles,meu pai, meus irmãos?... Pergunta quase em transe.

--- Calma, os detalhes vou contar por partes.

--- Meu Deus! Então nós vamos casar?! Sarah repetia numa transparente alegria.

De repente Jonas teve uma idéia repentina e disse:

--- E se nós casássemos hoje?

--- Está maluco? Padre Lenon não vai concordar!

--- Podemos tentar!

E saem os dois correndo de mãos dadas como duas crianças procurando o Padre Lenon.

 

Nos próximos capítulos: o diferente, o simples,                                                                                              

mas maravilhoso e emocionante casamento!

 

 

 

AMOR SEM FIM 

            Capítulo IX

 

 

Jonas, ao ver aquele comércio duma certa forma fabuloso, pergunta ao Padre Lenon:

Neste amontoado de lojas, contei umas 8, comércio de roupas, objetos variados deste país e também de outros países também, muitos produtos importados, talvez até do Brasil. Então qual é a loja do pai de Sarah?

--- Todas!  Responde categórico o Padre Lenon.

Um Gerente, parecendo mais um mordomo, faz sinal para que os dois visitantes subam no andar de cima, Jonas pergunta ao Padre:

--- Mas ele já está nos esperando?

---Sim, eu já lhe passei um comunicado que seu genro gostaria muito de conhecer toda sua futura família.

--- Manifestaram pelo menos interesse de me conhecerem?

--- Não obtive resposta, se você fosse dos Estados Unidos aí nem quero pensar!

--- E eu sendo brasileiro?

--- Bom, tenho a impressão de que não lhe farão mal, porque eu também sou brasileiro eles nunca me fizeram mal.

--- É Padre, mas não é o Sr. que vai casar com a filha dele!

--- Nossa! Eu não tinha pensado nisso!!!

Depois de subirem muitas escadas, circularem em muitos corredores, eles entram num suntuoso salão, na mesa central 3 homens, Padre Lenon vai fazendo as apresentações, no centro estava o mais velho Hakam, fisionomia de austeridade pura, já tinha os seus 80 anos mas aparentemente forte, mostrando boa saúde e disposição, de altura mediana, parecia que fazia questão de se assemelhar-se mais com um rei, com sua longa barba branca, e vestido da cabeça aos pés com roupas muito esbanjadas nas cores, ao lado o filho mais velho Fattah, esse estava com os seus 55 anos nas costas ultrapassava 1,80, bastante alto pelo padrão dos habitantes de seu país, bastante forte, abusava de seus atributos físicos e possuidor de condições financeiras favoráveis, demonstrando arrogância exagerada, depois o outro filho Hadi, esse mais baixo que o irmão, mas bem forte também, era calmo e apaziguador, às vezes explorava por causa de sua grande inteligência. Todos eles com barbas bastantes cerradas e vestidos também a rigor, de acordo com seus costumes.

Padre Lenon, como sempre interlocutor nato foi esclarecendo nosso verdadeiro motivo daquela visita, aliás todos já estavam sabendo que o namorado de Sarah, iria ter uma conversa franca. Hankam, o velho anfitrião interrompe Padre Lenon:

--- Padre, queremos ver o moço falar, ou por acaso ele é mudo? Com muita satisfação foi notada claramente o sorriso dos irmãos.

--- Caros, amigos, deve ser por gostar muito de mim, que Sarah recusou em me acompanhar até à casa de vocês, ela sabia o quanto eu apanharia nas palavras de vocês, Jonas faz esta ressalva, mas logo como um bom estrategista ocidental conserta, porque vocês são bons mesmo, admiro a franqueza nas pessoas. Dá uma paradinha observa, todos os olhares estavam nele, era certo deles quererem ver até onde ele podia chegar.

Eu confesso que as duas pessoas mais preciosas para mim neste país, são: Padre Lenon e Sarah, é com ela que desejo ardentemente unir em matrimônio se o bom Deus permitir, quero compensá-la pelos muitos e muitos momentos infelizes que passou em sua atribulada vida.

--- Atribulada? Ela jamais teve motivo para revoltar-se, seu dever era de se manter no seu lugar, todas as mulheres deveriam se subjugar, comprometer-se somente em obedecer, as que desobedecem as leis sempre receberão o que merecem, automaticamente os castigos severos virão!...   

Hankam, o pai, concordava plenamente com as suposições do filho, dizendo:

--- Sim, o mal, as tristezas que ela carrega foram frutos de sua desobediência.

--- Mesmo o estupro, o quase apedrejamento? Eu insisto já com início de impaciência.

--- Sim, ela os atraiu para si, muitas morrem cedo, se acabam nas tristezas bem novas, justamente por castigos. Eu e os irmãos  dela só tínhamos de aceitar tudo de ruim que se concretizasse com ela!

Aí eu não agüentei, exclamei:

--- Mas Sr. Hankam, se fosse sua esposa, Fattah e Hadi, a mãe de vocês se estivessem prestes àquele suplício, seria unicamente por ela ter atraído o mal e vocês cruzariam os braços? Um soco com toda força de Fattah sobre a mesa, o impacto   só não foi maior porque era uma sólida mesa fixa de mármore, ao mesmo tempo esbravejou, não toque no assunto sobre nossa falecida mãe!   O    Sr.   Hankam, ameaça levantar, Hadi, aponta o dedo em direção de Jonas, Padre Lenon toma a palavra:

--- Srs. Peço toda calma, devo-lhes lembrar que o único defeito de meu amigo é ser tão franco e corajoso como vocês, ele sempre fala o que pensa, jamais seria louco de vir até aqui para desafiá-los, o único motivo de sua presença é participá-los de que pretende e vai casar com Sarah! (as palavras do religioso, atingiram o âmago deles, fazendo-os escutar aquilo que sempre pensaram ser, corajosos e falarem o que pensam, doa a quem doer.)

Jonas, observa as duas ouvintes e constata firmemente que elas continuavam fascinadas com seu relato, continua então convicto que realmente teria que ir até o fim, então vai relatando:

(Vale relembrar que Jonas estava contando este período de sua vida, naquele país à sua futura sogra D.ª Berenice e sua futura esposa Mary.)

--- Não resta dúvida de que Padre Lenon, me salvou da cova dos leões, mas eu realmente estava revoltado, talvez por eu continuar a pensar como os ocidentais, principalmente aqueles que dão valor à mulher, não podia aceitar a frieza e mesmo uma certa maldade nas palavras daquela gente, justamente jogando pedras naquela que eles teriam e tinham condições de defendê-la de tudo contra todos. Com um ar determinado levanto-me da mesa e digo:

--- O que eu tinha de falar meus senhores já disse, agora vou me retirar, Padre, espero e Sr. lá fora!

Já estava sentado no carro, passou-se alguns minutos, Padre Lenon entra e partimos, nestas alturas ele parecia bem animado e fazia questão em dirigir novamente, fala com firmeza:

--- Nossa!...

Eu lhe pergunto:

--- Fui mal, não é Padre?

--- Mal? Você se saiu foi muito bem!

--- Mas como, não estou entendendo, por acaso mexi com as feridas deles!

--- Você se mostrou audaz, perspicaz, corajoso, apesar de ficarem nervosos, é tudo de que eles gostam numa pessoa, aliás em todo homem, se tivesses abaixado para eles, talvez o considerariam um verme, fariam de tudo para impedirem seu casamento, tenho a certeza meu amigo, de que Sarah previa o pior, atrapalhar o casamento, que para ela seria o fim.  

--- E o Sr. sabia disso o tempo todo, se desse tudo errado?

--- Sabia? Não, mas tínhamos de arriscar, pela felicidade sua e de Sarah, por causa de vocês eu é que vou pagar a penitência, tenho de cumprir minha promessa, de ficar várias horas ajoelhado agradecendo ao mestre para que tudo desse certo!...

E rompe os dois em gostosas gargalhadas!

 

Nos próximos capítulos revelação à Sarah o resultado do encontro

  

 

 

Nos próximos capítulos revelação à Sarah o resultado do encontro

como seria bom, sim, maravilhoso se tiverem lendo desde o primeiro

capítulo, eu só queria opinar, o quanto é gratificante à humanidade

existir pessoas especiais, com a disponibilidade de amar!...

  

 

 

 

AMOR SEM FIM 

 

                    Capítulo VIII

 

 

Para quem está lendo pelo menos desde o capítulo VI, Jonas continua com seu relato, seus ouvintes estavam atentos, agora queriam saber a história até o fim, o narrador sente este interesse, e continua procurando não esquecer os detalhes, para ele se esquecesse alguma coisa, seria como se não montasse um quebra cabeça importante:

--- Eu estava pronto para ir até a casa de Sarah, aliás da família dela, porque ela toda vez que se tocava no assunto de seu pai e seus irmãos ela se estremecia, algo em seu semblante transformava. Eu pensava que ela me acompanharia para mim me entender com seus familiares, ledo engano, porque quando falei, Sarah, vamos já estou indo até sua casa. Ela senta numa cadeira que estava ao lado e em soluços intensos, quase balbuciando me diz:

--- Não, por favor, se quiseres vá, mas eu não vou, não tenho pai, irmãos, eu... os odeio!...

Senti um baque, compreendia os atropelos que ela tinha passado justamente com sua família, mas odiar?... procurei aliviar sua dor, eu já a conhecia relativamente bem, sabia quando ela estava realmente triste, apavorada. Deixei-a ali e fui procurar Padre Lenon, expliquei como poderia aproximar da família de minha futura esposa, se ela mesma se recusa em ir em sua própria casa, ao mesmo tempo lhe revelei o meu embaraço, minha tristeza em ver tamanho ódio no coração daquela que faria parte de minha vida tão intimamente. Padre Lenon, o bom religioso, o incrível ser humano me disse:

--- Calma, meu rapaz, está lembrado quando lhe falei de Sarah, no primeiro dia em que a vistes? Mesmo assim vou repetir:

Portanto, Jonas, as seqüelas estão entranhadas no corpo desta jovem, é compreensível que ela te vê até mesmo como um possível monstro, e é você que tem que provar o contrário, porque terão que conviver daqui para frente neste nosso trabalho.

Só que agora ela não o vê como um monstro, porque você soube conquistar seu coração, soube mostrar que o ser humano quando quer pode e deve ser bondoso, eu tinha quase certeza que conseguiria isto, disse-lhe também que Sarah, é um anjo de bondade, comprovastes isso e você não me decepcionou, interessante que se pode notar que conseguistes curar muitas feridas terríveis que estavam no íntimo desta jovem.

--- É Padre, nestes 3 anos que convivo com ela ouve momentos pensei que não a conquistaria, o Sr. tem razão ela tem um coração de ouro, mas voltamos na estaca zero, como faço para ir conversar com os familiares dela?

--- Eu estive pensando, o certo mesmo seria eu o acompanhar, conheço o pai e os irmãos dela, temos que ter muito tato para conversar sobre este assunto com eles, afinal um casamento é uma coisa séria e irmos lá pode-se dizer que vamos pisar num campo minado!... mas, muita coragem e principalmente fé meu rapaz.  (concluiu o Padre) você está pronto? Então vamos lá, aproveitaremos o dia antes que caia a noite.

--- Eu não falei pra vocês que Padre Lenon é incrível! Um dia terei a satisfação de apresentá-lo a vocês. (Jonas faz questão em salientar sua amizade com o Padre, que ficou lá naquele país tão distante) E lá fomos nós eu e o Padre Lenon em seu velho carro até a casa de meu futuro sogro, que aparentemente estava de relações cortadas definitivamente com sua filha. O trajeto levaria mais ou menos 2 horas ou pouco mais, iria depender do trânsito em algumas ruas velhas, esburacadas e estreitas. Em alguns trechos até que era tranqüilo, dava para conversar bastante com o que estava dirigindo, e é o Padre motorista que começa a conversa:

--- Jonas, seu futuro sogro é rico, bem na minha opinião se não for rico é quase, porque é um comerciante bem sucedido!

--- Mas espere aí, porque o Sr. agora que está relatando isso?

---Compreendo o seu espanto, foi a Sarah que me suplicou para não te dizer da fortuna de seu pai, dinheiro que ela abre mão por causa da desavença familiar e também não é ambiciosa de forma alguma, não queria que você soubesse porque se tentasses uma aproximação por causa do dinheiro, sofreria muito,  ela te ama de verdade, disso tenho a máxima certeza, chegou a me dizer que você foi uma das melhores coisas que aconteceu em sua vida, nunca pensou que um dia seria tão feliz só por amar alguém. Não a abandone, Jonas, lute por ela! Vale a pena!!!

--- Pode deixar, Padre, não deixarei esta felicidade escapar! Nisso, Jonas, comenta outro fato estarrecedor:

--- Estávamos passando perto de uma igreja católica, percebemos algo de grave acontecendo, muitos policiais controlando uma pequena multidão, corpo de bombeiros retirando vários corpos de pessoas em estado desesperador, ao aproximarmos soubemos que uma organização de religiosos radicais, tinham jogado bombas dentro da igreja, na hora da celebração religiosa. Ficamos ali parados bastante tempo, Padre Lenon permanecia em silêncio, não pode segurar algumas lágrimas, seria porque ele estava preocupado com as famílias daqueles que estavam com seus corpos estraçalhados? Ou se aquele atentado poderia ser em sua igreja? Mas com certeza era tudo isso e mais ainda, aquele sacerdote realmente praticava o verdadeiro amor ao próximo! Tive de pedir para ele me deixar dirigir, sem discordar me cedeu o volante, era visível o seu estado emocional estava muito abalado, apesar dele ser uma pessoa já tão calejada em ver tanto sofrimento em sua vida de pastor espiritual.

Fomos seguindo a estrada, ele foi se descontraindo mas não deixando de comentar:

--- Meu filho! Quando o ser humano mostra a sua perversidade, semeia trevas em outro ser humano, aqui neste país onde o fanatismo se espalha e em outros países em que seus governantes são chegados à violência, pode chegar a um ponto desesperador, Sarah chegou a me relatar seu sonho em viver nos Estados Unidos, onde vários conhecidos seus que mudaram para lá ao lhe comunicar dizem viverem muito bem.

--- Quem sabe eu a leve para o Brasil! Jonas fala mais em tom de brincadeira.

--- Não se iluda não, meu amigo, as notícias que ela houve do nosso país é que ele também tem violência.

--- Ah, isto não! Violência existem em todos lugares, uns mais outros menos.

 

--- Apesar de presenciar cenas de mortes horrendas, cada vez mais neste seu país, ela sempre sonha com um mundo melhor, desde menininha se vê um dia num mundo encantado, onde cada um se preocupa primeiro com o outro, apesar de tudo esta doce criatura ainda acredita na força do amor.

Vire à direita e pare na casa maior que você ver. (indica Padre Lenon o local da casa procurada)

Ao virar, Jonas se depara com a enorme e sóbria casa dos familiares de sua namorada, fica estático, mas só por questões de segundos, logo os dois decididos resolvem fazer o que os levaram até ali, na casa imensa de dois andares, embaixo lojas muitas lojas, em cima uma residência que era do pai de Sarah e é por ela que estavam ali, o encontro, talvez um confronto estava pra se realizar!...  

                                                       

AMOR SEM FIM 

 

Capítulo VII

 

O bom Padre Lenon, continuava em sua narrativa querendo explicar o porque o modo de agir de Sarah, pelo que ela passou até que é compreensível sua desconfiança com os estranhos, principalmente com os homens, aquele estupro, aquelas acusações e até mesmo o quase apedrejamento foi demais! (só conferir no capítulo VI) Ele então reforça:

--- Portanto, Jonas, as seqüelas estão entranhadas no corpo desta jovem, é compreensível que ela te vê até mesmo como um possível monstro, e é você que tem que provar o contrário, porque terão que conviver daqui para frente neste nosso trabalho.

Conforme o começo do capítulo VI, Jonas, está relatando esta sua aventura aos ouvintes atentos e maravilhados: D.ª Berenice sua futura sogra, agora vê em Jonas um excelente rapaz, e Mary sua amorosa namorada, continua amando-o intensamente e Hana, a menininha filha de Mary que o trauma relacionado com o ódio de seu pai, foi anulado, talvez por um passe de mágica, para alguns e simplesmente um milagre do amor que entrelaçava aquele trio incrível: da vó, da mãe e daquele que entraria naquele lar.

Jonas continua animado na sua história, pelos semblantes dos ouvintes ele concluía que estava fazendo o certo:

--- Então eu entrei pra valer naquele maravilhoso trabalho do Padre Lenon, ajudar aquelas crianças desamparadas, fazer com que elas ver na vida um certo sentido, era muito gratificante, mas tinha aquilo que deveria fazer, aproximar daquela moça que se Padre Lenon não a amparasse, não só impedindo que fosse assassinada, mas a amparou psicologicamente, tirando em parte o estrago na sua mente, então a aproximação eu teria de fazer, tentar fazer a minha parte, eu pesava quem sabe tirar definitivamente os monstros que ainda rondam naquela mente jovem e tão perturbada de Sarah.

--- Aquela linda jovem de cabelos negros!... interrompe Mary, querendo mostrar uma pontinha de ciúmes.

--- Há! Querida, deixe-me continuar, tenho de contar tudo!

--- Fale, querido é um pouquinho de ciúme só, mas eu entendo e o que seria dela se não tivesse sido tua esposa, os anos vividos ao seu lado foram compensados pelos dissabores do passado, continue, continue!

--- Eu estava procurando uma maneira de aproximar dela, mas sempre que aproximava ela se esgueirava, percebia longe a minha aproximação e se mandava. Um dia deu certo, era uma tarde, ela estava sentada no jardim, estava tão absorta, não tinha notado a minha presença e me aproximei, no mesmo instante se preparou para levantar, eu lhe pedi pelo amor de Deus que me escutasse, teve um grande espanto, seu semblante mostrava nitidamente, ela nunca tinha ouvido um homem lhe implorar para conversar, eu incrivelmente não conseguia um começo de conversa qualquer, nunca tinha me acontecido isto, pois conversar com garotas sempre foi o meu forte. E naquele pais onde a mulher ser obrigada a ser sempre submissa, foi Sarah que começou a conversar:

--- Você já deve saber toda a minha história, não é? Padre Lenon com certeza lhe contou.

--- Toda tua história na verdade não sei, mas a parte em que fostes bastante injustiçada sim. E antes de sua resposta, Sarah, não precisa me responder agora, queria pedir para ser seu amigo, não sou um santo de pessoa, mas considero a amizade sincera umas das coisas mais importantes na nossa vida.

E fui contando o que me tinha acontecido, a grande infelicidade que quase me arruinou por completo, tinha perdido uma pessoa, a razão de minha vida, uma linda princesa de olhos azuis com lindos cabelos loiros enrolados! Sarah, exclama:

--- Nossa! Então no Brasil os homens dão tanto valou às mulheres assim?

--- Não todos os homens, tem alguns que maltratam muito elas também, mas a igualdade está sendo reconhecida.

Meu relacionamento com Sarah foi melhorando bastante, nossos diálogos se estendiam às vezes por horas à fio, logo aquele sentimento mais íntimo foi tomando conta de nós e aí!...

--- Se puder pular esta parte!... Mary fala um pouco séria, mas logo em seguida dá um sorriso meio sem jeito.

--- Ah! Sim, então por 3 anos convivemos até que cada um de nós tinha um profundo conhecimento e admiração pelo outro, quando nós falamos ao Padre Lenon que queríamos nos casar, ele prontamente disse que tinha certeza que daria tudo certo, pois também nos conhecia profundamente, e concluía que um precisava do outro. O casamento poderia se realizar, mas seria aconselhado eu me aproximar da família de Sarah, sendo seu pai, seus dois irmãos mais velhos, apesar dela ter afastado de sua casa e morava definitivamente naquela instituição, ajudando Padre Lenon.

Mais um desafio para mim lá vou eu encontrar com meus futuros parentes...

 

AMOR SEM FIM 

               Capítulo VI

Quando eu cheguei neste país (não é bom especificar na nossa história este país, pois pode parecer que queremos fazer alguma crítica ou simplesmente um julgamento de costumes!... nota do autor.) nossa! Quanta diferença eu via, as pessoas me encaravam como se eu fosse do outro mundo, eles completamente reservados, os homens sempre os homens, não as mulheres é que decidiam, elas as criaturas cobertas da cabeça até aos pés, quando conseguiam se mostrar o rosto, pareciam tristes mas resignavam-se com a sorte, concluíam que o certo seria exatamente assim, sempre tinha algumas que rebelavam. Naquela terra estranha que resolvi me embrenhar, aproveitar uma oferta de uma firma de especialidade técnica brasileira de perfuração de petróleo então eu entrei com fé e coragem, com meu curso universitário, trabalhava num amplo escritório, o contato com outros brasileiros me animavam, do contrário eu não resistiria, voltaria correndo para o Brasil, e olha que eu já tinha feito um severo curso de relacionamento!

Continua Jonas em sua narrativa: --- depois de vários meses ali, já quase dominando a língua, começava a entender os habitantes de costumes tão bizarros, mas ao mesmo tempo compreendia o motivo daquelas condutas estranhas, talvez teria que ser assim, a minha permanência ali haveria de ter um propósito, entretanto ainda não acreditava em destino, não nunca acreditei, mas acredito neste mistério insondável, inalcançável, mesmo por este computador natural e incrível, que é o cérebro humano!

Já com a minha bagagem psicológica equilibrada, meus rendimentos salariais satisfatórios, mesmo assim se pudesse, algum pretexto qualquer, voltaria ao meu inesquecível país imediatamente, tinha de procurar algo mais ali, na minha ânsia intempestiva rastreei e encontrei uma fundação de crianças desamparadas, meninos e meninas, tendo o organizador, o padre Lenon que era brasileiro, com seus 53 anos já radicado a uns bons tempos, como voluntário quis pregar o evangelho ali e assim ficou, só que ele fez a sua opção unicamente por amor ao próximo e eu até aquele momento só pensava no amor por mim mesmo!

Nasceu então uma amizade férrea entre mim e o carismático Padre Lenon, este um dia me fez uma proposta:

--- Jonas, talvez você possa dar sua colaboração para ajudar alguns dos meninos.

--- De que jeito, Padre?

--- Ser o técnico de um time de futebol, você entende bastante do nosso futebol brasileiro, de acordo que me tens contado, poderia nas tuas horas vagas, começar esta obra, os meninos de algumas faixas de idades ideais, poderiam começar a serem orientados neste excelente esporte, que por sinal quantos deles seus olhos brilham quando se fala em futebol, principalmente do futebol brasileiro, com seus atletas magistrais!...

--- Aceito

--- Ótimo, Jonas, agora sim está completa a equipe, você resolve com os meninos e a Sarah, com as meninas, aliás ela já se ocupa desta tarefa durante um bom tempo!

--- Sarah? Indaga Jonas

--- Sim, e por sinal ela está chegando.

Jonas, continua relatando que  se deparou com a Sarah, uma jovem de 20 anos, muito bela, pele morena, cabelos negros, estatura mediana pelo padrão daquele país, os olhos castanhos claros, mostrando bem lá no fundo uma ponta de tristeza, olha Jonas com uma incrível indiferença, ele até que estende a mão, ela faz como se não tivesse percebido, de um modo tal como se ele não estivesse ali, entrega uns livros ao Padre Lenon, e sai. Jonas não se conteve e faz sua crítica.

--- Nossa, Padre, Que moça mais mal educada!

--- Não, Jonas, um dia você terá oportunidade de conhecê-la e verá o verdadeiro anjo que é.

--- Não sei não essa parece que é difícil!

--- Já que é assim, Jonas, vou lhe contar rapidamente a história desta moça, ela foi muito machucada, tanto no corpo como na alma, o fanatismo de algumas pessoas aqui tem um poder estrondoso em destruir, principalmente as mulheres, essas criaturas marginalizadas. Sarah vivia bem com sua família, pai, dois irmãos mais velhos, eu mantinha um certo contato com sua família, apesar deles serem muçulmanos, sendo um sacerdote, minhas relações com eles era reservada, sem atritos, Sarah até que teve permissão para trabalhar comigo nesta obra, ela tinha vontade de ser cristã, apesar de eu dar à ela toda liberdade possível, não precisava mudar de religião para trabalhar comigo.

--- Nossa, isso é que ser um autêntico padre ecumênico! Graceja, Jonas.

-- Não é bem assim, mas deixe-me continuar: um dia a catástrofe aconteceu, esta moça maravilhosa foi estuprada por vários homens, não só moços solteiros, mas também pais de família alguns com mais idade.

Ficou muito machucada, imagine no seu íntimo! Foi hospitalizada, os responsáveis a acusavam de que ela mesma foi a causadora deles a terem estuprado, tremendo absurdo, pois a coitadinha no seu leito hospitalar jurava inocência, implorava proteção porque pra ela a qualquer momento estaria à mercê de alguns monstros novamente. Para o pai dela a desonra estava feita, não a expulsou de casa, mas atirava a toda hora no teu rosto esta desonra na família.

--- Nossa!!! Jonas, fala penalizado.

--- Não, ainda tem muita coisa ruim que lhe aconteceu. Foi jurada de morte por algumas pessoas, numa ocasião fui chamado às pressas, até um local em que ela estava prestes a ser apedrejada por uma multidão. Eu não pensei, abri caminho e ao lado da Sarah que nestas alturas, com as duas mãos tapava o rosto e soluçava compulsivamente. Eu falava desesperado:

--- Parem, vocês estão cometendo uma injustiça!

--- Padre, ela é uma adúltera!

--- Então vocês vão ter que me assassinar também, porque não sairei do lado dela. Na hora só elevei os olhos para os céus e clamei:

--- Mestre, estamos em tuas mãos, um dia impedistes também que uma mulher fosse apedrejada, agora!... seja feita a tua vontade!!!

Eles foram saindo, saindo, depois nós não vimos mais ninguém.

--- Puxa! Mas que coragem a sua Padre, Lenon,

--- Coragem! Eu estava morto de pavor, depois algumas pessoas me contaram, tinha alguns mais exaltados na multidão, que até iam apedrejar-nos, mas eu um simples padre sem barba, e com vestes comuns, me transformei num homem barbudo, com vestimentas compridas e tinha um olhar fulminante, inspirou medo naquelas pessoas exaltadas.

 

Continua, o que será que vem mais pela frente!...

 

 AMOR SEM FIM

 

          Capítulo V 

 

 

Para os 4 personagens: Berenice, Mary, Jonas e Hana, agora a vida parece que vai se transformando, a Paz estava trazendo uma leve brisa, o caminho dava para seguir sem as pedras que ainda permaneciam, não os ferissem terrivelmente, até ali era comum em todos eles, quantas passagens terríveis, justamente no meio familiar, mas a verdadeira Paz sempre vem acompanhada do amor, é tendo amor que perdoa, transforma magnificamente. Mas o passado não basta ignorá-lo, deve-se fazer análise, sujeito a explicações, pelo menos por à limpo o que se foi.

Naquele dia mesmo que os quatro fizeram um belíssimo pacto para seguir a vida para a frente, acertadamente sem ressentimento. Entretanto D.ª Berenice via que alguma coisa teria que botar para fora, tinha que ser assim e começa a contar detalhadamente:

--- Sabe, Jonas, eu comecei o meu calvário de imediato, logo no início da vida de casada de Mary, Richard, o seu marido logo no primeiro dia nos relatou que estava falido, depois descobrimos que ele tinha dilapidado toda a herança deixada pelos seus pais, meu desespero não foi por causa do dinheiro, mas sim pelos maus tratos que minha filha passava, eu a via sofrer, dia após dia. Richard, transtornou-se mais quando soube da gravidez de Mary, propôs veemente para ela fazer o aborto, eu e Mary recusamos terminantemente realizar tal atrocidade, ele tornou-se um verdadeiro demônio, eu pude me intrometer porque eles já estavam morando em minha casa, a situação financeira deles não permitia nem mesmo um mísero aluguel. Ele vociferava, declarava que odiaria todos, até a criança que estava pra nascer, até o fim de sua vida!

Um dia Mary me fez a terrível declaração de que eu recusei que um anjo de bondade fizesse parte de sua vida, para deixá-la totalmente à mercê de um verdadeiro anjo do mal, sua palavras me feriram profundamente, só que reconheci ser a verdade, eu lutei para que ela não se unisse a você a quem realmente amava. Mas felizmente ela me perdoou, depois veio a Hana, minha neta querida, nasceu linda, cheia de saúde, na medida que ia crescendo vivia no meio das confusões provocadas pelo seu pai, quando já era grandinha e tinha alguma noção  de entendimento, escuta seu pai num de seus acessos violentos, continuando a dizer que odiava todos, pra ela foi traumático, porque sentiu que o ódio do pai a atingia, desde este dia seu temperamento foi mudando, a tristeza fazia parte de seu inocente viver.

O nosso viver, eu, Jonas, Mary e Hana, conseqüentemente estava sendo destruído, o primeiro que absorveu tragicamente foi Richard, que adoece, no seu corpo aparecia várias doenças, sofria muito por causa das dores intermitentes, mas o sofrimento mais terrível era na sua alma, reconhecedor de seus erros, que para ele não tinha volta, só nos últimos momentos de agonia pede perdão a todos, inclusive à Mary. Minha filha o perdoou, prontamente este pedido de perdão a fez compreender que aquele causador de tanta dor, foi por não ter tido quem o amasse verdadeiramente, seus pais possuidores de muitas riquezas materiais, não possuíam aquela verdadeira riqueza inebriante, que sem dúvida é o amor.

Mas as conseqüências trágicas ficaram, a menina Hana, se mergulhava na tristeza, o meu amor de vó, com o amor da mãe, parecia não preencher um misterioso vazio em seu interior. Milagrosamente este vazio preencheu com sua chegada, a sua doação de amor a transformou, agora ela é quase feliz, parece que algumas lacunas ainda faltam preencher.

D.ª Berenice continuava tinha momentos que sua emoção ia conseguir embargar seu desabafo, sua intenção em querer mostrar o quanto tinha errado, principalmente usando um pouco de preconceito, a desconfiança de que Jonas seria um péssimo elemento para entrar na sua família. Mas agora seu relatório era justamente que ela queria mais do que tudo tornar-se sua sogra, amiga e principalmente mãe, ela sabia que ele a tinha perdoado plenamente, com a cabeça baixa, as mãos por cima dos olhos, permanece em silêncio e é Mary que lhe dirige a vós:

--- Mãe, você está bem? Só tenho forças para lhe falar poucas palavrinhas:

Te amo muito minha mãe!

Jonas até aquele momento tinha escutado atentamente, conseguiu absorver totalmente o relato daquela que ele um dia chegou até a odiar, mas agora tinha uma verdadeira admiração por ela e sentia-se feliz porque logo entraria naquela família pra valer, e é neste clima que ele começa a sua história, sabia ser necessário mexer nas feridas, mas tinha a nítida certeza que deveria fazer seu relato também, começa:

--- Minha quase sogra, amiga e mãe, D.ª Berenice, me pedistes perdão, neste momento que a perdoei, foi um momento mágico, porque desapareceu por completo todo vestígio de mágoa que ainda estava entranhada em meu ser. Mas eu não me eximo de minha culpa, pois peço-lhe perdão também por tela odiado, graças a Deus sei que a sra. me perdoou também, porque naquele dia das nossas desavenças, eu saí ensandecido, por vários dias me portei como um animal enjaulado, coube a minha mãe, D.ª Mara, me tirar o ódio e toda a infelicidade de meu íntimo bem atribulado, ah! D.ª Berenice, realmente quem tem uma verdadeira mãe neste mundo tem tudo! Minha mãe começou me dizendo assim:

--- Sabe, meu filho, vejo-te amargurado pelos cantos, este ódio está te machucando terrivelmente, me relatastes o ocorrido, eu queria te pedir em nome de Deus, de tudo de bom que procurei lhe passar, para que tire este sentimento maléfico de seu coração, se continuares atrapalhará por onde andares ou passe o tempo que for.

Lembre-se sempre do que vou te falar agora: nós somos livres para optar entre o bem e o mal, se optarmos pelo bem um dos requisitos é perdoar, porque no momento em que perdoamos cortamos o círculo que poderia nos envolver numa teia destruidora.

O ódio me foi tirado maravilhosamente pela minha querida mãe, mas inevitavelmente ela falece algum tempo depois.

Continua Jonas: --- eu preparado, porque estava livre do sentimento maléfico, saio do Brasil, para trabalhar num país de cultura diferente da nossa.

 

Continua nos próximos capítulos: outra prova de fogo para o nosso personagem, Jonas

                                                       Mas, veremos no capítulo VI

      

 

AMOR SEM FIM 

       Capítulo IV

 

           O PERDÃO  

Mary depois da tensão dos anos em que permaneceu casada, provocada por incompatibilidades, ódios intensos com poder de destruição incontroláveis como de fato ocorreu, a comprovação do trauma de Hana, como no desenrolar deste romance será mostrado, os leitores poderão tirar suas conclusões também, o ódio existente em Richard, o esposo falecido de Mary, poderia ter conseqüências fatais, no triângulo: sogra, filha e o fruto deste casamento a Hana.

Jonas estava livre também, o término do casamento proveniente do falecimento de sua esposa: Sarah, no período em que estavam juntos, foram também muito conturbado, havia muito ódio, ressentimentos nesta união, só que Jonas e Sarah não se odiavam entre si, o ódio era de pessoas ligadas a eles, como também será mostrado no desenrolar deste romance, só posso dizer que será surpreendente, impossível de quem continuar a ler, discordar o que acontece em ambas as histórias, quero dizer de Mary e Jonas, foi algo intenso, aquilo que refaz as esperanças, reata, aproxima o ser humano de seu semelhante, permitindo que a terrível enfermidade que a alma carrega seja sanada com um bálsamo com o poder de cicatrizar maravilhosamente, mas isso se verá mais para a frente!...

Portanto, baseando nestes dados já dá pra saber que em Jonas e Mary, reacende a chama maravilhosa do amor, chama viva, cada vez mais e não terá fim, está impregnada nos dois enamorados, eles dois seres iluminados, continuarão espalhar a luz deste sentimento maravilhoso, tudo que estiver por volta se contamina desta luz radiante, que perpetuará em cada um de seus gestos, de agora e dos que ficarão!

Ah! meus queridos leitores, ou se pelo menos alguém que está acompanhando desde o primeiro capítulo, eu queria dizer que ao sair da praça, Jonas, Mary e Hana, a menina que parece agora um pouco feliz, os três se encaminham para a casa de D.ª Berenice, esta sra. que não podia nem ver a sombra de Jonas, agora ia encontrá-lo, Mary conhecia bem sua mãe, tinha a nítida certeza que ela estava realmente arrependida, mas sempre tem um mas, se tratando de relacionamento dos humanos, este ser às vezes tão complexo! No caminho Mary radiante de felicidade fala:

--- Sabe, querido, isto é, posso te chamar de querido, não é?

--- Lógico, agora voltamos a ser namorados, quer dizer, se alguém não atrapalhar!!!...

--- Não, Jonas, vira esta boca pra lá, não vai acontecer mais nada de ruim para nós. Eu queria te dizer que estou encabulada, com as palavras daquele homem há sete anos atrás, que nos relatou, com convicção sobre o número 7, dizendo que este número poderia nos unir, no caso de alguma separação, coincidência ou não, hoje faz exatamente 7 anos.

--- Mary, minha querida Mary, este número 7 tem me acompanhado sempre, interessante que, eu não estava lembrado do dia em que este homem nos fez esta revelação, recordei depois desse nosso encontro, depois que você praticamente me fez recordar daquele dia em que nós estávamos tão felizes, porque sabíamos que um preenchia o outro, cada momento juntos seria de felicidade, muita felicidade e aquele homem parecia que tinha uma razão de estar ali, não sei explicar, certos fatos na vida desafia a compreensão humana, hoje porque algo me impulsionou para passar nesta praça?

Depois de longos minutos os três chegaram na casa de Mary, Jonas pára, não quer entrar, Mary intercede:

--- Vamos, entra?

--- Não, prefiro esperar aqui, veja estou tremendo, esquecestes em que estado de ânimo há 7 anos eu saí daqui, exatamente desta casa? Não guardo rancor, mas na minha lembrança não apagou ainda, o ódio no rosto de sua mãe por mim, vendo que nosso romance continuasse, o inferno começaria em toda sua vida e na dela seria muito pior!

--- Então está bom, mas espere aí, pelo amor de Deus! Intercede Mary.

Aí entra Mary e Hana em casa, e menina procura gritando:

--- Vó, vó onde está você?

--- Espera, Hana, a sua vó deve estar no quarto dela vamos lá!

Eles encaminharam para o quarto, a mãe e filha, de fato D.ª Berenice estava ajoelhada, em seu oratório, ela se apegava muito com suas orações, estava contrita só desfez de sua concentração porque Hana estava falando sem parar:

--- Vó, encontramos com um moço, amigo da mamãe, ele disse que sou linda igual à mamãe e quer ser meu amigo também, vó!

--- Que moço? D.ª Berenice olha para Mary interrogando-a.

--- Mãe, se prepare, este moço é o Jonas, encontramos exatamente naquela praça depois de 7 anos, ele está lá fora, está com receio de entrar, agora é com a sra.

--- D.ª Berenice estava transpassada, falou:

--- Filha, como é possível! Ele aparece exatamente 7 anos depois, Hana está diferente, lógico que pra melhor, está nitidamente mais alegre, parece que acordou de um terrível pesadelo, vamos então estarei na sala e mande ele entrar.

Mary leva Jonas até a sala, ele está frente a frente com aquela que o maltratou, humilhando tanto que ainda estão os vestígios  das mágoas, mas o que ele vê não é mais aquela mulher altiva, outrora linda também como sua filha, agora com o peso da idade, ajudado com o remorso que corroia até o fundo do íntimo, estava  um pouco alquebrada seus cabelos completamente brancos, com o rosto banhado em lágrimas, sim nesse estado que D.ª Berenice se dirige a ele:

--- Jonas, quero te pedir perdão, Deus sabe como desejei que este momento acontecesse, tive o castigo merecido, quero ajoelhar a teus pés por favor em nome dos céus me perdoe. Ela ameaça a ajoelhar mas Jonas a impede e a abraça dizendo:

--- Eu perdôo a sra. com todo o meu coração, não chores, não se recrimine mais, peço que sejas minha mãe de agora em diante, me deixe ser feliz ao lado de sua filha, que é a razão de minha vida.

E o perdão acontece, o perdão que cura, o bálsamo das dores, o remédio que vai cicatrizar as feridas profundamente, neste estado das coisas que Jonas sente-se completamente leve as mágoas já se foram, e D.ª Berenice mais leve das culpas, aliviada e muito feliz.

 

Continua nos próximos capítulos...

 

 

 

      

 

AMOR SEM FIM 

 

                     Capítulo III

                            

                   Amor sem fim (continuação)

 

 

D.ª Berenice estava sentindo um alívio, estava preocupada em sempre ver sua netinha nos cantos da casa triste, agora via aquela cena tão bonita, mãe e filha saírem para uma saudável passeio. Ela sabia que sua filha, Mary, era uma mãe maravilhosa, amava sua filhinha seria capaz de tudo para que um dia resolvesse aquele dilema indefinível, a pequena Hana, um dia seria uma menina feliz e despreocupada conforme toda criança deveria ser. No caminho Mary diz à Hana:

--- Filha, mamãe ama muito você, nós vamos passear muito, se for possível vou correr, pular, vamos tomar sorvete, ver alguns passarinhos voando, porque neste lugar que também vamos passear tem muitos deles, cada um mais bonito que o outro. Hana, minha filha, está escutando?

--- Sim, mamãe!

Um sim como quem continuava indiferente e longe dali. Mary sente uma ponta de tristeza, queria um sim mais evasivo, mas acostumada com a situação reafirmou seus sentimentos e seguiram caminhando. O passeio servia para aliviar os pensamentos funestos, muitas pessoas diferentes passavam indiferentes, avenidas agitadíssimas, era um corre e corre e tanto, Mary na sua mente pensava:

--- Não faz mal, quem sabe não é uma pouco mais de distração que minha Hana precisa!

Nossa! Chegamos, exclama Mary, vislumbrada com aquela praça onde os arvoredos, as árvores de grande porte permitia refrescantes sombras do calor que estava fazendo, bancos, muitos bancos que permitem a quem quer momentos de descanso naquele belo lugar, ou casais apaixonados longos momentos a se deliciarem.

Mary se acomoda num banco, deixando sua filhinha a uma distância observando os passarinhos que se amontoam nas árvores gorjeando alegres, se ocupava também de jogar algumas migalhas de pão para as pombinhas, a menina triste parecia estar um pouco à vontade naquele meio da natureza, talvez uma amostra de que aquele sublime ser, não tivesse segurança com os humanos, com os bichos sim, Mary apenas observava contente aquele momento singelo, em que permitia que sua filhinha pelo menos se deleita-se, mesmo que fosse por momentos apenas.  Absorta e feliz que não percebeu que alguém estava próximo à ela a observá-la, dirigindo-lhe a voz:

Mary, é você? Diga-me que sim, estive passando por perto e alguma coisa me impulsionou para este lugar, o lugar em que passei os momentos mais felizes de minha vida.   

Mary com a cabeça baixa quase sem fala, pensa:

--- Meu Deus! Será que é quem estou pensando? Levanta a cabeça e tem a confirmação, era o Jonas, aquele que outrora foi a razão de sua vida, outrora? Então porque ela ficou corada, petrificada como se visse uma visão angelical?

E é Jonas que começa a conversa:

--- Então, Mary, após estes longos anos, tenho a grata surpresa de te encontrar aqui, me responda primeiramente, pois sempre vou logo ao assunto, és casada?

--- Fui casada, mas já sou viúva, aquela menininha que está ali naquele local é minha filha.

--- Linda! Poderia dizer com quase certeza que você era idêntica à ela quando tinha a sua idade. Comenta Jonas com toda sua franqueza.

--- Mas por causa das circunstâncias, ela é incrivelmente muito triste!

--- Verdade? Então vou ter uma conversa com ela.

Mary viu Jonas caminhar até Hana, de longe não conseguia escutar, mas comprovava pelos seus gestos, que ele continuava muito persuasivo, uma grande capacidade de amar, conquistar, já não só pensava, falava em voz baixa com ela mesma:

--- Meu, Deus! E se ele tiver mulher, filhos, não posso alimentar esperanças, apesar de meu coração já estar aos pulos.

Passou alguns longos minutos, Mary vê Jonas e Hana vindo de mãos dadas caminhando em sua direção, ela fica atônita, fala outra vez em voz baixa:

--- Impossível! Mas minha filha sempre teve medo quase de tudo, exclusivamente das pessoas!!!

Eles chegam na sua presença, ela nota que sua filha estava mais solta, seu ar tinha uma pontinha de felicidade. Com ar de mais vivacidade pede para deixá-la dar comida aos pássaros   novamente.

--- Sua filha é adorável, Mary, eu me aproximei dela, de imediato fui lhe dizendo ser um grande amigo de você, que a achava tão linda como sua mãe, lhe perguntei se ela deixaria eu ser um grande amigo dela, já que eu era muito amigo de você.

--- Você conseguiu uma proeza e tanto, a conquistou, lhe deu outra aspecto sobre a vida, te agradeço de todo o coração, mas me responda sinceramente: está casado, tens filhos?

--- Posso  responder com toda minha sinceridade, não tenho filhos, fui casado, no momento sou viúvo também, sabe, Mary depois daquele nosso rompimento, houve uns momentos em que pensei que não iria suportar a minha vida, a humilhação depois uma desilusão daquelas o mundo para mim parecia que ia desabar.

--- Mas espere aí, deixe-me explicar, fala aflita, Mary.

--- Primeiro deixe-me terminar, não tenho mais rancores, depois daquela briga com sua mãe, depois o nosso rompimento, eu poderia ter feito coisa pior, sei lá talvez até mesmo dar cabo de minha vida, mas quem tem mãe, aliás uma verdadeira mãe, pode se dizer que está salvo de muitos males, minha mãe ao ver o meu transtorno, me implorou para que eu primeiramente tentasse com toda força, arrancasse o ódio por completo de meus pensamentos, me fez ver que um dia eu iria compreender que sua mãe quis apenas proteger você, uma mãe desesperada e se ama realmente seus filhos faz de tudo para protegê-los. Por um passo de mágica passou algum tempo eu fiz como minha mãe me pediu, não existia mais o ódio, consegui por uma pedra em cima, ficou algumas mágoas, que custou a sair por completo, mas cada vez que o tempo passava conseguia ir ficando em paz, comigo e com tudo que estivesse em minha volta, Depois minha mãe falece, eu saio do Brasil, vou para um país longínquo, com culturas completamente diferente da nossa e me caso, minha esposa Sarah era de família de posse, mas no seu país as mulheres são consideradas inferiores, eu vou te confessar que a amava bastante, e ela também dizia que também me amava muito, eu jamais a desconsiderei, vivíamos felizes mas ela faleceu, depois de uma longa enfermidade. Se você me permitir ainda vou te contar toda a minha vida. Agora me fale um pouco da sua, será que sua mãe ainda me detesta tanto?

--- Não, era isto que queria muito te dizer: minha mãe reconhece a grande humilhação que te fez, ela me afirmou que está disposta a te pedir perdão de joelhos!

O mundo para mim, minha mãe começou a desabar pouco tempo depois de meu casamento, o homem que minha mãe via que seria o meu parceiro ideal, tanto no setor sentimental como viver tranquilamente com a situação financeira confortável, foi invertendo consideravelmente, Richard, o príncipe loiro de olhos azuis belíssimo tanto por dentro como por fora, que minha mãe pensava ser, infelizmente só por fora preenchia os requisitos, com o passar do tempo, ele foi se transformando num monstro humano, tanto que na minha gravidez a minha filhinha já foi absorvendo os maus tratos, depois o nascimento, o viver naquele ambiente infernal provocado pelo seu pai... Mas tem tanta coisa ainda! Eu algumas vezes vinha aqui, pensava nos nossos momentos, relembrava daquele homem que tirou nossas fotos, fez a declaração do mistério do número 7 e que este número poderia ser mágico para nós, você se lembra deste dia?

--- Sim, como deixaria de me esquecer?

--- Você sabe que hoje faz exatamente 7 anos?

--- Nossa, isso eu nem tinha percebido!

--- Então vamos direto à sua casa, quero fazer as pazes com sua mãe!...

 

Continua...

O PERDÃO (Haverá o Perdão?)

 

 

 

 

      

 

 

                                                     Capítulo II

                                        Amor sem fim (continuação)

 

Depois de muito pensar e caminhar, Mary chega em sua casa, D.ª Berenice vai interrogando-a:

--- Filha, estava ficando preocupada pela sua demora! Mãe, A sra. Não vai acreditar! eu parei naquela praça onde a sra. conhece muito bem, sentei naquele inesquecível banco e me veio na mente, como se fosse num filme o meu passado com Jonas, sua mãe exclama:

--- Ah! Ainda suspiras por ele?

--- Sim, Mãe, não consigo esquecê-lo, sei que agora não adianta fantasiar, tenho que ser realista, mesmo sentindo alguma coisa esquisita, certos impulsos meus não consigo entender, como esse que me levou naquela praça novamente, lembrar nitidamente do homem misterioso que tirou nossas fotos, depois nos dizendo que nós éramos realmente feitos um para o outro, dizendo da importância do número 7, como se quiséssemos  reencontrar no caso de uma separação, usar o magnetismo e o mistério deste interessante número!

--- Faz quanto tempo sucedeu isto? Pergunta a mãe cheia de curiosidade:

--- Amanhã completará 7 anos, mãe, olha por incrível que pareça mas eu vou lá!

--- Minha filha, colocando o número 7, ou não mas uma coisa eu te declaro: sei que cometi uma monstruosidade com aquele moço, peço constantemente a Jesus o perdão, pois sei que cometi um grande pecado, por causa do meu orgulho, meu preconceito, machuquei-o terrivelmente, pois o humilhei até o fundo de sua alma! Considero isso uma coisa terrível, porque eu não tive complacência com um ser humano, não procurei ter o ato de amar e sim apenas odiar, o ódio traz conseqüências terríveis, veja bem, escorracei o Jonas aquele que só queria te amar intensamente, endeusei aquele que se tornou seu marido, para que nos poucos tempos de união, te maltratar, ele se infiltrou no sentimento do ódio, contra tudo, até atingir a filha que precisava de ser amada independente de tudo, pois sofre terrivelmente com esta situação.

Nestas alturas, Mary tentava segurar as lágrimas, mas não conseguia teimosamente elas desciam, com efeito lembrava exatamente deste dia em que Jonas implorava à sua mãe, para não separá-los, ele realmente ajoelharia aos teus pés implorando para não fazer isto, --- ah! Isto ele faria, eu o conhecia muito bem, ao mesmo tempo reconheço o tormento de minha mãe, pois ela foi má, mas de acordo com as circunstâncias sendo um ser humano, tem de se levar em conta, pois todos nós erramos, o importante é não permanecer no erro que reconhecemos, agora ela sofre intensamente, e tem mais eu também tenho a minha parcela de culpa, porque naquela época eu prometi ao Jonas que enfrentaria minha mãe se fosse possível, eu não lutei simplesmente por momentos aceitei, desmanchei o meu namoro com ele pelo pretexto da briga feia que tivemos. Com muito esforço ela tenta interromper sua mãe:

--- Mas, mãe, espere aí não precisa...

--- Mary, deixe-me continuar, como estava dizendo, pequei contra o amor, ato que pode trazer infelicidades inimagináveis, choro às vezes compulsivamente, peço sempre a Jesus, aquele que veio neste mundo porque nos ama tanto, imploro a ele que não me deixe morrer com esse remorso terrível! Ah! se fosse mesmo possível que você encontrasse Jonas, eu que queria ajoelhar aos seus pés e pedir-lhe perdão!

Mãe e filha se abraçam, choram, entre elas o amor consegue desmanchar barreiras, elas olham num canto e vêem a pequena Hana brincando indiferentemente, Mary comenta com sua mãe:

--- Mãe, olha minha filhinha, 6 aninhos, poucas vezes a vemos sorrir, será que ela vai ser um dia plenamente feliz?

--- Vai sim, filha, tenho uma firme esperança que sim!

--- Há! Mãe, amanhã é minha folga, vou levar minha filhinha para passear, estou firmemente decidida de ir lá naquela praça, naquele lugar cheio de arvoredos em que passei muitos dias na mais completa felicidade!...

Naquela noite, Mary teve um sono tumultuado, não estava compreendendo o que estava se passando no seu íntimo, teve um sonho terrível, se viu nos tempos passados sofrendo horrores com seu marido, voltou aquele dia em que ele ameaçou matá-la numa terrível discussão, ela já estava grávida de Hana, acorda banhada de suor e completamente aliviada, ao lado comprovava que sua filhinha Hana dormia tranquilamente em sua cama ao lado.

Precisava acordar a menina e preparar para o passeio, assim fez, a manhã estava deliciosa, parecia que a natureza estava cooperando com as longas horas de lazer, que Mary pretendia fazer e proporcionar à Hana muita felicidade, talvez sua filhinha não aproveitasse bem o passeio, continuasse com sua incrível indiferença, sua tristeza não permitisse, perceber os bons momentos que a vida possa proporcionar a cada ser humano, mas vale a tentativa, portanto já estava Mary e Hana prontas para saírem, numa tentativa de que o passeio fosse mais completo, Mary fala para sua mãe:

--- Vamos com a gente, mãe?

--- Não, filha vão vocês, aproveitem bem!

E lá vão elas...

Continua...

 

      

Capítulo I 

Amor sem fim

Fim de tarde, ela caminhava, na medida que andava naquela calçada movimentada, sentia-se observada, percebia que era admirada pelos rapazes e algumas pontas de ciúme de algumas garotas, então ela a jovem Mary pensava, acho que ainda sou bonita, rss...rss. sim, bonita e ainda jovem com seus 33 anos, completamente loira de olhos azuis, seus pais descendentes de alemães, Mary caminhava, tinha saído de seu trabalho uma loja de confecções, algum pressentimento a impelia para uma praça florida, onde casais de namorados aproveitavam o encantador ambiente, para namorar.

Naquela praça  Mary vê um banco que justamente há quase 7 anos atrás ela sentava com seu namorado, Jonas, naquele instante, aquela lembrança, a linda Mary se emociona, pois a lembrança é por demais emocionante, como veremos adiante, podem apostar!...   

Não houve jeito, ela senta no mesmo banco   que exatamente 7 anos passado vivia uma intensa época de amor, Jonas, o moço moreno jambo, alto lindo e extremamente simpático, que a sua mãe D.ª Berenice não o via com bons olhos, por ser pobre, ou talvez uma pontinha de racismo? E o passado vem na mente de Mary com uma incrível força, ali nitidamente relembra a conversa com seu antigo namorado, não é sem motivo que Jonas começa:

--- Minha adorável Mary, sei que você me ama, sabes também que te amo tanto! Às vezes penso se te perder, se deixares de me amar seria como se o importante ar que respiro, fosse aos poucos deixando de entrar em meus pulmões, me sentiria que a vida estivesse sendo arrancada de mim.

--- Já falou assim pra quantas garotas? rss...rs... pergunta Mary, não contendo o riso.

--- Você compreendes que não, sabes também que a minha maior barreira para ter você, é a sua mãe, não é?

--- Não, meu amor, barreira não, tenho o poder de convencê-la, consigo fazê-la entender que não consigo viver sem você, sem o ar não conseguimos viver, não é mesmo? rs... rs...

Mary envolta nestas lembranças recordou do homem estranho, de barba cerrada, ora parecia um diretor cinematográfico, ora um escritor excêntrico, com sua máquina fotográfica, fez empenho em tirar umas fotos deles, dizendo que fotografava casais de namorados autênticos, pressentia quando um casal transbordava a importante essência do amor, ainda garantiu a grande importância do número 7 para eles. Continuando o estranho na sua explicação estranha e mística, declarou:

--- Lembrem-se, vocês nasceram um para o outro, se um dia separarem, este número poderá uni-los novamente, repito 7 minutos, 7 dias, 7 meses ou 7 anos qualquer um destes tempos poderão dar um novo sol na vida de vocês...

Ainda espantada com a mistificação do estranho, Mary ainda lembrava nitidamente, até da sua voz parecia que soava mesmo depois destes anos em seus ouvidos, continuou lembrando de que fez a seguinte proposta ao seu namorado:

--- Querido, para te provar que minha mãe saberá aceitar que não existe outra saída e nós casaremos sem o consentimento dela, vou prepará-la e amanhã você poderá ir conversar com ela.

Só que não querendo lembrar, mas recorda da conversa com sua mãe D.ª Berenice, que declarou que jamais aceitaria um genro como aquele. De fato no outro dia foi uma grande humilhação ao Jonas, frente a frente com D.ª Berenice ouviu a terrível revelação, para se afastar de vez de sua filha Mary porque ele jamais seria digno dela, tinha mais o desejo dela é que Mary se casasse com o outro pretendente, loiro, bonito e rico que era apaixonado por sua linda filha Mary, numa última tentativa, Jonas implora:

--- Por favor, D.ª Berenice, se for preciso ajoelharia a teus pés para que me aceite!... A resposta foi um categórico não!!!... Desesperado, irritado, Jonas diz para Mary:

--- Sua mãe é uma terrível bruxa!... Mary pede para ele compreensão com sua mãe, mas acaba numa terrível discussão e termina o namoro.

Depois, poucos tempos depois, me caso com o pretendente que minha mãe achava que me faria viver num mar de rosas, (continua  Mary nas suas lembranças) mas foi uma tremenda desilusão, minha vida foi de tremenda tristeza, meu marido realmente tinha uma condição financeira confortável, mas já tinha dilapidado quase todos seus bens, o pior é que era mau, minha vida conjugal, muitas brigas maus tratos, um inferno!... Minha mãe já tinha se arrependido do terrível mal que tinha acontecido em minha vida, sendo ela a grande incentivadora, tentava acalmá-la e até a perdoava, afinal ela queria a seu modo só a minha felicidade. Nessa união tumultuada nasce minha filha, Rana, tudo seria recompensado se minha filhinha tivesse uma vida normal, mas infelizmente com 6 aninhos não consegui tirar a tristeza de seus gestos seu olhar um intenso vazio, médicos entre eles psicólogos, várias deles opinavam, ela precisa é de muito carinho e amor! O maior maus tratos no interior de sua alma, por presenciar tanto desamor? Não sei, só sei que sua quietude e tristeza é latente em todo o seu ser! Entretanto, depois de tantos altos e baixos na minha vida, meu esposo falece prematuramente em grande sofrimento, doenças misteriosas e terríveis tinham tomado conta de seu corpo, na sua agonia de morte ainda tem tempo de me pedir perdão!

De repente, Mary lembra que estava naquelas lembranças já a bastante tempo, e exclama:

--- Nossa! Já é hora de voltar para casa, nessas alturas minha mãe já deve estar um pouco preocupada, 

Em continuação!...